11 março 2021

Pizzi pode estar "saturado" no Benfica, acredita ex-colega; Pinto da Costa critica "redações mais aziadas da comunicação social de Lisboa". Ainda lembra Quintana e elogia "heroicidade" do FC Porto

Pinto da Costa aproveita o editorial que assina na edição deste mês da revista Dragões para enaltecer o apuramento alcançado pelo FC Porto frente à Juventus, em Turim, para a Liga dos Campeões.
Ao mesmo tempo, o líder do emblema portista aproveita para criticar algumas "redações mais aziadas da comunicação social de Lisboa" pela forma como encararam o apuramento azul e branco para os quartos de final da prova milionária, isto ao mesmo tempo que Pinto da Costa compara e destaca a forma como internacionalmente o feito portista foi comentado e teve eco.
"Nas circunstâncias mais adversas, mesmo a jogar em inferioridade numérica durante quase 80 minutos, as capacidades de luta, de superação e de transformar fraquezas aparentes em forças reais voltaram a dar frutos, como foi reconhecido um pouco por toda a Europa, menos em algumas redações mais aziadas da comunicação social de Lisboa", assinalou Pinto da Costa.
O presidente do FC Porto diz que "ouvir o que os comentadores ingleses ou o selecionador da Bélgica disseram sobre o clube portista devia fazer corar de vergonha os Ruis Santos e Delgados desta vida".
Mas isso, "não é possível porque vergonha é coisa que eles não têm", indicou o líder do FC Porto, velando críticas aos dois jornalistas que têm espaços de comentário e análise na televisão.
Pinto da Costa aproveita para destacar o grupo às ordens de Sérgio Conceição na conquista deste feito. "A nossa equipa técnica e os nossos jogadores souberam transportar para o relvado o verdadeiro ADN do FC Porto".
O presidente do FC Porto foca também o seu comentário na "heroicidade" demostrada em campo pelo FC Porto, destacando que "sempre foi uma marca distintiva da história do clube".
"Foi com heróis que derrotámos o Arsenal em 1948, que vencemos o campeonato Calabote em 1959, que voltámos a ser campeões 19 anos depois em 1978, que conquistámos sete troféus internacionais e muitos outros títulos de competições em que estávamos longe de ser apontados como favoritos".
Ao mesmo tempo, o líder portista aproveita para lembrar Alfredo Quintana, revelando novamente que o atleta de andebol, que morreu na sequência de uma paragem cardíaca, será sempre motivo de inspiração no emblema nortenho. "Terá de servir como inspiração para todos os que por cá continuarão a construir uma história que é eterna".
Ciente de que tudo pode mudar no futebol como na vida de um momento para o outro, Pinto da Costa assegura que "quase tudo é breve e provisório" e "infinito, só o FC Porto".
O presidente portista enalteceu o espírito guerreiro do clube e associou os dois acontecimentos, "um muito triste e outro muito feliz" para mostrar as características do FC Porto.
"A heroicidade sempre foi uma marca distintiva da história do FC Porto. Foi com heróis que derrotámos o Arsenal em 1948, que vencemos o campeonato Calabote em 1959, que voltámos a ser campeões 19 anos depois em 1978, que conquistámos sete troféus internacionais e muitos outros títulos de competições em que estávamos longe de ser apontados como favoritos. Nos últimos dias, por um motivo muito triste e por outro muito feliz, voltámos a ser confrontados com esta característica do clube de que tanto nos orgulhamos", começou por escrever o líder azul e branco.
Pinto da Costa recordou Alfredo Quintana e elogiou "um homem e atleta extraordinário", que morreu "na flor da vida aos 32 anos de idade" e deixou a garantia de que o malogrado guarda-redes de andebol dos ‘dragões’ servirá como inspiração.
"O Quintana foi um verdadeiro herói do FC Porto. Vindo de Cuba em 2011, não demorou a adotar a cidade do Porto e o clube que o recebeu e que nunca quis deixar, apesar das propostas muito vantajosas que recebeu, como pátrias do coração. A atitude dedicada e competente com que serviu o FC Porto até ao último dia da sua curta vida é um dos seus mais importantes legados desportivos e terá de servir como inspiração para todos os que por cá continuarão a construir uma história que é eterna", continuou.
Logo de seguida, o dirigente abordou, pela primeira vez, a passagem do FC Porto aos quartos de final da Liga dos Campeões, depois de eliminar a Juventus.
"A 9 de março, em Turim, outros heróis construíram mais uma página notável no nosso percurso europeu. A eliminação da Juventus, uma equipa nove vezes campeã de Itália nos últimos nove anos e candidata assumida à vitória na Liga dos Campeões, só foi possível porque a nossa equipa técnica e os nossos jogadores souberam transportar para o relvado o verdadeiro ADN do FC Porto", acrescentou Pinto da Costa.
O presidente salientou as condições "adversas" em que o feito foi conseguido.
"Nas circunstâncias mais adversas, mesmo a jogar em inferioridade numérica durante quase 80 minutos, as capacidades de luta, de superação e de transformar fraquezas aparentes em forças reais voltaram a dar frutos, como foi reconhecido um pouco por toda a Europa", escreveu ainda.
"Estes dois acontecimentos, um tão trágico e outro tão brilhante, voltaram a confrontar-nos com o essencial da nossa existência. Tão depressa estamos cá como não estamos, tão depressa podemos estar em baixo como em cima. Quase tudo é breve e provisório. Infinito, só o FC Porto", concluiu.

Antigo colega acredita que Pizzi pode estar "saturado" no Benfica. Ricardo, antigo defesa-central, explica que uma possível saída de Pizzi do Benfica pode estar relacionada com “alguma saturação que possa existir” por parte de um jogador “que é normalmente cobrado sempre que as coisas não correm de feição”.
“Sempre que existe cobrança de alguém, é porque o jogador já deu motivos para cobrar. A qualidade que o Pizzi sempre demonstrou, cria expectativa nas pessoas de que vai render sempre muito. É muitas vezes ingrato”, diz, em entrevista à Renascença.
O ex-jogador, que dividiu balneário com Pizzi em 2009/10, pensa que o capitão encarnado pode estar à procura “de se desafiar a ele mesmo”. O ex-colega do Paços de Ferreira afirma que o médio pode estar demasiado confortável.
“Depois de ter ganho todas as competições que tinha para ganhar, acredito que este conforto deste acumular de anos lhe provoque algum desconforto e ele sinta uma necessidade de se desafiar”, explica.
O internacional cabo-verdiano, agora treinador adjunto do Trofense, não acredita que uma eventual mudança “se prenda com perspetivar um final de carreira”. A motivação económica pode existir apenas da parte do clube, como forma de “recuperar investimento”.
“Financeiramente não acredito que possa ser pela independência dele, porque isso ele eventualmente já terá, vejo mais como um desafio”, revela.

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