O presidente deste organismo, José Pereira, queixa-se de algumas manifestações e declarações que tocam a "falta de educação e respeito pelas instituições e pelas pessoas".
Após destacar que a inscrição de treinadores obedece a um regulamento, a ANTF sublinha que está previsto um "regime sancionatório para os infratores" e por isso "estranha", ainda que sem mencionar nomes ou figuras, o mediatismo que tem sido dado ao caso de Rúben Amorim, nos últimos dias.
"Estranha-se que só num caso, que representa, isso mesmo, um só caso entre dezenas de outras situações similares, objeto igual de participação, tenha tido um inusitado mediatismo e suscitado os comentários e acusações mais injustos e descabidos. Alguns deles dando mostras da falta de educação e respeito pelas instituições e pelas pessoas."
José Pereira diz que a entidade que gere mais não fez e faz em idênticas situações do que queixar-se para que os casos sejam averiguados. "Às associações de classe, compete participar todo e qualquer facto que chega ao seu conhecimento e que configure, ou possa configurar, uma clara violação da lei".
José Pereira, líder da ANTF, em artigo de opinião que assina no jornal Record, sustenta ainda que cumpriu serviço militar e aí aprendeu a cumprir as regras estabelecidas e a perceber as hierarquias.
"Fui furriel do 25 de Abril, não me consta que, quer na altura, quer neste momento, que com esse posto pudesse comandar uma companhia", assinala José Pereira.
A instauração deste processo faz o técnico do Sporting incorrer numa pena de suspensão que pode ir de um a seis anos por alegada "fraude".
O Sporting considera que não há qualquer base jurídica que sustente um eventual castigo a Rúben Amorim, castigo esse que poderá chegar aos seis anos. E contesta a acusação, informando os associados de que Amorim irá, provavelmente, ser ilibado neste processo.
A hegemonia do Benfica
ResponderEliminar"Parece que foi ontem - em 25 de Abril de 2017, Fernando Tavares e Ana Oliveira confidenciam-me que no dia seguinte será apresentada a futura estrela do atletismo do SL Benfica. Promessa feita, promessa cumprida. No dia seguinte, Pedro Pablo Pichardo é apresentado, na sala de imprensa do Estádio da Luz, e anunciado como a grande aposta do Benfica Olímpico.
O atleta cubano do triplo salto era um dos cinco que haviam conseguido passar os 18 metros. Aos 23 anos, o campeão do mundo de juniores de 2012 e vice-campeão mundial em 2013 e 2015 era já considerado uma das maiores promessas. Passados quatro anos e após ter ajudado o SL Benfica a manter a hegemonia do atletismo nacional, Pedro Pablo Pichardo partiu para a Polónia com um único objectivo - sagrar-se campeão europeu em pista coberta. Chegou a Torun, viu e venceu. Pareceu fácil, mas não foi. Foram horas e horas a treinar com o seu treinador e pai, Jorge Peralta. Pichardo trabalha como poucos e é muito focado nas suas metas. A delegação portuguesa foi recebida no aeroporto com diretos de todas as televisões. Ao ser confrontado pelos jornalistas sobre os Jogos Olímpicos de Tóquio, a resposta de Pichardo diz tudo: 'Na minha cabeça está sempre o melhor resultado, o ouro!' Pichardo sabe do que fala, e também por isso ele é diferente.
Um destaque muito especial para a notável prestação de Francisco Belo, no peso, à beira da medalha, e para os bons resultados alcançados por Ricardo dos Santos, Samuel Barata, Issac Nader, José Carlos Pinto e Marta Pen. Os nossos 'sete magníficos' honraram Portugal e o SL Benfica, provando que a estratégia delineada por Ana Oliveira, em 2004, está certa e deve ser mantida."
Dr. Pedro Guerra, in O Benfica