17 março 2021

Grémio tentou e quer regresso de Cebolinha; Sporting acredita que Palhinha fica com 5 amarelos sem...cumprir castigo; A 'pérola' leonina que será aposta de Amorim na próxima época; Benfica quer 75M€ pelo 'naming' da Luz

O empenho de Joelson oferece-lhe um bilhete para o plantel leonino de 2021/22, escreve O Jogo. Tinha 16 anos quando treinou pela primeira vez com o plantel principal, ainda sob o comando de Marcel Keizer, e aos 17, na última época, acabou por se estrear na grande montra, no dia de anos do Sporting (1 de julho); aos 18, está na equipa de sub-23, com chamadas regulares às sessões de Rúben Amorim, é um facto, mas inserido num processo de readaptação de expectativas, desportivas e pessoais, que vai, contudo, terminar da melhor forma – em 2021/22.
Após enfrentar um processo de renovação de meses, setembro trouxe-lhe a conclusão com números abaixo dos inicialmente falados, um contrato até 2023 – por ainda ser menor, mas com mais duas épocas de opção – e uma cláusula de rescisão de 60 milhões quando se queria de 100. A estratégia para o avançado foi repensada e a estrutura decidiu que o melhor era que desse um passo atrás, integrando-o nos treinos dos sub-23, onde fez a maioria (16) dos 19 jogos oficiais esta temporada (ali marcou cinco golos, contando-se o outro pela equipa B).
À “despromoção”, Joelson correspondeu, está visto, com bons números, mas o que mais impressionou os seus superiores foi o compromisso no trabalho diário, fosse em que escalão fosse. A aliar a isto, reforçou o físico, ganhou massa muscular e está pronto, crê o Sporting, a integrar o plantel da próxima época, onde a formação seguirá bastante presente.

A Sporting SAD não fez, até ao momento, qualquer comentário sobre a decisão do TAD, relativamente ao processo Palhinha. Porém, segundo o jornal Record, e tendo por base um comunicado prévio do CD da FPF sobre o tema, os leões entendem que o camisola 6 manterá os cinco cartões amarelos; que o castigo, por estar ferido de irregularidade, foi anulado; e que quando Palhinha for, de novo, admoestado – o que, curiosamente, não acontece desde o jogo do Bessa –, iniciará uma nova ‘série’. O que faria com que o médio só pudesse ser alvo de suspensão ao nono cartão na Liga... Uma avaliação diferente da preconizada pelos três juristas ouvidos por Record. Todos consideram que o próximo cartão de Palhinha dará castigo.

Carlos Barbosa da Cruz: “Claramente foi retirado o cartão. Fica suspenso se vir amarelo. É um acórdão muito bem feito, mas cria uma fratura. O Conselho de Disciplina quer a maior extensão do ‘Field of Play Doctrine’, para a autoridade do árbitro no campo, incluindo o direito ao erro. O TAD reconhece o princípio, mas diz que quando um árbitro assume o erro, essa admissão tem de ser valorada para efeitos de sanção e recurso. Pode ter consequências. Duvido que mais árbitros reconheçam erros.”

Paulo Farinha Alves: “A doutrina que referem, o ‘Field of Play Doctrine’, faz sentido como a interpretam, pois, para todos os efeitos, quando estou a considerar a alteração do amarelo, não estou a eliminar a exibição do mesmo. Mas depois em altura posterior não faz sentido que não seja possível rever a circunstância. Provavelmente se [Palhinha] vir um amarelo, será o quinto e tem de cumprir a suspensão. Não faz sentido discutir esta questão. A própria Liga [Portugal] devia esclarecer.”

Soraia Quarenta: “Foi anulado o cartão. O jogador fica automaticamente com quatro amarelos de novo e tem a série por cumprir. Temos o erro do árbitro assumido. Não se verificou a condição que levou à amostragem do amarelo. Havendo interpretação diferente, significa que há margem para clarificação. Existe um mecanismo na lei do TAD, o artigo 47, que fala dessas situações. Cada uma das partes pode fazer o pedido de clarificação do sentido da decisão nos três dias subsequentes.”

Grémio tentou reaver Cebolinha. Everton chegou ao Benfica por 20 milhões de euros em agosto, afigurando-se como uma carta pensada para o ataque e para o futuro das águias, pois assinou contrato de cinco anos e firmando uma cláusula de rescisão de 150 milhões de euros. No entanto, o Grémio sonhou com o possível regresso. “Houve uma pequena consulta, mas não andou. Já está liquidado o assunto”, revelou o presidente do clube Romildo Bolzan em entrevista ao jornal digital “Gaúcha ZH”, anunciando um contacto com o Benfica para reaver o jogador da seleção brasileira, ciente de que Everton não reuniu consensos no início da aventura europeia.
“Se esse jogador pudesse voltar seria ótimo, mas o Grémio sabe perfeitamente que ele é um jogador que saiu daqui [Brasil] recentemente e que não teria como voltar. Contudo, se nós pudéssemos repatriá-lo, seria ótimo. Não alimentámos nenhuma expectativa, porque na verdade ele estando lá há pouco tempo dificilmente teria margem para voltar”, concluiu.
Entretanto o jornal Record adianta que o clube brasileiro ainda não desistiu da ideia. Este é, no entanto, um negócio que não se afigura de simples conclusão, desde logo pelo facto de o emblema brasileiro pretender convencer a direção liderada por Luís Filipe Vieira a abrir mão do avançado por um valor inferior àquele pelo qual o vendeu há menos de um ano.
Everton leva quatro golos em 36 jogos pelo Benfica e apesar de não ter encaixado os 100 por cento dos 20 milhões pagos pelas águias, o emblema de Porto Alegre – tem direito a 20% de uma possível transferência –, que também já acertou a venda de Pepê ao FC Porto, pensa agora em reforços de nomeada. E, apesar de difícil, Douglas Costa, emprestado pela Juventus ao Bayern, é o desejo maior, sabendo o clube que terá de pagar um salário milionário para convencer o brasileiro de 30 anos a voltar ao seu país.

Benfica quer 75M€ pelo 'naming' da Luz. O Benfica anunciou parceria com empresa norte-americana, a WME Sports, do grupo Endeavor, para comercialização dos naming rights não só do Estádio da Luz como do centro de estágio e formação no Seixal, agora conhecido como Benfica Campus.
A companhia que se especializou na representação de talentos, desde a moda, ao desporto, passando pela sétima arte, e que tem entre os seus clientes a NFL, a NHL ou o concurso Miss Universo — em 2016 adquiriu o Ultimate Fighting Championship (UFC) por quatro mil milhões de dólares —, juntou o Benfica e dois dos seus principais ativos, o estádio e a academia, ao portfólio e irá agora encarregar-se de atrair marcas dispostas a dar nome à Luz e ao Seixal.
Mas porque é que o Benfica, afinal, deixou agora questão tão estratégica na mãos de terceiros? Por várias razões. Em primeiro lugar, por não ter ainda conseguido levar o negócio a bom porto por meios próprios, uma vez que os valores equacionados excluem desde logo empresas da órbita nacional e implicam esforço para convencer multinacional estrangeira a investir em equipa de país periférico — missão que se afigura mais difícil no atual contexto económico-financeiro global. Em segundo lugar, porque a quebra de receitas derivada da pandemia obriga a esforço suplementar para fazer avançar o naming o quanto antes, agora visto como necessária fonte de financiamento; em terceiro, não menos importante, a WME Sports ajudará os encarnados a ampliar a rede de potenciais interessados e a alcançar valores que no contexto dos efeitos económico-financeiros nefastos trazidos pelo Covid-19 poderão não se afastar assim tanto daqueles que o Benfica ambicionava antes do novo coronavírus aparecer — até mesmo ultrapassá-los.
Domingos Soares de Oliveira, em 2019, chegou a admitir a meta de €5M/época num acordo a dez anos. Já ontem, Bernardo Faria de Carvalho, administrador do Benfica com o pelouro da expansão interna- cional, afirmou ao ECO que um acordo a 20 anos «seria o ideal».
Na mente dos encarnados está o estabelecimento de um acordo por esse horizonte temporal, com uma fasquia financeira de entre €75 M a €100M, ou seja, entre €3,75M a €5 M por ano. O que não exclui um contrato mais curto, a 15 anos, ou até mesmo entre 8 a 10 anos, como inicialmente pensado na Luz e até admitido publicamente por Domingos Soares de Oliveira, mas num contexto anterior ao da pandemia. A ideia é simples: quanto mais longo, mais rentável para as duas partes. Apesar dos muitos acordos que por essa Europa fora fizeram parangonas, desde a parceria entre Bayern Munique com a Allianz (€11M/época), à do Manchester City com a Etihad (€17,1 M/época) ou à do Atlético Madrid com o grupo chinês Wanda (€10 M/época), estes não são negócios fáceis de firmar.

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