A Sporting SAD não fez, até ao momento, qualquer comentário sobre a decisão do TAD, relativamente ao processo Palhinha. Porém, segundo o jornal Record, e tendo por base um comunicado prévio do CD da FPF sobre o tema, os leões entendem que o camisola 6 manterá os cinco cartões amarelos; que o castigo, por estar ferido de irregularidade, foi anulado; e que quando Palhinha for, de novo, admoestado – o que, curiosamente, não acontece desde o jogo do Bessa –, iniciará uma nova ‘série’. O que faria com que o médio só pudesse ser alvo de suspensão ao nono cartão na Liga... Uma avaliação diferente da preconizada pelos três juristas ouvidos por Record. Todos consideram que o próximo cartão de Palhinha dará castigo.
Carlos Barbosa da Cruz: “Claramente foi retirado o cartão. Fica suspenso se vir amarelo. É um acórdão muito bem feito, mas cria uma fratura. O Conselho de Disciplina quer a maior extensão do ‘Field of Play Doctrine’, para a autoridade do árbitro no campo, incluindo o direito ao erro. O TAD reconhece o princípio, mas diz que quando um árbitro assume o erro, essa admissão tem de ser valorada para efeitos de sanção e recurso. Pode ter consequências. Duvido que mais árbitros reconheçam erros.”
Paulo Farinha Alves: “A doutrina que referem, o ‘Field of Play Doctrine’, faz sentido como a interpretam, pois, para todos os efeitos, quando estou a considerar a alteração do amarelo, não estou a eliminar a exibição do mesmo. Mas depois em altura posterior não faz sentido que não seja possível rever a circunstância. Provavelmente se [Palhinha] vir um amarelo, será o quinto e tem de cumprir a suspensão. Não faz sentido discutir esta questão. A própria Liga [Portugal] devia esclarecer.”
Soraia Quarenta: “Foi anulado o cartão. O jogador fica automaticamente com quatro amarelos de novo e tem a série por cumprir. Temos o erro do árbitro assumido. Não se verificou a condição que levou à amostragem do amarelo. Havendo interpretação diferente, significa que há margem para clarificação. Existe um mecanismo na lei do TAD, o artigo 47, que fala dessas situações. Cada uma das partes pode fazer o pedido de clarificação do sentido da decisão nos três dias subsequentes.”
Benfica quer 75M€ pelo 'naming' da Luz. O Benfica anunciou parceria com empresa norte-americana, a WME Sports, do grupo Endeavor, para comercialização dos naming rights não só do Estádio da Luz como do centro de estágio e formação no Seixal, agora conhecido como Benfica Campus.
A companhia que se especializou na representação de talentos, desde a moda, ao desporto, passando pela sétima arte, e que tem entre os seus clientes a NFL, a NHL ou o concurso Miss Universo — em 2016 adquiriu o Ultimate Fighting Championship (UFC) por quatro mil milhões de dólares —, juntou o Benfica e dois dos seus principais ativos, o estádio e a academia, ao portfólio e irá agora encarregar-se de atrair marcas dispostas a dar nome à Luz e ao Seixal.
Mas porque é que o Benfica, afinal, deixou agora questão tão estratégica na mãos de terceiros? Por várias razões. Em primeiro lugar, por não ter ainda conseguido levar o negócio a bom porto por meios próprios, uma vez que os valores equacionados excluem desde logo empresas da órbita nacional e implicam esforço para convencer multinacional estrangeira a investir em equipa de país periférico — missão que se afigura mais difícil no atual contexto económico-financeiro global. Em segundo lugar, porque a quebra de receitas derivada da pandemia obriga a esforço suplementar para fazer avançar o naming o quanto antes, agora visto como necessária fonte de financiamento; em terceiro, não menos importante, a WME Sports ajudará os encarnados a ampliar a rede de potenciais interessados e a alcançar valores que no contexto dos efeitos económico-financeiros nefastos trazidos pelo Covid-19 poderão não se afastar assim tanto daqueles que o Benfica ambicionava antes do novo coronavírus aparecer — até mesmo ultrapassá-los.
Domingos Soares de Oliveira, em 2019, chegou a admitir a meta de €5M/época num acordo a dez anos. Já ontem, Bernardo Faria de Carvalho, administrador do Benfica com o pelouro da expansão interna- cional, afirmou ao ECO que um acordo a 20 anos «seria o ideal».
Na mente dos encarnados está o estabelecimento de um acordo por esse horizonte temporal, com uma fasquia financeira de entre €75 M a €100M, ou seja, entre €3,75M a €5 M por ano. O que não exclui um contrato mais curto, a 15 anos, ou até mesmo entre 8 a 10 anos, como inicialmente pensado na Luz e até admitido publicamente por Domingos Soares de Oliveira, mas num contexto anterior ao da pandemia. A ideia é simples: quanto mais longo, mais rentável para as duas partes. Apesar dos muitos acordos que por essa Europa fora fizeram parangonas, desde a parceria entre Bayern Munique com a Allianz (€11M/época), à do Manchester City com a Etihad (€17,1 M/época) ou à do Atlético Madrid com o grupo chinês Wanda (€10 M/época), estes não são negócios fáceis de firmar.
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