Abel Ruiz desatou a marcar golos com a camisola do Braga e, após a saída de Paulinho, assumiu-se claramente como referência ofensiva da equipa de Carvalhal. A veia goleadora do ponta de lança, expressa com o bis ao FC Porto, anteontem, até pode ter apanhado muita gente desprevenida, mas não David Villa, histórico goleador da seleção de Espanha e com passagens pelo Valência, Barcelona e Atlético Madrid.
“Atualmente, ainda é um pouco cedo para falar nisso, mas estou seguro de que as pessoas da federação olham para o Abel Ruiz como um 9 de futuro. O trabalho dele acabará por levá-lo à seleção e estou convencido de que pode ser o 9 da Roja, porque tem condições para isso. Deve ir passo a passo e aproveitar, para já, o espaço nos sub-21. Mas, com esta trajetória que está a ter, penso que o Abel vai chegar à seleção de Espanha”, alega David Villa ao jornal O Jogo.
Autor de nove golos pelo Braga, sete deles na Taça de Portugal, prova em que é o melhor marcador, o ponta de lança nunca escondeu que tinha David Vil la como referência, até pelas semelhanças na forma de jogar. Agora com 39 anos, cerca de um ano após ter terminado a carreira nos japoneses do Vissel Kobe, o maior goleador da Roja (59 golos) encontra essas semelhanças quando vê o bracarense em ação. “O Abel desmarca-se muito bem e tem um jogo muito potente, se calhar até é mais potente do que eu era, porque fisicamente é mais forte. É verdade que a jogar como 9 ele consegue aproveitar muito bem os espaços, consegue fazer desmarcações e, talvez por isso, se pareça comigo. Eu também gostava de atacar os defesas e ir para cima deles, era um jogador que aproveitava os espaços. Mesmo assim, acho que ele é mais forte e potente do que eu nos últimos metros devido a uma capacidade física superior”, analisa o ex-jogador asturiano, “feliz” pelo momento de Ruiz em Braga. “Soube sofrer quando não jogava com regularidade. Agora está a fazê-lo e a marcar golos. O Abel ganhou o seu espaço no Braga à custa de trabalho e de uma enorme vontade de triunfar”.
As entradas em falso do FC Porto estão a comprometer seriamente o campeonato e já custaram outro dos objetivos da época, a Taça de Portugal. O jogo com o Braga, na quarta-feira, foi apenas o exemplo mais recente de uma série de vantagens permitidas cedo aos rivais que têm custado caro. Conceição reconheceu que a equipa teve uma “entrada horrível” com o Braga, tendo sofrido três golos nos primeiros 28 minutos, que acabariam por ditar o afastamento da final da Taça. No campeonato, as contas também estão muito complicadas e essas mesmas entradas em falso deixaram a equipa a 10 pontos de distância do líder, o Sporting. São precisamente esses os pontos perdidos pelos dragões como consequência dos golos “madrugadores” dos adversários que, depois, não foram anulados por completo.
Às derrotas com o Marítimo (2-3, no Dragão) e Paços de Ferreira (2-3, na Capital do Móvel), juntam-se os empates, ambos em casa, com o Benfica (1-1) e o Boavista (2-2).
Neste último caso, os campeões nacionais até estavam a perder por 2-0 ao intervalo. “Foi a pior primeira parte desde que sou treinador, e não é desde que cheguei ao FC Porto, é desde sempre”, lamentou Sérgio Conceição no final do encontro com os axadrezados. Um jogo que espelhou bem os problemas dos dragões nas primeiras partes, período durante o qual sofreram 20 dos 36 golos em todas as competições ao longo desta época.
O mais curioso é que o comportamento da equipa na presente edição da Liga dos Campeões tem sido completamente diferente em comparação com o campeonato. A única derrota (1-3) aconteceu em Inglaterra, com o Manchester City, num jogo em que os dragões entraram bem e marcaram primeiro, por Luis Díaz, aos 14 minutos. No segundo jogo em que sofreu golos na prova, com a Juventus, o FC Porto inaugurou o marcador, logo no primeiro minuto, por intermédio de Taremi.
FC Porto bate recorde europeu de ações na área rival. O volume de ataque do FC Porto na receção ao Braga, para a Taça, permitiu-lhe fixar um novo recorde de ações na área do adversário, esta época, entre as equipas que disputam as seis principais ligas da Europa.
O portal “Goal Point” fez a contabilidade e indica que os portistas somaram 71 ações, mais uma do que o Manchester City havia feito contra o Aston Villa. Marega foi o portista que mais vezes interveio na área arsenalista ao longo de todo o encontro (16), seguido por... Francisco Conceição (10), apesar de o extremo de 18 anos ter jogado somente 33 minutos.
Fonix, o Marreca teve 16 intervenções na área do Braga... Lololol.. 13 mergulhos de cabeça mais 3 barrigádas!!! Muito bom!!! Um verdadeiro artista digno do Cliff Diving da Ref Bull!!! Ele e o piqueno Boiceição!!
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