Espanhóis incrédulos com expulsão na Liga portuguesa; Sporting conseguiu 3º triunfo na Liga nos descontos; Ameaças a Darwin chegam ao Uruguai; Ex-treinador diz quem será o próximo génio do Benfica. “Porta da equipa principal do Benfica deve estar aberta, não escancarada"

Em 38 golos na Liga, o Sporting fez ontem o quinto já nos descontos, numa qualidade que tem valido pontos ao conjunto liderado por Rúben Amorim. Isto porque desses cinco, três permitiram vencer os respetivos jogos, ante Farense (1-0), Benfica (1-0) e agora Gil Vicente (2-1), os dois últimos nas derradeiras três jornadas. Os gilistas já tinham, aliás, sofrido na primeira volta para lá dos 90’, no 3-1 em Alvalade.

Ameaças a Darwin chegam ao Uruguai. A presidente da Comissão de Gestão Humana do Peñarol, Patrícia López, revelou que Darwin Núñez «decidiu fechar as [contas] das redes sociais» depois de ter recebido «insultos e ameaças». O avançado de foi um dos alvos da ira dos adeptos do Benfica após a derrota com o Sporting. «Estou feliz por ti. Lamentavelmente, não posso identificar-te [fazer ligação à conta] para te dar parabéns, mas continuas a encher-me de orgulho, porque sei que procuras sempre o melhor perante as adversidades», escreveu Patrícia Lopes no Twitter, partilhando vídeo com golo do avançado contra o Famalicão.

"Porta da equipa principal do Benfica deve estar aberta, não escancarada". O jornal Record publica, esta quarta-feira, uma extensa entrevista com Renato Paiva, na qual o antigo treinador da equipa B do Benfica desvaloriza o número reduzido de jogadores da formação que, neste momento, treinam sob as ordens de Jorge Jesus.

O agora técnico do Independiente del Valle reconhece que "há muita gente de qualidade da formação", mas sublinha que "nem todos têm de ir para a equipa principal só porque são da formação", e recorda o passado recente.

"A porta da equipa principal tem de estar aberta, mas não escancarada. E a porta da equipa A em alguns momentos esteve escancarada. Houve jogadores que entraram prematuramente na equipa A", começou por dizer.

"A porta tem de estar aberta, são jogadores feitos no clube, é uma ideia do presidente, mas tem de haver mérito por parte dos jogadores para lá entrarem e tem de haver uma preparação feita atrás na equipa B, uma passagem sustentada para que o jogador possa dar uma resposta na equipa A", prosseguiu.

"Se os jogadores estão a ir só por ir, depois não jogam e só treinam e depois querem sair. E como não tiveram essa preparação saem, não jogam nos clubes para onde vão. É uma realidade que está a acontecer e está ligada à forma como alguns jogadores nem sequer passaram pela equipa B", completou.

Renato Paiva apontou, ainda, aquele que considera ser o maior talento das camadas jovens do Benfica: "Paulo Bernardo, penso que vai ser o próximo génio, que terá carreira de altíssimo nível. Mas pelo amor de Deus, não o tirem já da equipa B".

Imprensa espanhola incrédula com expulsão de Javi García. O Boavista averbou na terça-feira a segunda derrota consecutiva na I Liga, ao perder por 1-0 na receção ao Nacional, numa partida que ficou também marcada pela expulsão de Javi García, capitão dos axadrezados, aos 74 minutos de jogo.

O médio viu dois amarelos de forma consecutiva. García afastou com o braço um adversário depois de uma discussão e o jogador do Nacional caiu no relvado, motivando a amostragem do segundo cartão ao espanhol.

O caso não tardou a chegar ao país vizinho: a imprensa espanhola manifestou incredulidade com a expulsão de Javi García, adjetivando mesmo a decisão do árbitro Fábio Melo de "ridícula".

"O teatro do jogador do Nacional deu os seus frutos e o árbitro caiu no seu jogo, expulsando Javi", pode ler-se no Sport. Já o As fala em "teatro infame". "Javi García, ex-canterano do Real Madrid, milita agora no Boavista e foi expulso por duplo amarelo depois de um incidente numa bola parada. Um exagero do rival que saiu bem cara ao espanhol", assinala o jornal.

No final do encontro, Jesualdo Ferreira, técnico do Boavista, foi questionado sobre a expulsão: "Não é muito normal o que está a acontecer ao Boavista. Em todos os jogos, há sempre acontecimentos difíceis de explicar. Não tenho nada a apontar aos meus jogadores, mas há momentos em que é preciso mais serenidade e melhor capacidade de decisão", disse o treinador.