31 dezembro 2020

Visão espanhola: Vlachodimos não faz penalti. Lance de Adán deveria ter sido anulado por...fora de jogo. Árbitro fez bem em não expulsar Baró

Iturralde González, antigo árbitro internacional espanhol, analisou três lances da última jornada e que foram tema de discussão em Portugal. Para o ex-juiz Vlachodimos não fez penalti sobre Beto e o amarelo, por simulação, foi bem mostrado. Já o lance que deu penalti ao Belenenses deveria ter sido anulado por...fora-de-jogo. Em Guimarães o árbitro fez bem em não expulsar Baró.

A primeira jogada que analisamos é das mais difíceis de sempre que os árbitros têm de decidir. São os momentos em que o guarda-redes e o outro jogador saem os dois na disputa pela posse de bola. Há um contacto, é verdade, mas quem provoca esse contacto é o avançado do Portimonense e não o guarda-redes do Benfica. Para mim, é falta contra a equipa algarvia e cartão amarelo para Beto por simulação. É ele quem procura o contacto, perde a bola e causa o derrube. Por isso, livre indireto e amarelo para o avançado. Bem decidido.

No segundo lance há penálti, mas é uma jogada que, havendo vídeo-árbitro em Portugal, está mal analisada. Está mal vista. Porquê? Há um jogador do Belenenses SAD, Silvestre Varela, que está em fora-de-jogo e que não toca na bola, mas está muito perto dela, por isso, está a interferir com Adán. O guarda-redes do Sporting não sabe qual dos dois vai disputar a bola. Esta jogada devia ter sido invalidada por fora-de-jogo devido a interferência no adversário. Adán não sabe claramente quem vai correr para a bola. Os dois estão perto, um toca e o outro não, mas os dois disputam-na. Depois há penálti, mas antes há fora-de-jogo por interferência. Para mim, trata-se de um grande erro do vídeo-árbitro por não assinalar fora-de-jogo neste lance.

Quanto à última jogada, trata-se de uma ação de futebol, não há um ataque prometedor. Ainda estão no meio-campo ofensivo do FC Porto, a bola está a ir para a linha lateral, não é um agarrão persistente e claro por cima do ombro. Não estamos a falar de uma falta tática. Por isso mesmo, não há aqui nenhuma condicionante que justifique mostrar o segundo amarelo. Até digo mais. Se fosse a mesma jogada mas no outro lado do campo, com um ataque prometedor do V. Guimarães, então aí era diferente e era segundo amarelo. Mas a esta distância da baliza não há ataque prometedor, não é um agarrão persistente. É simplesmente um derrube. Nunca seria amarelo.

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