27 dezembro 2020

"Ao dia de hoje, continuo a ter os problemas que tive com o Sporting"; FC Porto pode antecipar-se e recomprar jogador; Técnico explica porque abandonou o Benfica: "Precisava de voltar a ganhar títulos"

Renato Paiva orienta hoje, frente ao Penafiel, a equipa do Benfica B pela última vez, passando no dia seguinte a pasta a Nélson Veríssimo que, assim, regressa à estrutura encarnada após ser adjunto de Bruno Lage e interino na equipa principal da época passada. Paiva vai para o Equador treinar o Independiente del Valle durante pelo menos dois anos mas os 16 anos passados nas várias equipas da formação no Seixal não serão esquecidos. O treinador explica ao jornal O Jogo que a possibilidade de rumar a um projeto onde se luta por troféus foi determinante para agarrar o desafio.
“Foi uma vida inteira no Benfica, cresci aqui muito ao nível profissional e pessoal, com jogadores, técnicos, dirigentes, adversários. Todos me ajudaram a ser quem sou. Mas precisava de me desafiar, de voltar a ganhar títulos e, na equipa B, era quase impossível ser campeão. É bom poder entrar no futebol de resultados, tinha isso também como um objetivo pessoal. Fiz o meu caminho a pulso no Benfica, um caminho sustentado e senti que este era o momento de sair ao fim de 16 anos. Foi um percurso fantástico num clube fantástico”, apontou Paiva. Benfiquista assumido, o técnico confessa que, um dia, gostaria de treinar a equipa principal, a única onde não esteve. “Podemos ter objetivos mas com isso não quero condicionar ninguém. Treinar o Benfica? O futuro o dirá. Nunca escondi ser adepto do Benfica e, se perguntarem a um adepto se gostava de treinar a sua equipa, a resposta será clara. Se acontecer, fico feliz mas para já só penso fazer um grande trabalho no Independiente”, frisa.
Já questionado pela BTV sobre quais os seus momentos altos no clube, Paiva apontou aos craques. “São quando me sento no sofá a ver a Premier League, La Liga, a Seleção Nacional, onde estão os meninos que passaram pelas minhas mãos e pelas de outros. É o que mais me orgulha, assim como quando recebo mensagens deles, que não esquecem o nosso trabalho”, disse o treinador, confessando “uma mágoa muito grande por sair do clube mas a vida é mesmo assim”. Renato Paiva chegou mesmo a emocionarse ao falar deste adeus: “Saio do Benfica, mas o Benfica nunca sairá de mim.”
No Equador, Renato Paiva terá pela frente um novo desafio, para o qual já tem objetivos imediatos traçados. “Vou com dois objetivos: um deles é levar o Independiente ao título de campeão nacional, algo que ainda não conseguiu e o outro é chegar à Taça Libertadores”, revelou. À espera, estará uma realidade nova mas... parecida: “Este é um clube muito parecido com o Benfica também por ter uma das maiores academias da América do Sul, onde gostam de potenciar jogadores. Quero deixar lá a minha marca”.

O FC Porto vai estudar a possibilidade de avançar para a recompra de Oleg Reabciuk ao Paços de Ferreira. O interesse do Olympiacos no jogador é real e os pacenses até já recusaram uma primeira proposta, mas obriga os dragões a pensar sobre o lateral esquerdino. É que os direitos económicos foram repartidos com o Paços de Ferreira para possibilitar, precisamente, uma operação deste género se tal for a vontade portista. Após uma transferência isso esfuma-se e esta é, por isso, a altura de uma avaliação, tanto mais que a evolução do jogador tem impressionado bastante, escreve O Jogo.
O FC Porto vê em Oleg uma opção bastante interessante do ponto de vista desportivo e ainda financeiramente acessível, pelo tal facto de o clube possuir 40 por cento dos direitos económicos do jogador de 22 anos. Os restantes 60 estão divididos pelo empresário, Deco (20%), e pelo Paços de Ferreira (40%), que, de acordo com fontes consultadas pelo jornal, recusou uma primeira proposta do Olympiacos para a aquisição do internacional moldavo, a rondar os 3,5 milhões de euros, devido aos prazos de pagamento sugeridos. Além do mais, Oleg é formado no Olival, conhece o ADN do clube e até fez parte da pré-época 2018/19 com Sérgio Conceição.
A nega dada pelos pacenses ao campeão grego, que pensa em Oleg para competir com o veteraníssimo Holebas (36 anos), abre a porta à entrada em cena do FC Porto. A decisão dos azuis e brancos, contudo, deverá ser o mais célere quanto possível, uma vez que a equipa orientada por Pedro Martins pretende resolver o assunto rapidamente e prometeu voltar à carga muito em breve, por estar na iminência de perder Rúben Vinagre para o Braga.
Avançando para Oleg, o FC Porto garantiria uma boa solução para o futuro e uma alternativa clara no imediato para Zaidu, considerado indiscutível para Sérgio Conceição. O treinador recorreu a Manafá e Sarr quando não dispôs do nigeriano, mas conta com eles para outras posições (lateral-direito e central, respetivamente). Com o pacense não teria de preocupar-se com adaptações e ganharia um jogador semelhante ao ex-Santa Clara: rápido, agressivo a atacar e com golo. Ou não tivesse o moldavo já marcado ao Santa Clara e ao Benfica em 2020/21.

"Ao dia de hoje, continuo a ter os problemas que tive com o Sporting". Yannick Bolasie não disputa qualquer minuto oficial desde que regressou ao Everton após um pouco feliz período de empréstimo ao Sporting, e já não esconde o desconforto que a situação lhe vai causando.
Em entrevista concedida, este sábado, ao podcast britânico 'The Beautiful Game', o internacional congolês apontou o dedo à forma como os toffees têm vindo a gerir a situação, e pediu para que o deixem sair para o Middlesbrough já em janeiro.
"O Neil [Warnock, treinador] é o meu tipo e a pessoa que queria que eu fosse para o Middlesbrough, mais ninguém. Fui eu que falei com ele e disse 'Sim, eu vou'. Por isso, fiz a minha parte. São precisos dois para dançar o tango", atirou.
O avançado disse, ainda, esperar que não se repita o que aconteceu no verão de 2019: "Ainda tenho problemas com a situação do Sporting. O Everton sabe disso. Não me veem como parte dos planos e não me inscreveram, por isso façam a vossa parte e deixem-me sair".
"Ao invés, disseram 'Tens de fazer isto, tens de fazer aquilo...'. Tudo bem. Ainda assinei [com o Middlesbrough, no verão passado], porque pensei em jogar futebol, e, no final, acabou por não se concretizar", lamentou.
"A janela fechou às 17h e tudo foi deixado para o último minuto. Sei, pela experiência que tive no Sporting, que, se deixas tudo para o último minuto, os problemas sucedem-se. Ao dia de hoje, continuo a ter os problemas que tive com o Sporting. Aprendi a lição", rematou.

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