Revisão estatutária no Benfica vai seguir em frente? Segunda volta em eleições se nenhum candidato tiver mais de 50% dos votos e novas categorias de voto

A revisão dos estatutos no Benfica vai avançar. Segundo o Record, o movimento ‘Servir o Benfica’ propõe-se dar início ao processo, apresentando uma proposta tendo em vista alterações à carta magna. Além disso, vai recolher assinaturas para sensibilizar o novo presidente da Mesa da Assembleia Gera (MAG), Rui Pereira, a convocar uma reunião magna. Em última instância, requererá uma assembleia geral extraordinária – os estatutos exigem pelo menos 10 mil votos.Formado por um grupo de associados que participaram na assembleia geral de 27 de setembro, o movimento desistiu da candidatura a favor da de João Noronha Lopes (o seu líder, Francisco Benitez, integrou a lista do gestor), mas não terminou. Pelo contrário, mantém-se ativo. Entre as propostas do ‘Servir o Benfica’ estará a limitação de mandatos, a realização de uma segunda volta em eleições se nenhum candidato tiver mais de 50 por cento e novas categorias de votos, com diferença não tão acentuada como a atual (1, 5, 20 e 50).
A revisão estatutária foi um ponto transversal ao candidatos opositores de Luís Filipe Vieira, que hoje celebra 17 anos da sua primeira eleição. Mesmo o movimento ‘Benfica Bem Maior’, liderado por João Braz Frade e que se perfila como alternativa à sucessão de Vieira, contempla no seu manifesto alterações aos estatutos. Questão consensual tem a ver com a limitação dos mandatos, variando o número. Ponto contestado da atual redação é o facto de um sócio só poder ser candidato a presidente da Direção se tiver 25 anos de filiação efetiva.
De acordo com o diário, no novo elenco liderado por Luís Filipe Vieira há quem considere que a revisão dos estatutos será uma inevitabilidade, acabando por ser criada uma comissão, seja um processo desencadeado pelos dirigentes, seja por sócios.
A última revisão estatutária remonta a 2010 e as alterações foram aprovadas por 100 sócios, em assembleia geral realizada a 30 de abril daquele ano. A alteração mais significativa teve a ver com as condições de elegibilidade um candidato a presidente da Direção. Outra mudança prendeu-se com a duração do mandato, que passou de três para quatro anos.