16 novembro 2020

"Podia ter ficado para sempre no Sporting, foi lá que me fiz jogador e homem"; UEFA 'ataca' apoiantes da Superliga Europeia

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, voltou, este domingo, a verbalizar uma posição claramente contrária à realização de uma Superliga Europeia, que estará a ser apoiada por alguns dos maiores clubes do continente, entre eles Barcelona, Liverpool e Manchester United.
O líder do organismo que rege o futebol europeu marcou presença na iniciativa Marca Sport Weekend, promovida pelo jornal espanhol Marca, onde teceu duras críticas aos responsáveis por detrás deste projeto.
"Para mim, a Superliga está fora de questão. É o sonho de dois ou três administradores de futebol na Europa, a quem a solidariedade nada interessa. Não querem saber de nada a não ser deles mesmos, prejudicariam, inclusive, os próprios clubes", atirou.
"Não se trata de uma ideia muito séria. Emergiu através da demissão do ex-presidente do Barcelona, mas eu acredito que fosse mais uma ideia populista ou política do que, propriamente, uma ideia séria", rematou.

"Podia ter ficado para sempre no Sporting, foi lá que me fiz jogador e homem". Em 2017, depois de uma longa ligação de 16 anos ao Sporting, Adrien Silva deixou o Sporting para rumar ao futebol inglês, numa aventura que acabaria por não se traduzir nos resultados que todos esperavam, especialmente o próprio médio, agora com 31 anos. Em entrevista ao 'The Athletic', o internacional português lembrou todo o processo, admitiu que poderia perfeitamente ter ficado nos leões para sempre, mas assumiu que sentia nessa altura necessidade de se testar. E mesmo não tendo dado certo, Adrien garante que não se arrepende.
"Não, nunca! O mais importante era o desejo que tinha de experimentar a Premier League. Não queria acabar a minha carreira sem jogar noutro país, noutra cultura e noutro grande campeonato. Por isso quis ir para o Leicester, para sair da minha zona de conforto. Sim, podia ter ficado para sempre no Sporting, pois foi lá que me fiz jogador e homem, cheguei lá com 12 anos. Foi uma longa caminhada... Dá um sentimento diferente à minha carreira. Mas todos os passos que dei foram para me tornar melhor jogador", começou por explicar o médio.
"Quando decidi ir para o Leicester foi porque pensei que precisava de testar os meus limites. Joguei contra jogadores e equipas de topo. Poderia ter corrido melhor, mas agora que olho para trás estou muito feliz por ter vivido essa experiência, por ter tido a chance de jogar nesse tipo de estádios - que nessa altura estavam cheios. Um jogo sem adeptos não é a mesma coisa", referiu, em alusão ao facto de agora os encontros de praticamente todos os campeonatos europeus serem disputados sem público.
Adrien lembrou ainda que a transferência para o Leicester poderia ter sido fechada um ano antes. "As conversas começaram com o Sr. Ranieri. Por uma ou outra razão, acabou por não acontecer. O Sporting não aceitou a oferta, por isso fiquei. No ano a seguir tentaram de novo, já sem o Ranieri e aconteceu", lembrou o médio, antes de recordar também o processo do famoso atraso de 14 segundos na sua inscrição, que o fez ficar sem jogar até janeiro.
"É um momento difícil quando um jogador não pode jogar, especialmente por não ser devido a uma lesão, mas sim por algo que está fora do teu controlo. Foi muito frustrante, mas tive de seguir em frente. Ainda assim tive a chance de jogar em Inglaterra e na Premier League. Tentei adaptar-me o mais rápido possível, manter o meu nível e esperar por janeiro. Também não foi fácil para a minha família, pois era uma cultura e um modo de vida totalmente diferentes. Havia duas coisas às quais tinha de me adaptar: o novo futebol e o estilo de vida, mas a minha mulher esteve sempre lá a apoiar-me. Isso foi importante para mim", referiu o jogador, que agora atua nos italianos da Sampdoria, isto depois de ter jogado uma temporada e meia por empréstimo no Monaco.
Em Itália encontrou o técnico que o quis levar pela primeira vez para o Leicester, o veterano Claudio Ranieri. "A primeira coisa que procuro saber é o treinador e percebe se ele me conhece bem. Se me quer e se o clube me quer. Quando vi que era o Ranieri, sabia que ele já me tinha tentado contratar, por isso tinha a garantia de que ele gostava das minhas qualidades e do que podia fazer pela equipa. Foi muito importante para mim e por isso decidi vir", admitiu.
Adrien revelou ainda que houve dois portugueses decisivos na sua opção. "Não perguntei a nenhum jogador do Leicester sobre o Ranieri, mas sim ao Bruno Alves e ao Bruno Fernandes. Um porque jogou lá [na Sampdoria] e outro porque joga em Itália. Quis saber a opinião deles sobre o campeonato e tudo isso. Disseram coisas boas sobre o clube e sobre a sua mentalidade, mas também sobre o campeonato. Tudo estava no ponto certo para tomar a melhor decisão", concluiu.
Na Sampdoria, refira-se, Adrien Silva tem quatro partidas disputadas até ao momento, ainda que nenhuma tenha sido na Serie A.

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