04 novembro 2020

Benfica decreta fim do ‘fair play’; "Vasco Seabra deu um banho ao Jesus. Sem funfuns, nem gaitinhas"; Max e Inácio renovam esta semana no Sporting

O Sporting está prestes a concluir e anunciar a renovação de mais dois atletas do seu plantel principal, concretamente o guardião Luís Maximiano e o defesa-central Gonçalo Inácio. Segundo O Jogo, as duas renovações dos vínculos laborais devem ser anunciadas até ao final da semana, podendo mesmo, salvo qualquer imprevisto ou por uma questão burocrática, ser formalizadas e comunicadas entre hoje e amanhã – uma vez que os jogadores na sexta-feira devem naturalmente integrar o lote de convocados de Rúben Amorim para o duelo de sábado frente ao Vitória de Guimarães e, posteriormente, podem ingressar nas seleções nacionais jovens de Portugal, caso sejam convocados para as mesmas.
As negociações entre as partes, SAD liderada por Frederico Varandas e os dois atletas representados por Miguel Pinho, há muito que têm vindo a ser discutidas, sobretudo no caso de Luís Maximiano, estando ambos, de momento, a definir parâmetros específicos, como em que medida as cláusulas de rescisão sobem, isto face aos vencimentos propostos, que estão adequados ao que é o escalonamento interno dos mesmos no que concerne ao futebol profissional. Luís Maximiano, até porque o vínculo termina em 2023, foi sempre um dos nomes prioritários em termos de renovação do contrato, pelo menos até ao último defeso, quando chegou Adán e assumiu no início da temporada a titularidade. O jovem internacional sub-21 mostrou arcaboiço para defender as redes leoninas na época passada e rapidamente o elenco de Frederico Varandas demonstrou interesse em prolongar o contrato. Entre avanços e momentos de ausência de negociações, o guardião tem acertado um aumento de vencimento na ordem dos 250 mil euros livres de impostos por ano para o patamar dos 400 mil euros livres por estação, estando a ser discutido, como oportunamente demos conta, um contrato com duração, pelo menos, por mais duas temporada, até 2025. A cláusula de rescisão, essa, deverá ficar nos mesmos 45 milhões de euros (M€). Luís Maximiano, recorde-se, chegou mesmo a ter em cima da mesa uma proposta dos italianos da Sampdoria, no último defeso – além de várias abordagens, entre elas das equipas de Milão, o AC Milan e o Inter –, a qual inicialmente representava uma cedência por empréstimo com uma opção de compra na ordem dos 7 M€ mediante objetivos atingidos. Porém, o técnico Rúben Amorim deu o seu parecer negativo ao acordo, reafirmando perante a estrutura dirigente do futebol profissional que contava com o atleta para a temporada em curso. Tal situação não se alterou, pese a condição de suplente, estando o guardião a pagar o preço de no início da competição ter sido infetado com covid-19, o que ofereceu a Adán a possibilidade de iniciar a temporada como titular.
Por sua vez, Gonçalo Inácio surge neste enquadramento como um dos dois jovens defesas-centrais do plantel – o outro é Eduardo Quaresma – em quem os responsáveis leoninos depositam grandes esperanças. O atleta de 19 anos renovou em outubro de 2019 o contrato até 2025, fixando a cláusula de rescisão nos 45 M€, mas perante a forte possibilidade de vir a surgir com maior frequência entre os utilizados – já participou em três jogos na presente edição da Liga, em que somou 34 minutos como suplente utilizado –, a SAD decidiu rever o vencimento do jogador, que passará a auferir cerca de 140 mil euros livres de impostos por época, adicionando mais um ano de contrato ao que está em vigor, ficando assim ligado ao clube até 2026. A cláusula de rescisão ainda está em discussão, se permanece nos 45 M€ ou sobe para os 60 M€, conforme é vontade dos dirigentes leoninos.

"Vasco Seabra deu um banho ao Jesus. Sem funfuns, nem gaitinhas". O antigo treinador do Benfica ficou surpreendido com a prestação dos encarnados no Estádio do Bessa, onde o clube da Luz foi derrotado por 3-0, perante o Boavista, que ainda não tinha vencido na presente edição da I Liga. Toni nota deméritos da equipa lisboeta, mas destaca sobretudo os méritos de Vasco Seabra, treinador dos axadrezados, que apresentou uma estratégia perfeita.
"Acho que este resultado tem uma explicação. Foi o dia do Vasco Seabra dar um banho ao lado oposto, ao Jesus. Com uma estratégia bem montada, reduziu o Benfica a uma equipa vulgar. Estrategicamente, o Boavista ficou na praia deles, capaz de, em contra-ataque, poder dilatar ainda mais o resultado. Há aqui um Benfica em sub-rendimento, mas o mérito é todo do Boavista. Aqui, sem funfuns, nem gaitinhas", sustentou o técnico, numa análise no programa Futebol Total, do Canal 11.
A exibição do Benfica foi fraca e desde cedo se percebeu que haveria muitos aspetos a corrigir, com o Benfica incapaz de criar oportunidades de golo, sobretudo na primeira parte. Há um dado estatístico que o comprova: nos primeiros 45 minutos, o Boavista fez 11 remates, contra apenas um dos encarnados.
"Se o Jorge Jesus pudesse faria 11 substituições ao intervalo... Nunca se sentiu um Benfica capaz de se aproximar, de reduzir, de chegar ao 2-1, ou ao 3-1", prosseguiu o antigo técnico das águias.
Toni considera que os jogadores do Benfica entraram em campo convencidos de que "as camisolas ganham jogos", o que não acontece: "De uma forma pragmática e muito objetiva, há mérito total do Boavista em chegar a este resultado e há um Benfica que pensava que ganhava o jogo com as camisolas".
A ideia de que o Benfica poderia dar uma 'machadada' no campeonato com uma vitória no Bessa, que deixaria os encarnados com mais oito pontos do FC Porto, é rebatida por Toni, que lembra que a prova está numa fase precoce.
"Na época passada, à 19.ª jornada, o Benfica estava na liderança, com uma derrota apenas, e pensava-se que o campeonato estava entregue. Na presente temporada, à sexta jornada, a procissão ainda não saiu do adro. Há aqui outras 'nuances' de que não se estava à espera: este campeonato pode ser realmente diferente para melhor, em termos de competitividade, lá em cima e cá em baixo", concretizou.

Benfica decreta fim do ‘fair play’. As devoluções de bola a favor do adversário, quando for este a colocá-la fora para assistência de algum jogador, passam a estar proibidas ou sujeitas a avaliação pela equipa técnica de Jorge Jesus nas partidas dos encarnados. Segundo A Bola, Jorge Jesus transmitiu ao plantel indicações claras nesse sentido daqui em diante. Esta regra, recorde-se, já não é nova para o treinador das águias. «O fair play é uma treta», chegou a dizer o técnico há vários anos, em protesto contra os adversários que queimavam tempo ou exageravam nas faltas. De resto foi disso mesmo que Jesus se queixou no Bessa, 31 faltas a travar a iniciativa das águias. Neste jogo, pelo menos numa ocasião, os encarnados devolveram a bola ao Boavista, situação que nos próximos jogos Jesus não quer voltar a ver repetir-se. Pelo menos quando pressentir que o adversário estará a queimar tempo de forma exagerada, ou a contribuir para o antijogo. Só em caso de a partida decorrer sem incidentes desse género haverá a aplicação do fair play.

1 comentário:

  1. jorge jesus simplesmente a ser ridiculo, o benfica perdeu e bem e não foi por faltas ou anti-jogo, foi sim por incompetencia do treinador e agora esta a arranjar desculpas para a derrota. simplesmente ridiculo

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