Estádio da Luz poderá aumentar para 80 mil pessoas. Mudanças pensadas também para o exterior; O clube que pensou em Coates; Novo avançado dos dragões esteve perto de abandonar

Sem esconder a emoção, foi mesmo com uma lágrima no canto do olho que Evanilson se mostrou orgulhoso pelo momento especial que está a viver aos 21 anos. Primeiro foi a mudança para a Europa, depois uma série de acontecimentos em catadupa: a estreia na Liga dos Campeões [com o Manchester City], a chamada à seleção olímpica do Brasil, primeiro golo pelo FC Porto [Gil Vicente]. Sonhos que, há três anos, estiveram para desaparecer quando perdeu a mãe. “Quase parei de jogar futebol quando a minha mãe faleceu [2017]. Fiquei sem chão, tive de ir para Fortaleza e quase não voltava mais ao Fluminense. A minha esposa e o meu empresário ajudaram-me bastante, disseram- me que lá em cima ela ia ficar orgulhosa de mim. Faço tudo por ela e espero que esteja orgulhosa de mim”, referiu numa entrevista ao “Esporte Interativo”. “É um sonho de criança, não só meu como da minha família, para o qual trabalhei bastante. Estou muito orgulhoso e a trabalhar bastante para conseguir mais sonhos ainda”, prometeu.

Feliz da vida pelos “primeiros três pontos” ganhos na Champions, o brasileiro concorda que “aconteceu tudo muito rápido” na sua vida. E esta é a semana exemplar: “Esta semana, fiquei muito feliz: estreei-me na Champions com a camisola do FC Porto, tive a primeira chamada à seleção e fiquei muito feliz pelo meu primeiro golo no jogo anterior [Gil Vicente]. Estou muito orgulhoso do meu trabalho e é continuar assim”, comentou, a fechar.

"Houve conversas sobre Coates". Os meios de comunicação do Paraguai associaram o nome de Coates ao Libertad, cenário que o presidente do clube, Rubén di Tore, admitiu ter sido falado, mas que prontamente descartou. “Houve conversas, mas não houve qualquer abordagem da nossa parte”, assumiu o dirigente em declarações ao programa de rádio “Deportes Uno”. O uruguaio tem contrato até 2023.

Estádio da Luz poderá aumentar para 80 mil pessoas. Damon Lavelle, arquiteto da empresa Populous que, no início do século, foi o responsável pelo projeto do Estádio da Luz tem conversado com dirigentes do Benfica quanto a uma hipotética remodelação do recinto. Ainda não há data para se iniciar o processo, mas já existem ideias.

"No ano passado, analisámos a possibilidade de remodelação e expansão das instalações do estádio. Juntamente com Luís Filipe Vieira e com Mário Dias averiguámos também a hipótese de remodelarmos a zona dos camarotes, as bancadas em geral, assim como a possibilidade de aumentar a capacidade. Agora, vim cá pelo 17.º aniversário da inauguração e aproveito para me reunir com as pessoas", começou por dizer ao jornal O Jogo explicando vários detalhes.

"Analisámos várias hipóteses e concluímos que uma lotação na ordem das 80 mil pessoas seria a melhor hipótese. Se o crescimento será feito para o topo? Sim, quando construímos a Luz em 2003 garantimos a capacidade de haver mais espaço na parte de cima. Pensámos no futuro. Na altura, não fizemos isso porque não tínhamos tempo nem dinheiro, mas o Mário Dias disse logo: “Havemos de o ter.” Na estrutura atual temos a capacidade, em termos de betão, para mais um nível no topo, a toda a volta. Sabemos que há muita gente que quer vir aos jogos e não consegue bilhetes...", disse.

Damon Lavelle explicou que, na altura, já sabiam que mais tarde ou mais cedo o recinto necessitaria de ser atualizado. Agora, o processo passa também por um embelezamento exterior.

"O estudo está em curso. Agora há eleições, começa um novo período e ainda não é certo. É apenas um estudo, mas há reuniões a decorrer. Mas não é preciso ter pressa. O que é preciso é que tudo seja feito corretamente. Quanto pensamos gastar na remodelação? Há todo um espetro de possibilidades. Há o nível número um, o número dois ou o número três, em relação a gastos. Se gastares quantia xis, quais as vantagens? Há que ver qual a melhor opção", continuou, aproveitando ainda para falar sobre o exterior do estádio.

"Há um conjunto de opções que necessitam de ser estudadas. São questões que envolvem dinheiro. Foi intencional fazermos assim e também uma forma “low cost” e de construção rápida para o Europeu de 2004. Só pudemos gastar o que estava disponível, não tínhamos dinheiro para comprar “roupa” muito bonita. A Luz foi pensada para ser construída muito rapidamente, com alta qualidade, mas “low cost”. Um recinto largo, a pensar numa expansão futura. E por isso o espaço que desenhámos para o Benfica há 20 anos foi pensado em termos de construir um espaço que pudesse ser desenvolvido mais tarde. Não gastas dinheiro numas lindas “roupas”. Crias os ossos, a estrutura. Porque depois podes sempre mudar as “roupas”, podes sempre remodelar", concluiu.