Vieira já emprestou 296 jogadores desde que é presidente do Benfica; Fim de linha para Francisco Geraldes em Alvalade; Ex-Benfica duvida que Florentino esteja pronto para o Real Madrid. "Necessita de muito mais rodagem”; Benfica tenta evitar pior série dos últimos 12 anos

Depois de quatro empates consecutivos (frente a Shakhtar Donetsk, Moreirense, V. Setúbal e Tondela), o Benfica tenta agora fugir a um registo que já leva 12 anos: cinco partidas seguidas sem vencer. Decorria a temporada 2007/08, quando as águias alcançaram esse ciclo negativo e tal deveu-se aos empates com Sporting, U. Leiria e Marítimo, somadas a duas derrotas com o Getafe, em jogos a contar para a Liga Europa.
Uma fase complicada que causou mossa e que levou à queda de José Antonio Camacho ao terceiro encontro sem vencer. O espanhol saiu para dar lugar ao adjunto Chalana. Este, depois de assumir o comando da equipa, ainda sofreu dois desaires antes da primeira vitória.

As águias correm agora o risco de igualar esse ciclo, caso não vençam no reduto do Portimonense, onde, curiosamente, as águias perderam na última época. Esse encontro marcou o fim da linha para Rui Vitória e respetiva equipa técnica na Luz. Os autogolos de Rúben Dias e Jardel – ambos deverão voltar a formar dupla quarta-feira – desequilibraram o encontro a favor do conjunto algarvio e à queda de Rui Vitória.

Recorde-se que, na altura, o Benfica chegou a Portimão após sete triunfos e um empate com o Aves, mas o treinador não resistiu à contestação que se fazia sentir, sobretudo, devido às exibições da equipa. Agora, para superar as críticas idênticas que se fazem sentir, é preponderante o regresso às vitórias e, se possível, de forma contundente. Mais do que travar o aumento da contestação, será importante para não perder terreno na luta pelo título.

"Necessita de muito mais rodagem”. Florentino Luís tem vindo a ser associado como possível reforço do Real Madrid, mas Javier Balboa, antigo jogador dos merengues e do Benfica, considera que ainda é cedo para pensar neste salto.

“É um bom jogador, um futebolista jovem, mas ainda está por ver. Deu nas vistas este ano, pois fez alguns bons jogos, mas necessita de muito mais rodagem”, vincou o avançado, que terminou a carreira em 2018, tendo ainda aconselhado que é necessário ter “um pouco de calma e ver a evolução do jogador”. Recorde-se que o médio, de 20 anos, soma emblemas interessados em Espanha – Betis e Sevilha seguem-no atentamente –, mas também em Itália (Milan), Inglaterra e Alemanha, onde o Bayer Leverkusen tenta posicionar-se.

O Benfica emprestou um total de 296 futebolistas desde que Luís Filipe Vieira assumiu a liderança dos encarnados em 2004. Um número que surge com o reacender da polémica relacionada com a questão dos jogadores contratados pelo Desportivo das Aves e que poderão ter sido pagos pelo Benfica, na sequência de investigações feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária.
Em termos de empréstimos e em 16 anos de liderança, o atual presidente das águias viabilizou acordos com a grande maioria dos principais emblemas portugueses, à exceção de FC Porto e Sporting.
A sequência começou em 2004/05, então com oito cedências, número que depois cresceu, sendo 2009/10, com 32 empréstimos, a que teve mais acordos do género, 21 dos quais para clubes portugueses.
Em relação ao Aves, Luís Filipe Vieira acordou cinco cedências diretas (1,6% do total de empréstimos), quatro das quais em 2007/08, nos casos de Rúben Lima, Yu Dabao, Miguel Vítor e Rodolfo Lima, a que se juntou, mais recentemente, Salvador Agra (2017/18).
A maioria das cedências foram para o estrangeiro (186 jogadores), que corresponde a 62,8% do total. Os restantes 110 futebolistas saíram provisoriamente para clubes portugueses, ou seja 37,2% do total. Nas duas últimas épocas, o Benfica cedeu jogadores apenas a emblemas estrangeiros.

Fim de linha para Francisco Geraldes em Alvalade. O futuro de Francisco Geraldes dificilmente se fará de leão ao peito: ao que o jornal O Jogo apurou, a época 2020/21 deve trazer um novo desafio para o médio, contexto que se baseia em várias premissas, de passado mas também de futuro.
Começando por aquilo que aí vem, nos planos da SAD do Sporting não está, de momento, a renovação do contrato do futebolista, que termina no final da próxima temporada. Chico está ao corrente desta situação e, aliado a este facto, sabe que está a chegar a um ponto decisivo da carreira ainda sem ter conseguido cumprir um dos seus maiores objetivos, ser titular indiscutível dos leões. Alvo de quatro empréstimos, uns mais bem sucedidos que outros (no Rio Ave, em 2017/18, fez 38 jogos, mas no AEK, já esta época, ficou-se pelos seis e voltou), Geraldes pretende jogar com regularidade, olhando também para mercados onde sabe que reconhecem as suas qualidades e onde terá a oportunidade de alcançar a tão desejada regularidade competitiva.
Sem compromissos imediatos, o médio, destro mas com enorme facilidade em jogar de canhota, quer terminar a temporada com mais do que os dez jogos que realizou até ao momento, mas até aí também parece não estar no posto certo: Battaglia e Matheus Nunes povoam, para já, o meio-campo, Wendel está a caminho (recupera de lesão no joelho direito) e para o duelo em Guimarães, domingo passado, Rúben Amorim decidiu levar um futebolista que neste ano desportivo ainda não tinha feito parte das contas, Mattheus Oliveira. O Sporting olha para Geraldes como um ativo importante e, confirmando-se a intenção de o deixar sair, tentará sempre encontrar uma solução onde ambos saiam a beneficiar: o médio rumando a um lugar ao sol e a SAD fazendo valer a qualidade de Chico no mercado.