31 maio 2020

“Sporting não precisa de um presidente construído entre a verdade e a falsidade”; SAD do Benfica quer folga de 60M€. Venda de avançado pode resolver

A SAD encarnada quer garantir um encaixe financeiro na ordem dos 60 milhões de euros na próxima janela de mercado, apesar de o planeamento dos responsáveis encarnados não encerrar grandes mexidas entre os atuais comandados de Bruno Lage. Segundo o Record apurou, a ideia é realizar esta verba com o mínimo de ativos possível; de preferência, apenas um – Carlos Vinícius ou Rúben Dias poderão chegar.
De acordo com as informações recolhidas pelo jornal, o objetivo de tentar assegurar este montante prende-se com uma das grandes preocupações dos dirigentes benfiquistas nesta altura: garantir liquidez financeira para enfrentar a crise – que se adivinha estar para durar – sem grandes ou até nenhuns problemas de tesouraria. Para entender as dores de cabeça das águias – por sinal, o emblema da Luz é até aquele que apresenta melhor saúde financeira no nosso país por esta altura – basta explicar que, caso a época 2020/21 também venha a ser disputada com jogos à porta fechada, a SAD benfiquista deixa de encaixar logo cerca de 25 milhões de euros que, em condições normais, teria para gerir. A este cenário acrescem acentuadas quebras na venda de merchandising e até na quotização.
Enquanto isto, a sociedade anónima terá sempre de tentar manter em dia todas as folhas de pagamentos, com o plantel da equipa profissional de futebol a representar naturalmente a maior fatia. Na última divulgação de contas anual, o prato da balança dos gastos com pessoal dos encarnados estava em perto de... 97 milhões de euros, sendo que aqui não se incluem os valores pagos pelas aquisições de jogadores.
Para além disso, no futuro há outras despesas a liquidar, como é o caso dos empréstimos obrigacionistas e todas as restantes despesas correntes, sejam fornecedores ou simples prestação de serviços. E numa fase em que a pandemia do novo coronavírus promove a dita quebra de receitas, a SAD encarnada quer tentar já precaver-se para vários meses com entrada residual de capitais e apenas... saídas. Neste momento, os cofres da Luz ainda têm provisões para aguentar mais alguns meses nesta situação sem entrar em qualquer tipo de incumprimento. No entanto, caso as portas se mantenham fechadas durante a próxima época, o capital começará naturalmente a escassear.
A principal fonte de rendimento passa pela venda de jogadores. Tal como já sublinhou o CEO da SAD, Domingos Soares de Oliveira, o Benfica não está inclinado a entrar num mercado em que os seus ativos estejam cotados em baixa, mas um potencial negócio com montantes avultados será analisado. Para além disso, só com os emprestados, a expectativa é de um encaixe na ordem dos 20 M€, com metade a poder chegar da opção de compra de Krovinovic por parte do WBA.

A transferência de Carlos Vinícius pode dar ao Benfica a almofada financeira desejada. O melhor marcador do campeonato é cobiçado em Inglaterra e o Wolverhampton está disposto a desembolsar 60 milhões de euros para garantir os serviços do brasileiro, se transferir Raúl Jiménez.
O internacional mexicano soma pretendentes, tendo já sido associado a Real Madrid, Juventus e Manchester United. Daí que a formação comandada por Nuno Espírito Santo já comece a planear a sucessão de Jiménez.
Contratado pelo Benfica ao Nápoles, a troco de 17 milhões de euros, Vinícius, de 25 anos, chegou a ter tudo acertado com o Wolverhampton no verão passado, mas não conseguiu a licença de trabalho para atuar em Inglaterra.
Um ano depois, os lobos poderão voltar à carga, pagando 60 milhões de euros. Acresce que o Manchester United também tem o 95 das águias na mira.
A saída de Vinícius, chegando essa proposta, vai depender de Luís Filipe Vieira. O brasileiro tem contrato até 2024 e uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros. Benfica e o seu representante, Jorge Mendes, já falaram da renovação, com reforço da blindagem.

“Sporting não precisa de um presidente construído entre a verdade e a falsidade”. O antigo presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG) do Sporting, Dias Ferreira, fala sobre o futuro do clube leonino e questiona se o mais importante saber quem será o próximo presidente ou se é mais essencial discutir como deve ser o próximo líder do emblema verde e branco.
Em artigo de opinião no jornal A Bola, o ex-dirigente indica que os candidatos se preocupam mais em promessas eleitorais, mas que “fogem em retirada à primeira dificuldade”.
“Grande parte não olham sequer para os seus ombros para observar se podem arcar com tamanha responsabilidade. Não têm cultura desportiva nem leonina. Não são inteligentes, mas apenas espertos”, afirma Dias Ferreira.
O ex-líder da MAG leonina lamenta que, nos dias de hoje, se faça um presidente “como se vende um sabonete” e ressalva que, quando chegam ao poder”, na maior parte dos casos “esquecem-se de trazer as mãos lavadas”.
Ao mesmo tempo, Dias Ferreira revela o que Sporting precisa e refere que os leões não precisam de alguém “construído” com a ajuda das redes sociais.
“Como eu digo, o Sporting não precisa de um presidente construído pelo marketing com a ajuda das redes sociais, entre a verdade e a falsidade. O que precisa é de um projeto de rutura com o passado recente e galvanize a massa associativa”, salientou.
Como tal, Dias Ferreira mostra-se esperançoso de que os sócios do Sporting saberão escolher quem colocarão “à frente do carro que transporta a história desta instituição”.

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