02 abril 2020

Negócio Sporar gera inquietação. “Não sei se o Sporting será capaz de cumprir as suas obrigações”; Conheça o novo alvo em cima da mesa do Benfica; FC Porto livre do fair-play?

O processo de licenciamento de clubes, obrigatório para quem vai participar nas provas europeias da próxima época, passou da data limite de 30 de maio para 30 de junho, ainda que o mais provável seja que esta data sofra novo adiamento. Os constrangimentos ditados pela interrupção das competições e o adiamento obrigatório do prazo de conclusão das mesmas ajudaram a UEFA a decidir nesse sentido. A obrigação de entregar as declarações de não dívida (ou dívida) a terceiros mantém-se fixada em 30 de abril.
“O Comité Executivo [da UEFA] decidiu suspender as disposições de licenciamento de clubes relacionadas com a preparação e avaliação das futuras informações financeiras dos clubes. Esta decisão aplicase exclusivamente à participação nas competições de clubes para 2020/21”, lê-se num comunicado. Desta disposição não se pode concluir que o processo de fiscalização a que está sujeito o FC Porto, que deveria atingir o break-even até 30 de junho, na sequência de uma intervenção da UEFA iniciada há três épocas, esteja também já adiado. Mas o princípio deverá ser idêntico. Aliás, nem fazia sentido ser de outra forma, tendo em conta que clubes como o FC Porto pensavam em vender após a conclusão das competições [os dragões tinham cinco semanas após a final da Taça] e agora não o poderão fazer.
Esta decisão foi tomada após uma reunião da UEFA, por videoconferência, com as 55 federações-membro, inclusive a FPF .“O Comité Executivo concordou que as circunstâncias excecionais requerem intervenções específicas para facilitar o trabalho das federações e dos clubes e, por isso, apoia a proposta de dar mais tempo para concluir o processo de licenciamento, até que o processo de admissão às competições de clubes da próxima temporada esteja redefinido”, acrescenta o comunicado.

Martínez Quarta no radar do Benfica. O Benfica tem nos seus planos a contratação de centrais para a próxima temporada, num número que dependerá sempre do futuro de Rúben Dias e Jardel e da avaliação da evolução do jovem Morato. Nesse âmbito, e tendo o alemão Robin Koch, do Friburgo, como alvo prioritário, a elevada concorrência que poderão enfrentar e a possível necessidade de mais reforços para o setor levaram os encarnados a investir noutros nomes, como é o caso, segundo O Jogo, de Martínez Quarta, central do River Plate.
Com Rúben Dias muito cobiçado e com futuro incerto, devido aos efeitos que a pandemia poderá provocar no mercado de transferências, e existindo a hipótese de Jardel, a um ano de acabar contrato, seguir para outras paragens, na Luz estão a ser analisados vários alvos e o defesa de 23 anos do River Plate está nessa lista. Nesse sentido, segundo o diário, ocorreu já uma inquirição junto do clube e também do empresário do jogador para serem avaliadas as condições necessárias para avançar com uma negociação caso seja essa a decisão final de Luís Filipe Vieira e, em segunda instância, de Bruno Lage.
O camisola 28 do River Plate, está bem referenciado na Luz apesar de não ser muito alto (1,83m), podendo atuar como central à direita ou à esquerda e também a trinco. Com contrato válido apenas até junho de 2021, Martínez Quarta está blindado com uma cláusula de 22 milhões de euros. No seu país, está cada vez mais valorizado, porque é uma opção regular no River Plate, por já ter feito dois jogos pela seleção argentina (Chile e México), tendo alinhado com o portista Marchesín e o sportinguista Acuña, mas também porque poderia garantir uma ainda maior mediatização, dado que estava nos planos de Lionel Scaloni para a próxima edição da Copa América, que se disputava este ano, mas foi adiada para 2021.

“Não sei se o Sporting será capaz de cumprir as suas obrigações”. O Slovan Bratislava está com medo que o Sporting não consiga liquidaras verbas acordadas nos prazos estipulados no âmbito da transferência de Andraz Sporar para o emblema de Alvalade. Isso mesmo deu conta ontem o diretor-geral do emblema eslovaco, quando confrontado com os reflexos que a pandemia covid-19 está a ter nas diversas sociedades e, invariavelmente, no mundo do futebol. Ivan Kmotrik revelou o montante recebido, sem, porém, acrescentar se de momento a SAD liderada por Frederico Varandas incorreu, ou não, em alguma falta de pagamento. “Até ao momento recebemos apenas um pagamento de 950 mil euros por parte do Sporting. O montante fixo da transferência foi fixado nos seis milhões de euros. E, francamente, estou preocupado com o impacto da crise [covid-19] e se o Sporting será capaz de cumprir as suas obrigações”, disse, em declarações ao jornal SME. O Jogo procurou obter uma reação junto do Sporting face às declarações do dirigente eslovaco e se, eventualmente, alguma das obrigações financeiras não estaria a ser cumprida, mas os leões, através de fonte oficial, recusaram “comentar” o assunto.
Sporar, recorde-se, o único reforço dos leões na última janela de transferências de janeiro, pode vir a custar perto de 12,6 milhões de euros, isto mediante o cumprimento de vários objetivos. Assim, os leões acordaram o pagamento de uma componente fixa de 6 M€, colocando o remanescente numa parcela dependente do desempenho desportivo do Sporting em cada uma das épocas desportivas que venha a efetuar daqui em diante, ou seja, o Slovan Bratislava terá direito a um milhão de euros por cada título nacional que seja obtido durante o contrato de quatro anos e meio rubricado com o goleador internacional esloveno. Também aqui, nesta componente por objetivos, figuram 1,6 M€, que serão pagos pelos acessos do Sporting à Liga Europa e Liga dos Campeões. Além disso, o Slovan Bratislava reservou o direito a 10% de uma mais valia em futura venda. Sporar conta com três golos nos nove jogos realizados de leão ao peito.

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