01 abril 2020

Ex-árbitro faz alusão ao Benfica e diz: “Quando se faz batota no futebol, perde-se a honra”; Sporting não desiste de lutar pelos 22 títulos; "Sentia uma pressão maior no Vitória do que no Benfica"

Aos 42 anos, Nuno Assis continua ligado ao futebol mas agora na pele de agente na empresa MNM Sports Management, que gere em conjunto com os sócios Fernando Meira e Pedro Mendes.
Desafiado pelo Record a recordar os momentos mais marcantes da sua carreira, o antigo jogador faz um balanço muito positivo e não tem dúvidas em apontar o V. Guimarães como o clube que lhe proporcionou "o maior prazer em jogar" dada a atmosfera criada pelos adeptos no Estádio D. Afonso Henriques.
"É certo que passei por dois grandes clubes, o V. Guimarães e o Benfica, e é difícil dizer onde gostei mais de jogar, mas só quem passa pelo Vitória é que sabe o que é isso. Eu sei que o Benfica é um dos maiores clubes do Mundo, mas o Vitória é especial pela paixão", assume o antigo internacional português, que destaca o apoio dos adeptos:
"A paixão que têm e a forma de viverem o clube é única. É uma cidade mais pequena e por isso é mais bairrista, há uma proximidade maior com as pessoas. Eu sentia uma pressão maior no Vitória do que no Benfica e, atenção, nunca tive qualquer problema com os adeptos, pelo contrário, sempre me trataram da melhor maneira possível".

“Quando se faz batota no futebol, perde-se a honra”. O antigo árbitro, Jorge Coroado, criticou os comportamentos das pessoas ligadas ao futebol português.
Em artigo de opinião publicado no jornal O Jogo, o ex-árbitro criticou quem faz “batota” no mundo do futebol, fazendo uma alusão ao facto de o Benfica ter anunciado, na semana passada, a desistência da oferta pública de aquisição (OPA).
“O sistema opressivo do capitalismo desenfreado, sem regras nem rigor, deu origem a crimes e marginais económicos. Quando se faz batota no póquer, na vida ou no futebol, perde-se a honra e o júbilo que se sente quando se ganha”, afirmou Jorge Coroado.
“Em última análise, é connosco que fazemos batota, privando-nos a nós próprios do maior prazer que existe na vida: vencer a outra parte com toda a lisura”, acrescentou.
Ao mesmo tempo, Jorge Coroado condena quem “apregoa o interesse na verdade desportiva” para depois ir contra esses princípios.
“Envolto numa conversa que soa muito bem, apregoa o que faz no interesse da verdade desportiva, da igualdade competitiva, o cidadão comum tem dificuldade a perceber que aquilo nada tem a ver com equilíbrio, mas sim com o poder”, indicou.
Finalmente, o ex-árbitro critica os “renegados” que andam a “vender armas aos índios”, numa referência ao mal funcionamento da Justiça portuguesa.
“Vivemos num país onde o sistema judicial dá exemplos de subjetiva honestidade e independência. Na verdade, há uns quantos renegados que andam por aí a vender armas aos índios…”, rematou.

Sporting não desiste de lutar pelos 22 títulos. Estranhando o silêncio da comissão de especialistas criada pela Federação Portuguesa de Futebol para analisar se o Campeonato de Portugal, disputado entre 1921 e 1938, é antecessor da atual Liga, o Sporting garantiu que não desistiu de reclamar os 22 títulos ao invés dos 18 oficiais e pediu celeridade numa discussão iniciada ainda durante a presidência de Bruno de Carvalho.
Num artigo do jornal Sporting, que esta terça-feira celebrou o 98º aniversário, o clube garantiu que a razão está do seu lado e reforçou esse argumento com uma entrevista com o historiador Diogo Ramada Curto. "A ideia de que o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal são a continuação, sob outra designação, das Ligas e do Campeonato de Portugal é falsa e tem origem num equívoco lamentável da Direção da Federação, que é ilegal e insustentável de uma perspectiva histórica", sustenta.

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