Sporting coloca avançado no mercado; Vieira deixa futebol para segundo plano; "Acho que a Premier League deveria ser anulada. (...) O futebol não é assim tão importante"; "Frederico Varandas tem sempre uma palavra a dar e é bem-vinda"

João Pedro Araújo sublinhou que mantém contacto "diário" com o presidente do Sporting, Frederico Varandas: "Dou-lhe nota das ações mais relevantes que fazemos. Ele tem sempre uma palavra a dar, que é bem-vinda", começou por dizer o diretor clínico dos verdes e brancos, numa conferência com a comunicação social realizada por videoconferência.

"Vamos mantendo essas reuniões para irmos delineando o plano estratégico. Vou-lhe dando nota das ações mais relevantes que fazemos", explicou.

Ainda quanto ao quoatidiano do clube, João Pedro Araújo admite que a situação de Luiz Phellype é gerida de forma particular dos demais atletas do clube, isto após o corpo médico ter feito uma ‘triagem’ dos lesionados no clube, na equipa principal, formação e restantes modalidades.

"Foram selecionados os casos de gravidade, em que a falta de tratamento poderia deixar sequelas na vida do atleta. O caso mais relevante, porque vinha de uma cirurgia extensa, foi o do Luiz. Está a ser tratado na Academia. O Renan, que está num patamar intermédio, vai a Alcochete pontualmente e é submetido a tratamentos feitos por mim", salientou.

Sporting coloca avançado no mercado. Abdoulay Diaby, contratado no verão de 2018, ainda com Sousa Cintra à frente dos destinos da SAD, dificilmente terá espaço entre as opções de Rúben Amorim para a próxima época.

A SAD, atenta até ao bom registo que o internacional maliano tem vindo a ter nos turcos do Besiktas (leva 29 jogos oficiais e três golos marcados), pretende neste mercado de verão tentar reaver o investimento feito na sua contratação - o Sporting pagou aos belgas do Club Brugge 4,5 milhões de euros pela totalidade dos direitos económicos do jogador -, admitindo porém negociar o passe por valor inferior para se libertar também do vencimento do jogador de 28 anos.

Só em último caso equacionará um novo empréstimo.

A antiga referência do Manchester United, Rio Ferdinand, defende que esta temporada deverá ser anulada e que não nenhuma forma de contornar essa realidade sem colocar em perigo os jogadores. «Acho que a Premier League deveria ser anulada. Sei que muitos adeptos do Liverpool vão dizer: “Rio, está a dizer isso porque jogavas no Manchester United”. Na realidade, não vejo uma forma que possa regressar sem colocar em perigo a saúde. É tão simples quanto isso. Mesmo à porta fechada, temos os jogadores, eles não contam? Alguns jogadores vão contrair a doença ou apanhar de alguém e contaminar os restantes. Não é justo. Vão estar outras pessoas no estádio como, por exemplo, os seguranças. E algo que coloca todos em risco. Dizer que vamos ganhar isto ou perder aquilo. É preciso colocar isso de lado. Estamos a falar de vida ou morte. O futebol não é assim tão importante», afirmou Rio Ferdinand, nas redes sociais.

Luís Filipe Vieira não quer ouvir falar de futebol, nem do planeamento dos próximos meses da equipa principal do Benfica. A prioridade e preocupação do presidente das águias passa exclusivamente pela forma como o clube e a sociedade portuguesa vão ultrapassar a pandemia, apurou o Correio da Manhã.
Os números galopantes do coronavírus em Portugal e no Mundo despertaram no dirigente a vontade de minimizar o drama social que se avizinha, bem como atenuar ao máximo as perdas económicas, tanto da SAD como no clube.
Desta forma, Vieira tem mantido reuniões constantes com os diversos responsáveis das áreas mais críticas do clube. Através de videoconferência, o administrador Domingos Soares de Oliveira e Carlos Móia, presidente da Fundação Benfica, têm sido dois dos principais interlocutores.
O presidente e o homem-forte das contas têm traçado estratégias para minimizar todos os constrangimentos, sendo que os cerca de 500 funcionários são a principal preocupação. Desta forma, o CM sabe que não haverá, pelo menos para já, qualquer despedimento no universo Benfica.
Depois há a questão das contas da SAD. O Benfica já fez saber que vai repensar todos os projetos previstos, nomeadamente no Seixal, para equilibrar os números. Neste capítulo, a questão dos patrocinadores e das receitas que daí advêm são outra das principais preocupações do presidente.
Já que no que à equipa principal diz respeito e face à atual realidade, a política de contratações será revista. Ou seja, a manutenção dos ativos será o principal objetivo das águias quando a competição regressar.
A vertente social é outro dos aspetos que Vieira quer intensificar. Para além de ter doado um milhão de euros ao Serviço Nacional de Saúde, o clube tem intensificado, através da Fundação Benfica, diversas iniciativas de apoio aos jovens, mas também à população mais idosa.