O investimento do Sporting no próximo defeso; "Quero dar o próximo passo na carreira", diz alvo do Benfica; FC Porto quer afastar médio do mercado

Estava tudo a correr bem a Sérgio Oliveira até ao momento em que foi decretada a interrupção das competições. O médio, de 27 anos, era titular e as suas exibições estavam num patamar acima da média, assumindo-se como uma das peças nucleares de Sérgio Conceição, técnico que o conhece como ninguém. E é precisamente esse conhecimento que faz com que Sérgio Oliveira não perca o capital de confiança que conquistou nos últimos tempos. O internacional português consolidou-se na equipa do FC Porto e já lançou as bases para reforçar o seu papel entre os titulares na próxima época.

Face à mais do que provável sangria que vai assolar o grupo no final desta temporada, com Danilo Pereira como um dos eventuais craques negociados, Sérgio Oliveira vai assumir maior protagonismo no meio-campo. É pelo menos essa a convicção dos responsáveis portistas, que veem nele um exemplo da mística e qualidade da formação a potenciar na equipa principal, uma espécie de símbolo para os jovens que estão agora a despontar, como Romário Baró, Fábio Silva e Vítor Ferreira. Por isso mesmo, querem o seu nome longe do mercado.

Depois de muitas interrogações no passado, que levaram à sua dispensa, numa primeira fase, e posteriormente ao empréstimo ao Nantes, de onde foi resgatado por Conceição, Sérgio Oliveira ultrapassou todas as dúvidas e conquistou um lugar na equipa, relegando até o reforço Mateus Uribe para o banco.

Essa afirmação também é tida em conta pela SAD, que tem a renovação do contrato com o médio como uma das prioridades, já que o seu vínculo acaba em 2021, embora nesta altura esse dossiê, como tantos outros, se encontre em ‘stand by’. Ao contrário de ativos que têm um valor mais elevado no mercado, como Danilo Pereira, Alex Telles e Marega, e cujos encaixes com transferências serão determinantes para salvar as contas, Sérgio Oliveira oferece menos a esse nível, mas a sua permanência no grupo poderá ser bem mais valiosa.

Sérgio Oliveira vai com 26 jogos na presente época, estando assim muito perto de superar os 27 encontros de 2017/18, quando o FC Porto foi campeão nacional. Para os mais distraídos, recorde-se que o médio formado no Olival fez a sua estreia pelo clube do coração num célebre desafio frente ao Sertanense, em 2009/10, para a Taça de Portugal. Tinha então 17 anos.

"Quero dar o próximo passo na carreira". Robin Koch é alvo para o centro da defesa do Benfica já na próxima temporada. O central alemão do Friburgo abordou o futuro com algumas reservas, sem abrir jogo quanto aquele que pode ser o seu futuro clube já a partir da próxima temporada.

"Houve abordagens de grandes clubes", começou por dizer, em declarações ao 'Sport Bild', confrontado com o interesse do RB Leipzig ainda no mercado de transferências de janeiro. O defesa, de 23 anos, garantiu que "a época tem sido perfeita" até à paragem competitiva e que delega no Friburgo a melhor abordagem numa eventual saída do clube com o qual expira contrato em 2021. "O clube decidirá como atuar mas é claro que penso no futuro", vincou.

Koch traçou o combate à pandemia do novo coronavírus como prioridade neste momento. "Quero dar o próximo passo na carreira, mas antes de tudo, espero que o vírus seja contido, que a normalidade se instale rapidamente e que possamos recomeçar a competir", vincou o jogador que já conta duas internacionalizações pela principal seleção germânica.

O investimento do Sporting no próximo defeso. Foi a maior venda de sempre da história do futebol sportinguista os 55 milhões de euros que o Manchester United pagou ao Sporting para garantir Bruno Fernandes em janeiro passado.

Mas parte dessa verba ficou reservada nos cofres da SAD (parte dela foi para fazer face às necessidades de tesouraria e pagamentos a fornecedores) para permitir uma maior capacidade de investimento no mercado do próximo verão. Um mercado que, refira-se, face às consequências que a pandemia está a ter no futebol mundial, ainda encerra uma boa dose de ceticismo sobre como decorrerá, escreve A Bola.

A verdade é que dos muitos milhões que entraram em Alvalade, os responsáveis leoninos optaram por um ataque cauteloso ao mercado de janeiro, guardando assim trunfos financeiros para o reequilíbrio do plantel na próxima temporada, a primeira com Rúben Amorim como timoneiro do futebol dos leões.

Assim, a SAD irá dar prioridade à formação e ao mercado nacional no verão e só depois de analisadas todas as soluções disponíveis avançará para outros mercados internacionais. Dos cinco a seis reforços que estão previstos, metade será oriundo da formação, todos eles para reforçar posições que já estão identificadas e carecem de sangue novo - isto, claro, tendo sempre presente que se algum jogador do atual plantel for vendido terá obrigatoriamente de chegar uma nova solução.