Transferência de Bruno Fernandes rendeu 16 milhões aos bancos; Benfica não chega aos 10 remates nos últimos 5 jogos

O Benfica voltou às vitórias quatro jogos oficiais depois, mas há pelo menos um indicador que não revela uma retoma: o de remates efetuados. Nos últimos cinco encontros, a equipa de Bruno Lage não só nunca conseguiu atingir ou ultrapassar a marca da dezena de disparos por jogo, como ainda produziu menos tiros do que o adversário. 

A série negativa arrancou no Dragão, frente ao FC Porto, e prolongou-se nos embates com Famalicão, Sp. Braga, Shakhtar e ante o Gil Vicente, na última segunda-feira, onde o Benfica executou menos de metade dos remates dos gilistas: oito contra 17 dos visitados.

Por seu turno, os remates consentidos são sempre mais ou iguais a dez desde a visita a Alvalade, a 17 de janeiro, um outro indicador relativo aos golos consentidos nas últimas semanas para aquela que, por exemplo, é a melhor defesa do campeonato português.

A nível global, a média de remates sofridos em todas as provas aumentou em relação à época transata. Ao todo, o Benfica consentiu 409 remates em 39 encontros oficiais, o que representa uma média de 10,49 por jogo. Em toda a época passada, as águias consentiram 587 disparos, à baliza ou para fora. Em média, os encarnados sofrem 9,78 remates por partida, número abaixo do agora registado. Nos remates realizados há também um retrocesso: 547 (14,02 de média) esta temporada contra um total de 885 (14,75 de média) em 2018/19. 

O Gil Vicente foi a equipa que rubricou o recorde de remates realizados num só jogo ante o Benfica, 17 ao todo, permitindo também a Vlachodimos chegar ao máximo de defesas no campeonato: sete. A equipa de Vítor Oliveira igualou o pecúlio que já o FC Porto havia conseguido no Dragão diante das águias. Em todas as provas, o RB Leipzig leva a melhor, com 24 disparos efetuados no empate a dois a contar para a Champions, que coincide também com um recorde desde que Lage é o técnico principal do Benfica.

A transferência do jogador Bruno Fernandes para o Manchester United rendeu oito milhões de euros ao Novo Banco e outros tantos ao Millennium BCP, apurou o jornal CM junto das instituições bancárias. Os dois maiores credores da SAD leonina viram assim ressarcidas parte da dívida com a venda do médio para Inglaterra. Segundo um comunicado da própria SAD sportinguista à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o atleta foi vendido por 55 milhões, mais um bónus de até 25 milhões. Deste valor, a SAD pagou 5,5 milhões de comissão às empresas Gestifute e Positionumber, ficando o Sporting com 10% de uma mais-valia futura.

Segundo apurou o CM, a SAD leonina tem cumprido com as obrigações assumidas perante os dois bancos, após a recompra da posição das instituições financeiras através dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em Ações (VMOC) ao preço de 30 cêntimos por título, o que resultou num ‘perdão’ de 94,5 milhões de euros, tal como o CM noticiou em maio de 2018. A dívida está a ser abatida, segundo o acordo assinado.