Sporting faz sondagem por internacional brasileiro; Reforço do Benfica para janeiro sem...lugar garantido no plantel; SAD ilibada de apoio a claques. Tribunal anula castigo do IPDJ, que condenava águias à realização de um jogo à porta fechada

O Tribunal Judicial de Lisboa anulou o castigo de realização de um jogo à porta fechada decretado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Como se lê no acórdão do Juízo de Instrução Criminal, os encarnados são absolvidos da acusação de apoio a Diabos Vermelhos e No Name Boys, claques ilegais, por permitirem que esses grupos organizados de adeptos (GOA) coloquem tarjas e outro material no estádio, antes dos encontros.

"Pode concluir-se que a permissão, por parte da recorrente [Benfica, SAD], de uso e porte pelos No Name Boys e Diabos Vermelhos de faixas e bandeiras para sectores determinados do estádio não constitui uma forma de apoio aos mesmos, nos termos previstos no artº 14º/2, mas sim constituem medidas de segurança a que qualquer promotor de espetáculo desportivo está vinculado a fim de assegurar que o espetáculo desportivo decorra com todas as condições de segurança para os adeptos e espectadores em geral", pode ler-se.

O Benfica foi condenado, a 27 de agosto de 2018, pelo IPDJ, com a realização de um jogo à porta fechada e multa de 56.250 euros. Em causa estavam 14 contraordenações – destacando-se o apoio a claques ilegais –, em oito jogos da Liga (V. Guimarães, Sp. Braga, Belenenses SAD, Portimonense e P. Ferreira), Liga dos Campeões (CSKA e Besiktas) e Taça da Liga (Sp. Braga) – sete em 2017 e um em 2016. A acusação apontou para faixas com alusões diretas e indiretas a ambas as claques, exemplificando com a que refere ‘E pluribus unum Sport Lisboa e Benfica o Glorioso desde 1904’, "ostentando os dois ‘N’ invertidos", dos No Name Boys, e a ‘Demasiado fiéis para desistir’, dos Diabos Vermelhos.

A existência desses grupos foi admitida pela SAD. Mesmo não estando constituídos como associações, são "marcas registadas junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial por um conjunto de pessoas singulares". "A exibição de marcas registadas não pode ser genericamente impedida", defendem as águias. "Não se pode concluir que ao permitir a entrada de faixas e tarjas para os sectores das claques acima indicadas, a recorrente promove uma discriminação positiva dos mesmos em relação aos demais adeptos, permitindo-lhes uma liberdade de atuação e de expressão que não é, de todo, deferida aos restantes adeptos e espectadores, uma vez que tais facilidades de acesso são obrigatórias por lei", sublinha-se ainda no acórdão.

O Tribunal ouviu várias testemunhas, designadamente elementos da PSP e colaboradores do clube encarnado, como Miguel Bento, diretor comercial e marketing, e Rui Pereira, à data diretor de segurança.

No acórdão que iliba o Benfica de apoio a claques, não ficou provada a sobrelotação ante o V. Guimarães, a 13 de maio de 2017. A águia comunicou que a assistência era de 64.591 espectadores, sendo a lotação de 64.098 lugares. O Benfica disse ter sido um erro.

Yony González vai ter de lutar. Yony González já tem um pré-acordo assinado com o Benfica válido para as próximas quatro temporadas e meia, mas nem por isso tem garantida a sua presença no plantel encarnado já a partir de janeiro, podendo ser cedido. Segundo o Record, o extremo de 25 anos, atualmente ao serviço do Fluminense – termina contrato no final do mês que vem – terá mesmo de tentar convencer Bruno Lage a dar-lhe essa vaga, até porque já sabe que a assinatura de contrato com as águias se tratou, acima de tudo, de uma oportunidade de negócio e não de uma prioridade.

Luís Filipe Vieira e seus pares decidiram avançar para a contratação do jogador na ótica de um investimento estratégico, não só por se tratar de um atleta livre, mas também porque o prémio de assinatura não é significativo – ao todo, dois milhões de euros – comparativamente com outras contratações feitas nestes moldes, que chegam a custar mais do dobro. Para além disso, trata-se de um dianteiro colombiano que tanto pode atuar nas alas, como a segundo-avançado, um perfil que, acreditam as águias, pode ser sempre rentabilizado com alguma facilidade. Do ponto de vista da SAD, no limite, este investimento será sempre recuperado.

Na Luz, a atual abundância de extremos dificulta logo à partida a tarefa a Yony González. Rafa está lesionado e só deve voltar a competir em 2020, mas não é impossível que em janeiro esteja de volta, até porque, com a mesma lesão (desinserção do tendão médio do adutor à esquerda), Chiquinho tornou às opções em cerca de dois meses. Ora, o internacional português lesionou-se no final do mês passado, pelo que o arranque do novo ano civil pode trazer boas notícias para Bruno Lage neste sentido. Para além disso, há ainda o atual dono da posição, Cervi, com Caio Lucas – a SAD está aberta a emprestar o jogador, mas este resiste a deixar a Luz a meio da época – sempre na luta, até ver. Não bastasse, também Jota entra nestas contas, mais não seja porque atuar na esquerda, com movimento interiores, tem sido sempre a sua preferência.

Afigura-se, pois, como difícil a integração imediata do colombiano no plantel, mas Bruno Lage terá sempre a última palavra. Afinal, Yony tem características diferentes das dos referidos jogadores benfiquistas e, nesse sentido, o técnico setubalense poderá querer dotar um grupo de uma nova opção a meio da temporada.

A notícia da assinatura do pré-acordo com o Benfica chegou ontem ao Brasil mas o jogador prefere remeter-se por agora ao silêncio, evitando assim comentar a mudança para a Luz numa altura em que está em competição pelo Fluminense. Também o seu empresário, Gianluca de Franco, não quer prestar quaisquer declarações sobre o assunto, com o receio de que qualquer palavra sua possa vir a prejudicar de alguma forma o atleta no clube brasileiro. O atual contrato termina no final de dezembro.

Gustavo Scarpa está na mira do Sporting. Segundo avança o jornal A Bola, os leões estão interessados no médio brasileiro e já terão feito uma sondagem ao Palmeiras para saber as condições de um possível negócio para janeiro.

O clube de São Paulo fez saber aos leões que exige 10 milhões de euros pelo médio canarinho, de 25 anos, que em 45 jogos leva 13 golos apontados este ano.

Gustavo Scarpa foi por uma vez internacional brasileiro e é um dos destaques do Brasileirão.