07 novembro 2019

Quem pode deixar o Sporting para abrir porta a reforço; Vieira é suspeito de ter beneficiado de fraude; Gonçalo Paciência e Éder regressam à seleção nacional; Wikileaks defende Rui Pinto

Gonçalo Paciência e Éder são as grandes novidades dos escolhidos de Fernando Santos para os próximos compromissos da seleção nacional. Em relação à última lista, ficam de fora William Carvalho, João Félix e Rafa Silva.
O selecionador convocou três pontas-de-lança, ao contrário do que habitualmente tem feito nas últimas escolhas. Paciência soma nove golos e três assistências em 21 jogos disputados no Eintracht Frankfurt, e é convocado pela primeira vez desde 2017, quando se estreou num amigável contra os Estados Unidos da América. Na altura, era jogador do Vitória de Setúbal.
Éder, herói da final do Europeu 2020, está também de regresso. O avançado do Lokomotiv de Moscovo não soma qualquer partida pela seleção das quinas desde 2018, contra a Polónia, num jogo da fase de grupos da Liga das Nações.
A outra novidade é o regresso de Podence, do Olympiacos, que já marcou presença nas convocatórias para o Europeu 2020, mas ainda não se estreou.
Rafa Silva, William Carvalho e João Félix ficam de fora, por lesão.

Os escolhidos:
Guarda-redes: Rui Patrício, Beto e José Sá;
Defesas: Nélson Semedo, Ricardo Pereira, Pepe, Rúben Dias, José Fonte, Rúben Semedo, Raphael Guerreiro e Mário Rui;
Médios: Danilo, Rúben Neves, João Moutinho, Bruno Fernandes, Pizzi e João Mário;
Avançados: Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo, Bruma, Podence, Diogo Jota, Éder, Gonçalo Paciência e André Silva.

Wikileaks defende Rui Pinto. Juan Branco já tinha, ontem, nos palcos do Web Summit, pedido a libertação de Julian Assange. E hoje apelou à libertação do português Rui pinto, denunciante de contratos de futebol. Juan branco, advogado da Wikileaks, aproveitou para acusar o mundo do futebol como um dos mais corruptos.
Referiu-se ao português como uma pessoa que só divulgou informação e não cometeu qualquer violência, nem atentou contra a dignidade de ninguém. Já ontem ao Jornal Económico tinha dito ser escandaloso que Rui Pinto esteja preso.
Juan Branco, o advogado franco-espanhol, subiu novamente ao palco neste último dia do Web Summit para reafirmar: Wikileaks é um "media". E provocou: "nunca publicámos uma notícia falsa. Não há nenhum órgão tradicional no mundo que não tenha alguma vez publicado uma notícia errada. Nós nunca publicámos nada falso".
Continuou nesta ideia durante mais algum tempo para dizer que os media tradicionais não têm conseguido filtrar e dar confiança aos leitores.
Juan Branco não poupa críticas. Já ontem voltou a criticar o presidente francês do qual é um opositor assumido, tendo mesmo sido o autor de um livro contra o governo gaulês. Foi também ontem que atacou a organização do Web Summit por "nos ter recordado que Tony Blair [que ontem esteve no palco] tem liberdade de movimentos apesar da guerra do Iraque. E Julian Assange continua preso por ter revelado os crimes cometidos". Atacou também os preços dos bilhetes do Web Summit.

Coates no mercado abre vaga a Gustavo Henrique. Tal como chegou a ser estudado pela administração da SAD no último verão, Sebastián Coates é visto como negociável na reabertura do mercado de transferências, em janeiro, com os leões a verem no internacional uruguaio uma boa oportunidade para realizar um encaixe financeiro interessante que permita não só aliviar as contas como investir nos reforços pensados por Silas, escreve A Bola.
Foi, precisamente, tendo em conta esta decisão que a administração da SAD decidiu acautelar, desde logo, uma possível venda de Sebastián Coates. Daí que, perante a colocação de Gustavo Henrique em cima da mesa, a administração leonina tenha respondido com interesse mas pedido algum tempo de espera, de modo a perceber, de forma mais concreta, as reais possibilidades de Coates poder ser vendido.
Gustavo Henrique, recorde-se, é brasileiro, tem 26 anos e termina contrato com o Santos já no próximo mês, sendo por isso alvo apetecível de vários clubes europeus na reabertura do mercado.

Vieira é suspeito de ter beneficiado de fraude no BES. A suspeita está plasmada nos autos do processo do Banco Espírito Santo: além de operações financeiras, que terão permitido à administração de Ricardo Salgado mascarar as contas do BES, a Eurofin, uma sociedade suíça, também serviu, segundo o Ministério Público, para retirar "ativos stressados" do balanço do banco, assim como funcionou como veículo de investimento para reestruturações de dívida de "clientes privilegiados" da administração do antigo "dono disto tudo", como a Inland, a Imobiliária de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.
De acordo com um despacho do procurador José Ranito, além da Inland, também a Obriverca, de Eduardo Vítor Rodrigues, sócio de Vieira, e a Greenwood beneficiaram desta espécie de mão oculta que o Grupo Espírito Santo detinha na Suíça. Aliás, o Banco de Portugal, numa acusação contra Salgado, já tinha descrito a Eurofin e os veículos por ela criados como instrumentos para "parqueamento e financiamento de investimentos do GES", "financiamentos de investimentos de pessoas e entidades próximas do GES" e "parqueamento de ativos com elevado risco de desvalorização", além de outro tipo de operações.
No caso da Inland, depois de questionado sobre eventuais relações entre a empresa e um conjunto de veículos Eurofin, Luís Filipe Vieira, em resposta à SÁBADO, garantiu desconhecê-los. Porém, a 12 de maio de 2015, segundo documentos a que a SÁBADO teve acesso, o Novo Banco (que sucedeu ao BES na exploração do negócio bancário) enviou para o processo 324/14, o caso BES, "um DVD com o conjunto de informação recolhida e organizada essencialmente pelo Departamento de Acompanhamento e Estruturação de Empresas e pelo Departamento de Gestão lmobiliária" relativa aos grupos Obriverca, Inland (incluindo informação sobre a globlidade do Grupo Promovalor), Greenwood e também sobre o Sporting, Ongoing e Prebuild.
À SÁBADO, o presidente do Benfica garantiu também nunca ter sido ouvido como testemunha ou arguido no processo do Banco Espírito Santo. Entretanto, refira-se, em finais de 2017, Luís Filipe Vieira e o Novo Banco fecharam um acordo para a reestruturação de parte da dívida do universo das suas empresas, que rondaria os 400 milhões de euros. De acordo com várias notícias publicadas à época, uma parte dessa dívida foi incluída num fundo de reestruturação, gerido pela Capital Criativo, empresa de Nuno Gaioso Ribeiro, vice-presidente do Benfica, e da qual Tiago Vieira, filho de Luís Filipe Vieira, também é acionista. O Novo Banco, maior acionista do fundo, em contrapartida terá recebido garantias adicionais.
Apesar de formalmente não pertencer à estrutura societária da Capital Criativo, nem aos respetivos corpos gerentes, o enorme acervo de emails apreendidos pelo Ministério Público nas instalações do BES revela que Vieira até teria um papel ativo nos negócios da Capital Criativo. Exemplo disso são os emails enviados a 11 de outubro de 2013 por Nuno Gaioso Ribeiro a Luís Filipe Vieira, dando-lhe conta de um interesse da empresa em entrar no processo de reestruturação da Controlinvest, empresa que detinha os jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo e a rádio TSF.
Na altura, António Mosquito, empresário angolano, tomou uma parte do capital, tendo os bancos BES e BCP transformado parte da dívida do empresário Joaquim Oliveira em capital do grupo de comunicação social. Para além de outras vantagens, referiu Nuno Gaioso, a empresa ficaria com "alguma palavra" na gestão do negócio.
A comunicação de Gaioso Ribeiro foi encaminhada por Vieira para Amílcar Morais Pires, antigo administrador do BES. O presidente do Benfica referiu que pretendia dar a conhecer a situação, "pensando sempre no BES, que hoje é a minha segunda casa". O negócio, como é público, não chegou a avançar. Na resposta à SÁBADO, Luís Filipe Vieira negou qualquer contacto sobre o tema: "Nunca falei e é um tema que desconheço."

8 comentários:

  1. Rui Pinto já está acusado de 147 crimes no caso Doyen.
    Para além desses está a correr um segundo processo com centenas de novos crimes resultantes do assalto a servidores e roubo correspondência e informação de:
    - Ministério da Justiça,
    - Rede Nacional de Segurança Interna,
    - Liga Portuguesa de Futebol,
    - FIFA,
    - UEFA,
    - Vilarreal Clube de Fútbol,
    - Futbolnly Klub ShaKhtar,
    - Sport Lisboa e Benfica,
    - Fútbol Clube Barcelona,
    - Manchester City,
    - Real Madrid,
    - Inter de Milão,
    - Juventus,
    - Ajax,
    - Clube Desportivo Nacional,
    - Atlético de Madrid,
    - Leixões Sport Clube,
    - Urbinvest,
    - Landscape,
    - Fidequity,
    - SIGA Sable,
    - Grupo Fosun,
    - IURD,
    - Record
    - Correio da Manhã,
    - escritórios de advogados RPS, Vieira de Almeida, Vaz Serra, Abreu Advogados e Carlos Osário Castro,
    - etc.

    E nem se fala aqui dos assaltos a bancos.
    Não restam dívidas que um sujeito destes merece andar por aí solto a fazer o seu trabalhinho limpo e honesto.

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    1. "assaltos" a bancos é mais com a personagem da ultima noticia.

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    2. Tudo isto é mentira! Tudo! Que ao menos te paguem como deve de ser, pelas mentiras que aqui escreves

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    3. 17:13
      «Como Rui Pinto roubou 264 mil euros de um banco nas Caimão…»
      Podes ler em [https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como-rui-pinto-desviou-264-mil-euros-de-um-banco-nas-caimao]

      17:15
      Sobre o Resto tens de ler a acusação do Ministério Público, pare verificares in loco aquilo que não queres acreditar.

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  2. Ó anónimo das 16.15h... vai levar na peida!!!!!!!!

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    1. A lista é o que resulta da investigação da Polícia Judiciária e consta da acusação do Ministério Público.
      ó anónimo das 16:26, isso incomoda-te ou és apenas um simples mentecapto adepto de criminosos?

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  3. LFV não era sócio de qualquer dessas empresas, em 2017. Mentiras atrás de mentiras. Até quando?

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  4. Até quando? Enquanto o papa da camorra e da frutaria conseguir respirar! Tá visto! O melhor mesmo era por o catão de procurador público e o xico sabonetes de juiz.. aí sim haveria justiça à moda do porko!

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