07 novembro 2019

FC Porto atento a 'pérola' mexicana; Benfica vai mudar de estratégia: Mais mercado, menos Seixal; Em Alvalade pede-se "estabilidade" e lembra-se títulos dos...rivais

Rahim Ahamad, vogal do Conselho Diretivo, assina o editorial desta semana do jornal Sporting, no qual deixa apelo à estabilidade no clube.
"Só com estabilidade o clube pode ganhar. Essa estabilidade começa na responsabilidade de cada um. E é de cada um mesmo! Desde cada membro dos Órgãos Sociais até cada um dos Sócios, por mais longe que esteja de Portugal. Todos devemos contribuir com a nossa responsabilidade para que o SCP esteja mais próximo de ganhar. Só assim evitamos o perigo de aumentar uma diferença estrutural face aos principais rivais. Um clube com estabilidade será sempre um clube mais ganhador", vinca o responsável do clube leonino.
Antes, Rahim Ahamad lembra: "Enquanto o Sporting apenas venceu duas vezes o campeonato nacional nos últimos vinte anos, os nossos principais rivais venceram-no sete e dez vezes, respectivamente. E registo ainda o facto de, no período onde os presidentes do nosso clube estiveram mais tempo em funções, foi, efectivamente, o ciclo temporal onde vencemos dois campeonatos e mais vezes competimos pela liderança da prova."
"O primeiro ano de Frederico Varandas na presidência do Sporting trouxe dois títulos, representando a melhor performance desportiva no futebol profissional dos últimos dezassete anos. Resultados bem acima do habitual. Este facto, por si só, demonstra que esta Direcção, com estabilidade pode fazer mais e melhor. E vai fazê-lo. Continuando o que muito já foi feito ao nível da recuperação financeira, na formação, na Academia, nas modalidades (onde num ano se atingiu o número recorde de sete títulos europeus!!), na recuperação da marca, no digital, entre muitos outros. Tudo em apenas 15 meses e depois da maior catástrofe desportiva de sempre do clube, o ataque a Alcochete, e de uma das fases mais conturbadas na história do clube", recorda.

Mais mercado, menos Seixal. A derrota do Benfica em Lyon, anteontem, complicando o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, deverá provocar uma nova estratégia da SAD para a Europa, em 2020/21. Ou, pelo menos, um acerto, com ida ao mercado para dotar o plantel de experiência e capacidade física para ombrear com os tubarões do futebol do Velho Continente.
Consumado o terceiro desaire dos encarnados em quatro jogos no Grupo G da prova milionária, mantendo a equipa no último lugar, agora a quatro pontos do segundo, Bruno Lage admitiu a possibilidade de o Benfica ter de ir ao mercado. Isto quando convidado a projetar uma participação na Champions na próxima época.
"A dimensão [europeia] constrói-se dando oportunidade à equipa para crescer. Os resultados não estão a acontecer, mas temos de encontrar o ponto até onde a equipa pode crescer com aquilo que temos em casa e olhar para o mercado. Queremos aumentar a competência e a competitividade da nossa equipa para fazer competições ao nível do clube", explicou o treinador setubalense, de 43 anos.
Segundo o Record, Lage está alinhado com a estrutura do futebol encarnado, liderada por Luís Filipe Vieira. A ideia, de acordo com as nossas informações, não é colocar em causa a aposta nos jovens talentos da formação, mas sim deixar de olhar para o Seixal como solução única para quase todas as necessidades do plantel. No fundo, haverá um pouco menos de Seixal e um pouco mais de mercado.
No desafio com o conjunto orientado por Rudi Garcia (1-3) ficou reforçada a ideia de um acentuado desnível físico, que pode custar caro (como custou) a este nível. É esta lacuna que os responsáveis benfiquistas pretendem colmatar.
O que está a ser maturado na Luz passa por encontrar um ponto de equilíbrio entre os futebolistas ‘made in Seixal’ e os que chegam de outras paragens. Isto para não tirar espaço aos miúdos para se afirmarem no plantel principal, ao ponto de terem de sair para poderem jogar.
Com o apuramento para a fase a eliminar da Champions comprometido – dependem agora de uma conjugação favorável de resultados –, os campeões nacionais começam já a pensar em 2020/21, preparando um plantel capaz de inverter a tendência dos últimos anos. A última vez que o Benfica se qualificou para os ‘oitavos’ foi em 2016/17, caindo aos pés do Borussia Dortmund.

O FC Porto está atento a José Juan Macías e já deu passos para conhecer as condições para contratá-lo. Mais recente sensação do campeonato e seleção do México, o avançado de 20 anos está emprestado pelo Chivas ao Club León, propriedade do Grupo Pachuca, que tem opção de compra em dezembro de 15 milhões de dólares (€13,5 milhões).
Avançado dinâmico, com grande mobilidade e finalizador, que funciona melhor no apoio ao ponta de lança, Macías estreou-se em outubro na seleção e soma quatro golos em três jogos, superando, por exemplo, números do avançado Chicharito, que assinou três golos nos três primeiros jogos.
Uma eventual oferta do FC Porto passaria sempre pela compra de percentagem do passe.

1 comentário:

  1. Benfica precisa de afinar a estratégia e não de a mudar, pois até agora tem demonstrado em campo, com os muitos títulos conquistados, que é a estratégia certa.
    No meu fraco entender, a componente física não pode ser ignorada. Sabemos que o futebol não é um jogo de boxe ou judo, onde as competições se estratificam por pesos, mas a componente física é muito importante. Um jogador de 1.60 e 60 Kg dificilmente sairá bem de um choque, ou ganhará uma disputa de bola aérea a outro com 1,90 e 90kg.
    Uma equipa deve ter uma mescla equilibrada de técnica e capacidade física. O Benfica de Lyon foi uma equipa de pesos plumas a lutar contra pesos pesados e assim fica difícil. Se estes jogadores saem do Seixal ou se são comprados no exterior isso pouco importa. Tal como o Seixal não está a produzir avançados e tiveram de ser comprados fora, também não está a produzir jogadores com forte componente física. Assim sendo, terá de se ir ao mercado arranjar esses jogadores.

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