Bas Dost pensava ficar "para sempre" no Sporting; "No regresso ao Pav. João Rocha? Cumprimentei quem me respeitou"; ‘Casinha’ da Juve Leo pertence à Câmara de Lisboa; Queiroz rendido a Luis Díaz: "Espero uma evolução meteórica"

O jornal O Jogo publica, esta terça-feira, uma entrevista com Carlos Queiroz, na qual o selecionador colombiana não poupa nos elogios a Luis Díaz, jogador contratado no passado verão pelo FC Porto ao Junior Barranquilla, por cerca de sete milhões de euros.

O treinador português reconhece que ainda "falta tempo na maturação" ao jogador natural de Barrancas, mas diz não ter dúvidas de que este acabará por mostrar aquilo que vale de dragão ao peito.

"Tenho muitas esperanças de que o Licha possa ter uma evolução cirúrgica e meteórica em termos de alta competição e alto rendimento. Ele está numa fase progressiva de trabalho e adaptação", afirmou.

"Naturalmente que os ritmos de jogo e de treino que está a sentir agora obrigam o jogador a passar por uma fase menos regular, com alguns altos e baixos, mas a qualidade está sempre presente", acrescentou.

Carlos Queiroz vê, de resto, em Luis Díaz "um jogador que tem essa caraterística rara que é a fantasia, além de ter movimentos de rutura e de desequilíbrio, o que provoca situações de chamar a si sempre mais do que um elemento da equipa adversária".

"O Figo quando tinha 28 anos não era o mesmo de 18 anos. O mesmo aconteceu com o Cristiano. Há um tempo de maturação, de afirmação e isso só vem com a experiência e com o tempo. Isso acontece em todas as profissões. É apenas isso que falta a um jogador de apenas 22 anos que chega agora à Europa. Ele tem apenas três meses de futebol europeu, mas tem todas as condições para merecer a oportunidade de crescer", concluiu.

O fim do protocolo celebrado entre a direção do Sporting e as claques coloca em causa a utilização dos espaços no Estádio José Alvalade. A ‘casinha’, onde por norma se concentram os membros da Juve Leo, pode assim voltar para a esfera do clube, mas o processo não se afigura fácil, escreve o Record.

Apesar de este espaço físico estar incluído no complexo desportivo, é propriedade da Câmara Municipal de Lisboa, o que pode complicar um eventual despejo.

Bas Dost assume mágoa na saída do Sporting para o E. Frankfurt, pois admitiu, à Kicker, que pensou em ser leão... até final da carreira. "Após dois anos em Lisboa, eu e a minha namorada concordámos que ficaríamos lá para sempre", frisou. "Na pré-época disseram-me que me queriam vender e tudo mudou", atirou.

"No regresso ao Pav. João Rocha? Cumprimentei quem me respeitou". O regresso do antigo capitão leonino, João Pinto, ao Pavilhão João Rocha, constituiu um dos momentos marcantes do jogo entre o Sporting e o Lodi, da Liga Europeia, que a equipa de Alvalade venceu, por 4-2.

Após cinco anos ao serviço dos leões, João Pinto viu-se afastado da equipa principal em fevereiro, acabando por ser dispensado no final da época e rumar ao Lodi. "Foi o pior momento da minha carreira. Sem saber porquê não podia jogar", frisou o jogador, que nos confessa depois a importância do duelo com o Sporting. "Um jogo especial para mim, regressar aqui após 5 anos a representar este clube. Foi a oportunidade de me despedir em campo dos adeptos depois de ter passado quase oito meses sem jogar."

No final da partida, João Pinto não dirigiu qualquer palavra ao banco leonino, e revelou as razões pelas quais não o fez.

"Não cumprimentei ninguém do banco do Sporting. Os atletas sim, são os meus colegas de profissão. Cumprimentei quem me respeitou", salientou o antigo capitão leonino visivelmente emocionado, revelando ainda não ter visto a final europeia, diante do FC Porto, ganha pelos leões. "Não consegui ver esse jogo. Entregaram-me a medalha em casa mais tarde."

João Pinto sentiu de forma forma especial o carinho demonstrado pelos adeptos leoninos. O jogador foi saudado de pé pela bancada afeta às claques do Sporting, após ser anunciado o seu nome. "Claro que me tocou. Não foi um jogo normal nem fácil para mim. Eu deitei a primeira pedra deste pavilhão e vi gente que se calhar bate com a mão no peito, mas que não comeu sandes de presunto nem bananas, como nós fazíamos há cinco anos. Para mim, foi um orgulho voltar ao ‘João Rocha’. Por respeito, não quero falar do Sporting, porque neste momento está a passar um período difícil. Mais tarde, poderei falar de algumas coisas. Neste momento não é elegante da minha parte fazê-lo."