"Era bonito ver Sporting, SC Braga e V. Guimarães também a lutar pelo título"; Equipa técnica do Benfica custa...30M€; Um ano de Varandas no Sporting: dois títulos e quatro treinadores

Há exatamente um ano atrás, o universo sportinguista mobilizou-se para o ato eleitoral mais concorrido de sempre que resultou na eleição de Frederico Varandas como presidente do Sporting com 42,32% dos votos contra os 36,84% de João Benedito. Nos últimos 365 dias, o antigo chefe do departamento médico leonino conquistou dois títulos (Taças de Portugal e da Liga), conheceu quatro treinadores (José Peseiro, Tiago Fernandes, Marcel Keizer e, agora, Leonel Pontes) e lidou com uma difícil situação financeira herdada da anterior Direção, que sempre foi apontada como forte condicionante na construção do plantel. Contudo, e apesar de todos estes desafios, a prova dos nove de Frederico Varandas começa...agora.

Superada uma temporada onde não teve responsabilidades na construção do plantel, montado pela Comissão de Gestão liderada por Sousa Cintra, o atual presidente leonino enfrentou este verão o seu primeiro defeso e dará o “corpo às balas” por um grupo que terá a missão de dar sequência à melhor época desportiva desde 2002. A grande operação estival passou pela permanência de Bruno Fernandes como leão ao peito, mas à custa das negociações de dois titulares: Bas Dost e Raphinha.

No sentido contrário, Varandas promoveu, numa primeira fase, as entradas de Vietto, Neto, Eduardo, Rafael Camacho e Rosier, que ainda não tiveram o impacto desejado na equipa. No derradeiro dia do mercado de transferências, Jesé, Bolasie e Fernando juntaram-se a este grupo, trio cujo rendimento na última temporada deixou a desejar.

Outro dos grandes desafios do presidente do Sporting será cumprir a promessa de redirecionar a aposta para a formação que o levou, nas suas próprias palavras, a abdicar de contratar um avançado de “10/12 M€”. Esta será assente no aproveitamento dos atuais jogadores dos sub-23 na equipa principal pela mão do técnico Leonel Pontes.

Levar equipa técnica do Benfica custa 30 milhões de euros. No seguimento das várias renovações a que tem vindo a proceder no plantel, Luís Filipe Vieira prepara-se para estender igualmente o contrato de Bruno Lage e da sua equipa técnica. Neste momento, existe já uma base de entendimento para que tudo possa passar em breve ao papel, levando o setubalense a adicionar mais um ano ao seu atual contrato – ficará amarrado até final de junho de 2024 –, com revisão salarial em alta a acompanhar a duplicação da blindagem. Com o novo vínculo do treinador benfiquista, escreve o Record, levar a equipa técnica mediante o pagamento das cláusulas de rescisão custará um total de 30 milhões de euros.

Afinal, Lage terá salário duplicado dos 500 mil euros para 1 milhão de euros anuais e verá a sua blindagem duplicar dos 10 para os 20 milhões de euros, sabendo o nosso jornal que também os adjuntos estão protegidos com este tipo de cláusulas. Os valores não são iguais para cada um, mas ao todo são 10 os milhões de euros necessários para levar Nélson Veríssimo, Alexandre Silva (preparador- físico), Jhony Conceição (videoanalista) e Fernando Ferreira (treinador de guarda-redes) sem negociar com a SAD benfiquista. Também adjunto, Marco Pedroso já estava no clube antes da chegada e promoção de Lage e tem igualmente condições específicas no seu contrato, não entrando neste referido ‘bolo’ dos 10 milhões de euros. O mesmo acontece com Pietra, há muito com o estatuto de adjunto do clube, que se mantém independentemente do líder da equipa técnica – a velha glória já exercia estas funções com Rui Vitória ou Jorge Jesus.

Com a conquista do último campeonato, Bruno Lage já teve direito a um prémio de 1 milhão de euros ilíquidos, sendo que o festejo do ‘bi’ no final da presente temporada representará uma compensação de mais 1,5 milhões de euros. O ‘tri’ implicará o pagamento de 2 milhões de euros, num molde de premiação que já era, por exemplo, utilizado com Rui Vitória.

"Era bonito ver Sporting, SC Braga e V. Guimarães também a lutar pelo título". Zoran Filipovic passou pelo Benfica e Boavista enquanto jogador, e como treinador foi também adjunto dos encarnados. Como técnico principal, esteve ligado a Salgueiros, Beira-Mar, Boavista e Vitória de Guimarães e na zona mista após a vitória de Portugal por 4-2 sobre a Sérvia, mostrou-se triste com a falta de competitividade na luta pelo título na Liga Portuguesa.

«Sigo a Liga portuguesa, é difícil dizer quem está mais forte, mas Benfica e FC Porto estão motivados, têm bons plantéis e têm mostrado qualidade. É pena é que sejam só esses dois. Era bonito ver Sporting, SC Braga e V. Guimarães também a lutar pelo título», garantiu.

Sobre o encontro deste sábado, confessou que viu a Seleção Nacional «mais forte» mas falou também em «sorte no jogo», referindo que a missão Sérvia para a qualificação para o Euro 2020 se complicou bastante.

«Portugal foi mais forte, mas também teve alguma sorte no jogo. E tem Ronaldo, mas não só, tem muitos jogadores de enorme qualidade. E ainda tem um treinador experiente. Agora, ficou mais difícil para nós, mas temos sempre o play-off já garantido por via da Liga das Nações.