O motivo do United ter desistido de Bruno Fernandes; Everton atento a dupla do FC Porto...para janeiro; Claques de futebol só têm 4701 membros registados. Mais de metade dos elementos em situação legal são simpatizantes do Sporting. Sem grupos organizados regularizados, águias contestam nova lei contra a violência

Novo ciclo no desporto português. O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o novo regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos. A terceira alteração à lei de 2009 visa apertar o cerco às claques que recusam constituir-se como grupos organizados de adeptos (GOA). Em Portugal, só há 28 claques legais, com 4701 membros registados.

A nova lei da violência no desporto, que entrará em vigor a partir da próxima época, prevê que as claques fiquem em zonas específicas dos estádios, em alguns casos sem cadeiras, inclui o aumento das multas a aplicar aos GOA e clubes, que podem atingir os 200 mil euros, e admite a realização de jogos à porta fechada.

O comportamento das claques e a ilegalidade de muitos desses grupos levou à intervenção do Governo, que avançou com a criação da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD). Presidida por Rodrigo Cavaleiro, tem como objetivo promover uma abordagem mais eficaz no combate às situações de violência.

O novo organismo assenta em quatro pilares: celeridade processual e transparência, aplicabilidade da lei, prevenção e identificação dos grupos organizados de adeptos (claques). Prevê ainda o agravamento de todas as sanções e a criação obrigatória do cartão-membro em cada GOA.

Em Portugal, o número de claques está fixado em 28 – ainda decorrem os processos de legalização das claques Armada Vermelha, do Santa Clara, e da Famaflagrante, do Chaves –, com 4701 membros, dos quais quase 3000 (62%) ligados ao Sporting, segundo os dados oficiais. Segue-se o F. C. Porto, com 958 adeptos, distribuídos por Super Dragões (743) e Coletivo Ultras 95 (215). Já o Benfica não tem nenhuma das claques legalizada.

A alteração à lei foi contestada pelo Benfica, que se opõe à constituição obrigatória dos GOA. Alega inconstitucionalidade da lei, por violar o artigo 46.º da Constituição, onde está expresso que “ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação”.

O departamento jurídico do Benfica defende que o clube possa optar por outro tipo de identificação dos adeptos, até porque os membros das claques No Name Boys e Diabos Vermelhos são portadores de bilhetes de época.

O primeiro-ministro, António Costa, abordou o novo quadro jurídico. “A legislação foi feita para que clubes como o Benfica adequassem grupos de adeptos àquilo que são claques”, disse ao Canal 11. A nova realidade promete dar que falar dentro de um ano.

Após muitos avanços e recuos, o Manchester United decidiu não avançar para a contratação de Bruno Fernandes, por quem o Sporting pediu 70 milhões de euros. Segundo  se pode ler no suplemento de desporto do jornal britânico Daily Mail, o Manchester United acompanhou, de facto, sempre de muito perto o jogador leonino, mas os seus observadores acabaram por considerar que o estilo de jogo de Bruno Fernandes não se adequava ao pretendido pelo treinador Ole Gunnar Solskjaer.

O treinador dos red devils privilegia a posse de bola e o departamento de scout do clube mostrou preocupação sobre essa característica do médio do Sporting. Mesmo tendo em conta que joga em posição avançada , junto ao ponta de lança, Bruno Fernandes registou média de passes completos ao longo da última época na ordem dos 75,1 por cento. O Daily Mail aponta, como comparação, que Paul Pogba completou 82,8 por cento dos passes, enquanto Kevin De Bruyne, do Manchester City, sempre que jogou em posição semelhante, registou constantemente média acima dos 82 por cento.

A juntar a este dado, as constantes notícias em toda a imprensa sobre o interesse do clube no jogador acabaram por levar à desistência, ainda que, sempre de acordo com o Daily Mail, o reforço do meio-campo continue a ser prioritário para a próxima janela de transferências, em janeiro.

Everton atento a dupla dos dragões. Apesar de a janela de transferências inglesa já estar fechada, nem por isso os clubes da Liga Inglesa deixam de trabalhar em investimentos já a pensar em janeiro, tendo estado no Dragão, na derrota do FC Porto por 2-3 frente ao Krasnodar, oito clubes da ilha de Sua Majestade.

Um desses emblemas foi o Everton, treinado por Marco Silva, que, segundo a imprensa britânica, aproveitou para continuar as observações que já há alguns meses se iniciaram por Moussa Marega, mas deitou olho também a Jesus Corona.

O maliano seria opção clara nos toffees, que têm para a frente de ataque Oumar Niasse e Cenk Tosun como excedentários. Já Corona, é visto como uma alternativa de bom nível a Theo Walcott, que tem o futuro no clube de Liverpool em dúvida.

Os negócios, claro, avançariam sempre no mercado de Inverno, que se inicia no dia 1 de janeiro.