Torino tentou a custo zero mas Sporting exige 2M€; Claques de futebol podem acabar em Portugal; Redknapp desafia Taarabt a ter “cabeça”

De proscrito a peça importante na equipa principal, Taarabt está a mostrar-se um elemento válido para o ataque à nova temporada. Com 217 minutos nesta pré-época, o internacional marroquino, a quem Bruno Lage decidiu dar uma oportunidade em 2018/19, está a aproveitar a aposta efetuada e para trás ficou um passado obscuro, com problemas disciplinares que o levaram a quebrar psicologicamente.
Harry Redknapp, treinador que o oriento uno Queens Park Rangers, não está surpreendido com o “novo Taarabt”, mesmo depois de ter dito que o médio-ofensivo foi o pior profissional que comandou. “Sei que marcou ao AC Milan e fico contente por ele. Acreditava que pudesse mudar o seu comportamento. Ma soque aconteceudurante os três ou quatro ano sem que não jogo uno Benfica? Qual a razão par anão ter jogado? Eu disse apenas a verdade”, comenta ao jornal O Jogo.
A mudança de comportamento em relação ao futebol profissional é uma boa notícia par a Redknapp, que alerta para a componente psicológica do jogador de 30 anos. “Temos de olhar para o que acontece ao longo de toda a época, e estar bem em quatro ou cinco jogos não quer dizer nada. Os grandes jogadores trabalham e mostram todas as semanas isso, pela regularidade. Ele só tem de ter a cabeça no sítio certo ”, refere Redknapp, reconhecendo que Taarabt “está no bom caminho”. “Só tem de trabalhar. Ele não é um mau rapaz, é um bom rapaz. Daqui a uns anos, quando terminar a carreira e olhar para trás, talvez pense até onde poderia ter chegado. Ele adora futebol e talvez tenha percebido agora que não poderia desperdiçar mais o seu talento”, resume.
“Nada me deixaria mais feliz do que vê-lo a vingar no Benfica, um dos maiores clubes do mundo. Ele tem um talento mágico e, quando está bem, é um jogador incrível”, completa.
O próprio jogador, escreve O Jogo, sente que pode melhorar e está disposto a não deixar escapar esta oportunidade de afirmação definitiva no clube da Luz. Taarabt está pronto a retribuir a aposta feita pelo Benfica e em particular por Bruno Lage, que sempre acreditou no potencial do jogador. O médio de 30 anos está focado apenas no treino e em evoluir diariamente e, apesar de o atual contrato terminar em 2020, a renovação, que tal como o nosso jornal antecipou está em cima da mesa, não preocupa o jogador, até porque as finanças não são problema para Taarabt. E mesmo apesar das loucuras cometidas no passado, o atleta realizou diversos investimentos, nomeadamente na área imobiliária, e não pensa no eventual encaixe que um novo contrato lhe possa trazer. O jogador sente-se bem em Portugal e está decidido a continuar mais anos ao serviço do clube da Luz.
A forma como tem trabalhado é admirada internamente pelas águias, que olham para a visão de jogo e técnica como grandes predicados do atleta.

Operação por Viviano esbarra nos 2 milhões. Contratado à Sampdória para ser o titular da baliza em 2018/19, guardião nunca “calçou” e salário é pedra no sapato para descalçar, juntando-lhe receita. Outros dispensados tratam do futuro

O Torino é o principal candidato a levar Viviano de regresso a Itália, mas a forma como o emblema transalpino quer realizar a operação, escreve O Jogo, ainda está longe do pretendido pelo Sporting.

O “Toro” pretende fechar o guardião, de 33 anos, sem qualquer custo associado à transferência, mas acenando com a possibilidade de os verdes e brancos se livrarem do encargo salarial com o futebolista, fixado nos dois milhões de euros brutos por temporada. Por outro lado, os leões, que não colocam de parte a questão de fazer cedências, pretendem gerar receita com a saída do italiano, preferencialmente per todos dois milhões de euros investidos na sua contratação à Sampdória, em 2018.

Depois de contactos exploratórios, o Torino deve avançar nos próximos dias com a execução do seu plano, enviando um emissário à SAD para discutir e também reduzir diferenças. Neste momento, o veterano encontra-se a treinar à parte do plantel principal na Academia Sporting, esperando uma definição sobre o seu futuro. De leão ao peito e, apesar de ter realizado alguns jogos de treino, nunca somou qualquer minuto oficial.

Claques de futebol podem acabar em Portugal. José Lima, coordenador do PNED, Plano Nacional de Ética no Desporto, admitiu em entrevista à RR esta terça-feira que as claques em Portugal podem acabar. José Lima lembra a nova lei contra a violência no desporto , que vai ter efeitos na temporada de 2020/2021, e admite a reflexão sobre o futuro das claques.
"O legislador decidiu não acabar com as claques, mas o nosso sonho é entrar no estádio, e que não seja preciso fechar as claques num sítio e acompanhá-las com polícia. Isto não dignifica o espetáculo. Se as claques forem um fator positivo para o espetáculo, devem existir, mas se estão a prejudicar, é preciso repensar a sua função", diz.
O coordernador discute a implementação do cartão branco na I Liga para relevar as ações de fair-play, e destaca a sua eficácia nos campeonatos inferiores, onde tem sido introduzido, em algumas associações de futebol.
"Há resultados muito interessantes do ponto de vista disciplinar. O cartão branco diminiu as ocorrências disciplinares em algumas associações. Acredito que pode chegar à I Liga. Porque é que não vamos valorizar o que é bom? Debate-se tanto se era, ou não, penálti, se era, ou não, cartão, também podemos discutir o gesto de fair-play", acredita.
José Lima critica o discurso dos dirigentes dos clubes grandes, e a violência associada ao futebol português.
"Estes clubes grandes têm um poder enorme de influência, em mediatismo, e nos mais novos. Gostaria de ver outras atitudes. O nosso futebol profissional ainda é muito marcado pela 'clubite', que leva demasiado ao egocentrismo, eu contra os outros, e não eu com os outros. Ninguém joga sozinho, é preciso o outro. Falta esta dimensão, e ultrapassar o clubismo".
O coordernador do PNED elogia ainda a nova lei contra a violência no desporto, que pretende agilizar os processos disciplinares, e evitar penalizações contra todos os adeptos.
"A nova lei vai agilizar os processos disciplinares, que vão ter atenção aos grupos organizados de adeptos. Se houver algum desacato, é o grupo responsabilizado, e não toda a massa de adeptos. Foi criada também a autoridade para a prevenção da violência no desporto. Há a ideia que a lei existe, mas a aplicação demora, que a eficácia não é grande. Estes dois instrumentos servem para facilitar e agilizar os processos", rematou.