"Quando eu saí do Sporting, a equipa estava em 1º lugar, já tinha jogado com Benfica e Sp. Braga"; O que falhou para Podence regressar ao Sporting; "Estou preparado para dar o salto para um clube grande, seja Benfica, Sporting ou FC Porto"; Leões perto de renovar com avançado muito assediado

A SAD do Sporting e Nuno Moreira devem acertar em breve a renovação de contrato até 2024, apurou o Record. Nos últimos dias, as partes aproximaram-se e o acordo fica agora dependente da oficialização. O avançado, de 19 anos, terminava contrato no final da temporada e estava a ser muito assediado por vários clubes, um dos quais o West Ham. Os ingleses demonstraram interesse em Nuno Moreira, mas a última proposta dos leões convenceu o jogador dos sub-23 (24 jogos e 3 golos), que em todo o caso dava prioridade à continuidade em Alvalade.

A hipótese de fazer a pré-época fica, desde já, em aberto, embora essa seja uma questão que só ficará clarificada depois de a temporada chegar ao fim. Uma coisa é certa: Nuno Moreira é uma aposta da SAD do Sporting e a expectativa é de que em breve possa subir à equipa A, à semelhança de Jovane Cabral ou Miguel Luís. José Peseiro e Marcel Keizer, inclusive, chamaram-no aos treinos. Moreira pode ser opção nos flancos e no ataque. Nos sub-23, que acabaram a Liga Revelação no 2º lugar, foi utilizado regularmente por José Lima e Alexandre Santos.

Além de ter promovido os regressos de Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia, Sousa Cintra tentou ‘repatriar’ quase todos os nove jogadores que rescindiram após o ataque à Academia. Esteve perto de consegui-lo no caso de Daniel Podence, mas um compromisso salarial demasiado elevado, garante o Record, surpreendeu a restante administração e deitou por terra o acordo.

"Quando eu saí do Sporting, a equipa estava em 1º lugar, já tinha jogado com Benfica e Sp. Braga". Sousa Cintra, presidente da SAD ao tempo da Comissão de Gestão, responsável pela esmagadora maioria dos negócios realizados no verão de 2018, recusa-se a dar grandes explicações sobre a pesada fatura herdada por Frederico Varandas, argumentando ter feito o melhor que pôde. "Não vale a pena entrarmos em detalhes, porque isso levava muito tempo e muita conversa tinha de haver. O que eu fiz, em consciência, foi o melhor que pude, atendendo às circunstâncias que existiam", refere o antigo dirigente, assegurando que todas as decisões tomadas o foram "em defesa dos interesses" do clube.

E mais. "A crítica é boa quando é construtiva. Agora, críticas a colocar em causa o trabalho que nós realizámos com tanto empenho e com sucesso não aceito. Até vou mais longe – eu estava convencido de que o Sporting ia ser campeão este ano", atira Sousa Cintra que, mesmo discordando de algumas decisões do atual presidente, como a dispensa de Nani ou a substituição de José Peseiro por Marcel Keizer, não alinha na crítica... pela crítica. "Ele é o presidente, a responsabilidade é dele e eu não me meto no trabalho do presidente nem da direção. Quero é que o Sporting tenha sucesso", lembra.

Confrontado com os elevados valores que terão de ser pagos em função dos negócios realizados no período da Comissão de Gestão, Sousa Cintra refuta as questões, recordando que no dia em que entregou a pasta a Frederico Varandas, o Sporting ocupava o 1º lugar da Liga NOS. "Convém realçar que, quando eu saí do Sporting, a equipa estava em 1º lugar, já tinha jogado com Benfica e Sp. Braga e eu estava convencido de que íamos ser campeões. Fizemos uma caminhada razoável. Eu quero é o melhor do Sporting", insiste o antigo presidente, concluindo: "Seis meses depois, fazia as mesmas coisas, dentro do que foi feito. Não alteraria muito."

"Benfica? Estou preparado para um grande". Jhonder Cádiz diz-se "preparado" para representar um grande português. Sem assumir ainda o Benfica, o avançado do V. Setúbal diz que aguarda tranquilamente pelo acordo, num processo em que está representado pelo seu agente, Juan Manuel Mata, e que tem a intermediação de Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD encarnada, agora empresário.
À espera do internacional venezuelano está um contrato válido por cinco anos, ou seja, até 30 de junho de 2024, sendo que o Benfica desembolsará 3 milhões de euros. Mata viajou terça-feira para Portugal, por forma a acertar os derradeiros pormenores do negócio, que se prendem com o valor a repartir por Sanjoanense, detentora dos direitos federativos, Monagas, clube venezuelano que emprestou o jogador aos sadinos e que possui parte do passe, e avançado, que tem direito a parte da transferência.
"Estou preparado para dar o salto para um clube grande, seja Benfica, Sporting ou FC Porto", refere Cádiz, ao jornal Record, ainda cauteloso, procurando fazer crer que desconhece o interesse dos encarnados, pelo menos oficialmente. "O meu empresário está a conduzir o processo. Ele veio a Portugal para negociar, mas não me disse o clube para não me deixar ansioso", atira.
Os encarnados planeiam ceder Cádiz, estando Sp. Braga e Famalicão na linha da frente para o receber, mas o jogador espera ter uma oportunidade. "Acredito que posso garantir um lugar no plantel de um grande, seja ele qual for. Confio nas minhas capacidades."
Cádiz, de 23 anos, está para já concentrado em ajudar os sadinos, aos quais foi emprestado por dois anos, a garantir a manutenção. "Estou tranquilo relativamente a este processo. O meu foco é o V. Setúbal e ajudar a equipa a conseguir a manutenção na 1ª Liga", assevera o melhor marcador do conjunto do Bonfim, com 10 golos.