A Sporting SAD iniciou o processo de regularização de dívidas com os agentes de jogadores, que, a 31 de dezembro de 2018, ascendiam a 24,3 milhões de euros. Nesse sentido, segundo o jornal Record, têm sido mantidas conversas, realizadas reuniões e estabelecidos acordos com os credores, que poderão começar a receber, de forma faseada, aquilo que lhes é devido já a partir do próximo mês de maio, por terem atuado como intermediários em negócios de entrada e saída de jogadores no Sporting.
Esta é seguramente uma das heranças a que Frederico Varandas se referiu no sábado, na Madeira, quando pela primeira vez abordou a questão da divulgação do relatório da auditoria de gestão. Uma herança pesada, que o presidente do Sporting quer honrar o mais depressa possível, com o objetivo de preservar o bom-nome do clube. Dado o volume da dívida, é impossível à SAD pagar tudo em simultâneo, pelo que se justificam os acordos que estão a ser estabelecidos, para que os pagamentos sejam efetuados de forma faseada.
Aliás, o processo, que está a ser conduzido pelo departamento jurídico da SAD, tem sido tratado com algumas cautelas e de forma sigilosa, para não melindrar os próprios agentes, uma vez que nem todos os casos vão ser resolvidos ao mesmo tempo. Embora a intenção dos responsáveis leoninos seja não beneficiar ou prejudicar quem quer que seja.
Com esta estratégia de regularização de dívidas com os intermediários, o Sporting espera também acalmar o grupo de agentes que, no início de março, se mostrou na disposição de avançar com uma ação conjunta em tribunal, para receberem aquilo a que têm direito. Existiram conversas concretas entre os empresários, portugueses e estrangeiros, para que o processo seguisse para a Justiça.
Segundo o relatório e contas do primeiro semestre de 2018/19, são mais de três dezenas as empresas que têm verbas a receber da SAD. A Positionumber, Lda, representante de Bruno Fernandes, era a 31 de dezembro a principal credora da sociedade (1,6 milhões de euros), seguida a alguma distância pela Stellar Group Limited (1,1 milhões), responsável pela carreira de Diaby, contratado no início da temporada ao Club Brugge.
Nas primeiras posições desta lista de credores surge ainda a Socas Investment, Ltd (1,1 milhões), que conduziu o processo que culminou no regresso de Nani a Alvalade. Ou seja, os maiores credores da SAD, em termos de agenciamento, estão relacionados mais diretamente com negócios realizados no último verão .
A preparação da próxima época obriga a que a SAD acelere o processo de normalização de relações com os principais agentes de futebolistas, uma vez que a equipa terá de ser reforçada nos mais diversos sectores. Só com uma boa relação com os intermediários é possível concretizar negócios como alguns dos realizados em janeiro, em que os pagamentos começam apenas na próxima época.
Baixar custos implica saídas de Bas Dost, Coates e Acuña. Está em marcha uma autêntica revolução no Sporting: o leão que entrar em campo no primeiro jogo de 2019/20 será, escreve O Jogo, substancialmente diferente em relação ao que vai disputar a final da Taça de Portugal, contra o rival FC Porto, a 25 de maio.
Para além da mais do que provável saída do capitão Bruno Fernandes, no próximo plantel dificilmente constarão os nomes de Coates, Acuña e Bas Dost. Todos rostos dos verdes e brancos nas últimas temporadas, a SAD entende que os seus ciclos em Alvalade podem estar perto do fim, principalmente por aquilo que podem valer em termos financeiros. O objetivo é claro: gerar a maior receita possível com estes nomes e aplicar parte no reinvestimento do futebol, que perante a conjuntura que a atual administração enfrenta será obrigatoriamente mais barato, ainda que Frederico Varandas exija que a competitividade fique intacta.
As bases estão lançadas: o Sporting da época 2019/20 terá um grupo cheio de juventude, suportado por um núcleo duro experiente, mas cuja maioria dos seus membros virá diretamente do mercado. Utilizando os sub-23 como via direta para manter o ritmo em todos os seus elementos, Marcel Keizer terá, e segundo as movimentações quer do presidente quer de Hugo Viana, um plantel com pelo menos duas soluções para cada posição e que começou a ser construído em janeiro, quando a Alvalade chegaram nomes como Borja, Doumbia, Gonzalo Plata e Luiz Phellype, garantiu-se, desde logo, os serviços de Luís Neto (mas só depois de 30 de junho), definindo-se ainda alvos prioritários a atacar no defeso.
Apesar de a estrutura do futebol do Sporting estar satisfeita com a execução da estratégia, ainda existem vários pontos de interrogação, que para lá das entradas – não é líquido que a SAD consiga fechar as suas primeiras opções – se prendem com os futebolistas cedidos por empréstimo e que terão a oportunidade de mostrar valor na pré-temporada. Ivanildo Fernandes (Moreirense), Daniel Bragança (Fa- rense), Mama Baldé (Aves) ou Elves Baldé (Paços de Ferreira) são exigências de Marcel Keizer no período preparatório, pois o holandês, por ter chegado com a época já em andamento, nunca teve oportunidade de trabalhar com eles. Esta pode ser uma das vias para encontrar “reforços” a... baixo custo, aproveitando a prata da casa que tem evoluído por esse Portugal fora.
Segurar Paulinho. O jovem médio dos leões tem estado em grande destaque pela equipa de sub-23 leonina e a SAD está empenhada em assegurar a sua contratação.
Segundo o jornal A Bola, os leões irão accionar a cláusula para garantir o médio cedido pelo Fluminense. O jogador irá custar 600 mil euros à SAD leonina e assinará por 5 temporadas.
Como é que a maior parte dessa divida a empresários, foi dos jogadores contratados esta época, se essa divida representa cerca de 4 milhões de euros, quando o total da divida é de mais de 24 milhões? 24-4=20! E estes 20 milhões representam o quê? Também foram gastos da actual direcção? kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderEliminarEstes jornalixos, mais os seus repetentes - fora-de-jogo, por exemplo - dão uma no cravo e outra na ferradura!!!
E o mais sensacional é que nem sequer se apercebem!
A estratégia do Sporting das últimas décadas, de se aliar ao FCP para combater o Benfica, serve o FCP mas não o SCP. Um clube que se presta ao papel de capacho de outro, não tem futuro. O problema do Sporting não são apenas as dívidas, é um problema de identidade e agregação dos adeptos em torno de valores positivos. Ser anti não agrega nem faz crescer. Ser anti desagrega, diminui e produz gente frustrada.
ResponderEliminarInfelizmente foi nisto que se transformou o Sporting, um clube que em tempos foi grande e hoje não passa de um capacho que o FCP usa a seu bel-prazer.
Nem mais. A caminho da obsolescência.
EliminarObrigados a apertar o cinto e os mais bem pagos vão sair. A mesma que coisa que acontece no fruteiros. Esses 3 mais o Mathieu vão sair. Irão ficar mais fracos.
Vendem mas o dinheiro não chega para investir em novos jogadores, as necessidades de tesouraria ultrapassam em muito os 100M até ao fim do ano civil.
Apostam como loucos nas modalidades e roubam dinheiro ao futebol profissional.
As dívidas a fornecedores estão a pagá-las aos bochechos, não têm dinheiro para mais. A lata de dizerem que depois de terem dívidas com 2 e 3 anos não querem prejudicar as vítimas dos calotes? Então os calotes não prejudicaram os credores?
Para o ano ficam atrás do Braga.