O defesa que o FC Porto sondou; As graves acusações a Vieira que o Benfica...não comenta; Ucrânia pode perder pontos conquistados contra Portugal e Luxemburgo

A polémica em torno do futebol português conheceu mais um episódio ontem, quando Vítor Catão divulgou, nas redes sociais, vídeos ao lado de César Boaventura, dentro de um automóvel. Na sequência, o diretor do S. Pedro da Cova foi à CM TV esmiuçar o conteúdo desse vídeo, que incluía ameaças, e teceu acusações a envolver o nome do Benfica e de Luís Filipe Vieira.

“Fui ao escritório novo do Vieira, no Seixal, e falei com ele. Tenho o vídeo em que estou com ele. Vieira pediu-me três coisas: primeiro, para pôr uma lapa no carro de Pinto da Costa (não sei o que é) e depois pediu para arranjar alguém para dar uma grande coça ao Francisco J. Marques, para o meter em coma”, disse Catão, frisando que a quantia de “200 mil euros dada por Vieira” incluía também “negociar árbitros e jogadores para o Benfica ganhar”. O diretor do S. Pedro da Cova mostrou, inclusive, um vídeo de uma suposta visita sua ao Seixal, onde teria estado com Vieira. Vítor Catão disse ainda que “há três ou quatro ou cinco russos em Portugal para matarem o Rui Pinto” e a mando “de três advogados de Lisboa”. 

Pediu desculpa pelo conteúdo do vídeo com César Boaventura e admitiu ter-lhe dado uma estalada durante o vídeo. “Mas ele também deu-me um murro antes de filmar”, alegou, já depois de ter assegurado: “Nunca tive armas de fogo. A PJ pode ir a minha casa.” Contactada pelo jornal Record, fonte do Benfica sublinhou que as acusações não merecem “qualquer tipo de comentário” e que mais tarde será ponderado um eventual processo contra Vítor Catão.

O sérvio Maras, de 23 anos, voltou a entrar no radar do FC Porto após uma sondagem que reacendeu o interesse no defesa. Com a venda de Éder Militão, e mesmo havendo Mbemba no plantel para secundar os titulares Felipe e Pepe, os planos da SAD passam pela aquisição de mais um central com potencial de crescimento que não implique um investimento elevado.

Maras tem contrato com o Chaves até 2021 e uma cláusula de rescisão de 6 milhões de euros. Nas últimas semanas voltaram a surgir indicações de que o momento de dar o salto está próximo, mas os flavienses estão pouco recetivos a debater temas de mercado nesta fase, quando a permanência não está garantida.

Contactado pelo jornal Record, o líder da SAD, Francisco José Carvalho, foi claro: "Não vamos fazer comentários a possíveis interesses dos clubes chamados grandes no jogador A ou B. Neste momento todo o grupo está focado e concentrado no campeonato", disse.

Maras é um jogador que Sérgio Conceição tem em boa conta, mas a decisão para 2019/20 não está fechada.

A Ucrânia corre o risco de perder os quatro pontos conquistados nas duas primeiras jornadas da fase de apuramento para o Euro'2020, com o empate 1-1 em Portugal e o triunfo 2-1 no Luxemburgo. Isto porque, segundo revelou o site "Maisfutebol", terá utilizado de forma irregular o avançado Júnior Moraes, jogador nascido no Brasil e que recebeu na terça-feira passada a nacionalidade ucraniana.
O avançado do Shakhtar não cumprirá os critérios que a FIFA exige para atuar numa seleção como naturalizado. No caso de Júnior Moraes, aplica-se o artigo 7.º dos Estatutos da FIFA, o qual diz que um jogador que adquira uma nova nacionalidade só pode representar a referida seleção se "tiver vivido continuamente pelo menos cinco anos, depois de atingidos os 18 anos, no território da respetiva federação".
Ora, no caso de Júnior Moraes, apesar de este ter chegado à Ucrânia pela primeira vez há mais de cinco anos, em fevereiro de 2017 foi jogar para o Tianjin Teda, da China, após quatro anos e oito meses a viver no país do leste da Europa. Entretanto, após quatro meses na Ásia, regressou há 20 meses ao futebol ucraniano.
Refira-se ainda que o jogador recebeu uma autorização especial para receber a cidadania e o passaporte ucranianos, que lhe foram atribuídos por um decreto do presidente do país, Petro Poroshenko. A FIFA - em cujos regulamentos esta situação se enquadra - e a UEFA - que organiza a fase de apuramento para o Euro'2020 - deverão agora confirmar se houve ou não irregularidade e, se assim for, a Ucrânia será sancionada com duas derrotas nos jogos já realizados e Portugal e Luxemburgo verão ser-lhes atribuídas as vitórias.