Benfica rejeita 20M€ por 'pérola'; Empresário vem a Lisboa para encontrar solução para Wendel; Sporting chega a acordo com argentinos por dívida. Negócios com Vitória e Braga também liquidados

Está fechado o acordo entre Sporting e Racing Avellaneda para a liquidação em parcelas de 1,375 milhões de euros – cerca de 1,6 milhões de dólares – em dívida, referentes à última prestação dos 10,5 milhões de euros que envolveram a transferência do internacional argentino para Alvalade. Segundo o O Jogo, o elenco liderado por Frederico Varandas estabeleceu um plano de pagamentos que vai prolongar-se durante o próximo ano, ainda que oficialmente as partes tenham recusado, de momento, entrar em detalhes.

O Racing, recorde-se, aguardava uma proposta firme do Sporting para a liquidação da dita verba no início deste mês, como deu conta o presidente Victor Blanco ao nosso jornal, algo que aconteceu, podendo agora o emblema argentino prestar contas ao Ferro Carril Oeste, que acordou a cedência de 50% dos direitos económicos do esquerdino quando este se transferiu para o Sporting.

Outro dos processos concluído recentemente foi o de Raphinha, extremo brasileiro contratado ao Vitória de Guimarães e cujo negócio foi apontado como um foco de incumprimento, algo que a SAD sempre negou. De acordo com informações recolhidas pelo jornal, a sociedade verde e branca procedeu ao último pagamento de uma parcela de dois milhões de euros aos vitorianos. O extremo, relembre-se, custou 6,5 milhões de euros aos cofres do Sporting, ele que foi adquirido ainda no mandato de Bruno de Carvalho. Também o plano de pagamentos ao Braga por Battaglia foi regularizado, este ainda no período em que a Comissão de Gestão esteve à frente dos destinos do clube. Em causa esteve uma verba na ordem de um milhão de euros, posteriormente parcelada e liquidada, sendo consequência da estratégia leonina de “reatar e colaborar com parceiros de negócio” que os leões querem seguir.

O empresário de Wendel pretende deslocar-se no próximo mês a Lisboa para se reunir com a SAD leonina e tentar encontrar uma solução para o problema. O jogador tem-se manifestado infeliz por não jogar em Alvalade e os responsáveis leoninos correm o risco de ver desvalorizar um investimento superior a oito milhões de euros.

De acordo com o Record, a intenção do agente é saber quais são as reais expectativas dos dirigentes do Sporting em relação ao jogador que, até à data, contabiliza cinco presenças em jogos oficiais. Caso não receba claras indicações de que a situação se poderá alterar a curto prazo, o representante do médio vai procurar outras soluções que devem passar pela sua saída já no mercado de inverno.

Certo é que cada vez será mais difícil à SAD conseguir rentabilizar ou, pelo menos, recuperar o dinheiro investido no passe do jogador. De uma das principais promessas do Brasileirão, o camisola 37 passou a lutar por um lugar nas convocatórias. Jorge Jesus reconheceu-lhe talento, tal como José Peseiro, mas a adaptação tem-se revelado complicada, e essas dificuldades acabam por refletir-se no rendimento demonstrado nos treinos.

No último defeso, a SAD leonina recebeu ofertas visando a transferência de Wendel e, de acordo com informações recolhidas pelo Record, algumas garantiam o retorno do investimento realizado, mas sem qualquer lucro.

Estas propostas acabaram por ser recusadas pois o empresário teve a garantia de que esta temporada o médio, de 21 anos, seria utilizado com regularidade, o que não tem vindo a acontecer. Com mercado, especialmente no Brasil, o jovem ainda tem clubes interessados no seu concurso, mas que estão a contar com a desvalorização do seu passe, dada a irregularidade da sua utilização.

Convém ainda assinalar que a janela de janeiro não é tradicionalmente pródiga em negócios avultados e uma das situações que poderá ser colocada em cima da mesa passa por um empréstimo.

A decisão caberá agora ao presidente, Frederico Varandas, que terá de decidir se vale a pena insistir na continuidade do jogador ou se, por outro lado, será mais benéfico proteger o investimento. 

Nega ao Monaco por João Félix. Luís Filipe Vieira deixou perceber no último sábado que teve de resistir a algumas investidas para segurar jovens apostas da formação e foi já depois de se referir a Rúben Dias e Gedson que falou também em João Félix. Segundo o Record, no caso do polivalente criativo, o presidente encarnado deu nega ao Monaco na última janela de transferências.

O emblema do principado, na altura ainda orientado por Leonardo Jardim – foi demitido apenas na semana passada – mostrou-se disponível para chegar aos 20 milhões de euros pelo internacional sub-21, mas Filipe Vieira deixou desde início bem claro que não tinha intenção de vender agora aquele que é considerado um dos elementos mais valiosos formado no Caixa Futebol Campus. O interesse dos monegascos era sério – e continuam, de resto, a seguir a evolução do jogador –, mas a postura do presidente benfiquista depressa afastou o emblema da Ligue 1, que nem chegou a formalizar a proposta por Félix, numa altura em que o jogador tem uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, o triplo daquilo que o Monaco se dispunha a pagar.

De resto, clubes como Manchester City e Paris Saint-Germain também vão desde já seguindo as pisadas do miúdo de 18 anos, que nesta época não só já se estreou pela equipa principal das águias, como também já faturou. Depois de ter aberto a contagem no dérbi com o Sporting (1-1) na Luz, abanou também as redes do Aves (5ª jornada da Liga).

Com contrato válido até 2022 – o processo de renovação está em marcha –, Félix já ouviu no último sábado Filipe Vieira deixar bem claro que a política da SAD não é mais aquela que permitiu a saída de, por exemplo, Bernardo Silva... para o Monaco, a troco de 15,75 milhões de euros. Agora, a ideia é reter ao máximo o talento gerado no Seixal, fazendo o devido aproveitamento desportivo em sede de equipa principal antes da potencial venda milionária.