26 setembro 2018

Fim de uma Era, Duelo lusitano e a Liga dos Campeões

 No sábado assistimos a um duelo que orgulha qualquer português. Em terras de sua majestade, o Manchester United de José Mourinho defrontou o recém-promovido Wolverhampton comandado por Nuno Espírito Santo, num confronto que teve em campo cinco portugueses a representarem o conjunto visitante, a somar com os lusitanos presentes nas equipas técnicas de ambos os lados. No jogo em si, presenciámos um Wolverhampton a jogar olhos nos olhos com o vice-campeão inglês tendo executado várias jogadas de ataque no primeiro quarto de hora, com Jiménez a conferir profundidade na zona ofensiva.
Quando menos se esperava, um toque de primeira de Pogba deixa a bola em Fred que remata de forma colocadíssima diante de Rui Patrício, que bem se esticou mas não conseguiu defender. O guarda-redes português voltaria a realizar uma boa exibição, sendo decisivo ao parar um livre de Pogba de forma espetacular. Após o golo do ex-Shakhtar Donetsk, o conjunto de Old Trafford dominou o jogo até ao intervalo, efetuando diversas recuperações de bola com relativa facilidade. Na segunda parte, a equipa do Molineux Stadium entrou ligeiramente melhor e o golo surgiria aos 53 minutos; Hélder Costa (que fez um grande jogo, demonstrando qualidade técnica e velocidade, sendo uma constante dor de cabeça para a defesa adversária) dribla na frente de Luke Shaw, cruza para Jiménez que segura a bola e a deixa em João Moutinho que finaliza de forma irrepreensível com De Gea colado ao chão. Até ao final do encontro o resultado manteve-se inalterado ficando provado, uma vez mais, que o Wolverhampton tem todas as condições para ser a surpresa desta Premier League.

Na semana passada, teve início a maior competição de clubes do mundo: a Liga dos Campeões. E o primeiro golo não podia ter sido melhor; livre fantástico de Lionel Messi no confronto ganho pelo Barcelona frente ao PSV por 4-0, no qual o astro argentino viria a concretizar um hat-trick. No jogo da Juventus algo de inesperado teve lugar. Cristiano Ronaldo foi expulso na sequência de um lance protagonizado com Murilo. Um cartão vermelho do meu ponto de vista errado, pois a referida jogada não exigia tal punição. No máximo, um cartão amarelo era o mais aceitável. Apesar desta peripécia, a Vecchia Signora acabaria por ganhar o desafio. As equipas portuguesas obtiveram resultados distintos. O Benfica frente a um Bayern claramente favorito, tentou jogar cara a cara com o colosso alemão na tentativa de chegar ao golo. Acabou por ser o menino formado no Seixal, Renato Sanches, o homem do jogo, funcionando como motor da equipa bávara e marcando o segundo da noite numa jogada iniciada por ele próprio. O Porto começou com um empate a sua participação na liga milionária. Em Gelsenkirchen, recinto de boa memória para a equipa visitante, Sérgio Conceição viu Fahrmann defender a grande penalidade batida por Alex Telles e, mais tarde, Otávio a materializar um lance do mesmo tipo após falta sobre Marega que suscitou algumas dúvidas.

Na segunda-feira realizou-se a tão aguardada cerimónia de entrega dos prémios FIFA THE BEST. Sem grande surpresa, Luka Modric foi coroado o melhor jogador do mundo da época 2017/18. Na minha opinião, apesar da época fantástica que o croata teve, Cristiano Ronaldo devia ter ganho o referido troféu por tudo o que fez na época passada (argumentos já apresentados por mim no artigo: “Os Melhores do Mundo, a Seleção e os dois lados da Segunda Circular”). Esta gala terminou com um dos maiores períodos da história do futebol, a era Ronaldo/Messi. Essa é a realidade; por enquanto, pois caso a Bola de Ouro vá para o craque português este reinado pode ter continuidade, marcando mais um ponto de discórdia entre a France Football e a FIFA. O maior espanto da noite foi a atribuição do Prémio Puskas a Mohamed Salah. É um excelente golo (por alguma razão estava mencionado para este galardão) mas é curto quando comparado com outros nomeados, especialmente os de Bale, CR7 e Quaresma. Igualmente não deixa de ser curioso o facto de Courtois (eleito o melhor guarda-redes do mundo) e Salah (candidato a melhor do mundo) não figurarem no onze do ano contando este com nomes como De Gea e Hazard. Esta peculiaridade deve-se ao sistema de votação.  

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