Benfica deixou escapar nova 'pérola' leonina; Claques do Benfica gritaram “ilegais ‘allez’”; Jogadores cedidos do Sporting são prioridade para Varandas

Numa altura em que o licenciamento das claques está na ordem do dia, o público afeto ao Benfica não fugiu ao tema. Durante a 2ª parte do jogo com o Rio Ave, ouviu-se, vindo do todo o topo sul, repetidamente, “Sem cara e sem nome, para o MAI sou ilegal, sou sócio do Benfica, o maior de Portugal. Ilegais, ilegais, ilegais allez”, em alusão ao facto de a claque não ser legalizada.

Como se sabe, o tema tem gerado controvérsia no panorama desportivo e também os Diabos Vermelhos fizeram questão de manifestar desagrado com esta questão, erguendo uma tarja com a frase “muitos inimigos, muita honra”. 

Hugo Viana reavalia jogadores cedidos. O novo presidente do Sporting, Frederico Varandas, reuniu-se com o plantel na quinta-feira e, como O JOGO revelou, prometeu ao técnico José Peseiro reforços em janeiro para lutar pelo título. No entanto, os emprestados, com especial atenção aos que são formados no clube, não estão esquecidos e Hugo Viana já começou a analisar as suas prestações, profissionalismo e os respetivos contratos de cedência para avaliar se algum poderá voltar já em janeiro ou no final da temporada, apurou O Jogo.

Recorde-se que neste defeso se verificou uma debandada de jogadores da formação, o que levou a que o Sporting apenas pudesse inscrever na Liga Europa um total de 21 atletas, com apenas dois formados no clube (Mané e Nani na lista A e Jovane a entrar na lista B) e dois formados em Portugal (Bruno Gaspar e André Pinto). Entre jogadores que pertenciam ao plantel principal ou que integraram o grupo na pré-época, deixaram o clube nove jogadores da casa: Rui Patrício, Gelson Martins, Rafael Leão, Podence, William, Palhinha, Francisco Geraldes, Matheus Pereira e Domingos Duarte.

A construção do plantel para 2018/19 não deixou completamente satisfeita a estrutura do futebol liderada por Frederico Varandas, que entrou ao serviço já com a intenção de retocar o grupo em janeiro.

Hugo Viana, que apesar de no papel ser o diretor de relações internacionais, trabalha de perto com Frederico Varandas no futebol e já deu início a uma tarefa que vai ser contínua: avaliar e a recolher informação sobre os emprestados, cujo número, de acordo com as informações recolhidas pelo nosso jornal, já ascende aos 25 futebolistas. Palhinha (Braga), Domingos Duarte (Deportivo da Corunha), Ivanildo (Moreirense), Demiral (Alanyaspor), Francisco Geraldes (Eintracht Frakfurt) ou Matheus Pereira (Nuremberga) são considerados interessantes.

A análise dos vínculos de cedência é fundamental para o caso de os leões decidirem tentar o regresso antecipado de algum jogador, já que o trabalho ainda agora começou.

Benfica deixou escapar Jovane Cabral. Quando deixou Cabo Verde na companhia do pai, o objetivo de Jovane Cabral era ir fazer testes no Benfica, o clube de eleição do progenitor que ainda conseguiu passar parte dessa paixão ao jovem.

"Não sei bem o que aconteceu, esteve lá por alguns dias e acabou por não ficar. Ainda passou por mais clubes antes de ter ficado no Sporting, onde conseguiu mostrar o seu talento", recorda Manuel Lomba, antigo treinador, que vê com naturalidade este sucesso: "Eu aqui ensino sempre aos mais jovens que o sucesso é recompensado. Não sei se algum dia poderá chegar ao nível de um Cristiano Ronaldo mas acredito que pode tornar-se um símbolo."