A prioridade de mercado do Sporting; Renovação de Acuña negociada; Justiça investiga saco azul do Sp. Braga

A renovação de contrato de Marcos Acuña, que começou a ser discutida no mandato de Sousa Cintra, já está a ser negociada por Frederico Varandas. O novo presidente e os representantes do jogador têm conversado sobre o tema e, segundo o jornal Record apurou, o processo está bem encaminhado. Os contactos vão prosseguir nos próximos dias e existe recetividade de ambas as partes para fechar um acordo.
Ainda no consulado da Comissão de Gestão, a SAD fez saber que estava disponível para premiar Acuña, tendo em conta, por um lado, o rendimento do jogador, convocado para o Mundial’2018, e por outro, a fidelidade ao clube, já que o argentino, apesar de ter ponderado esse cenário, nunca avançou para a rescisão de contrato, isto quando até foi um dos mais visados pelos acontecimentos de maio, na Madeira e na Academia. A 8 de setembro, o dossiê passou das mãos de Sousa Cintra para Frederico Varandas, que entretanto já assumiu mesmo a condução das negociações. Sobre a mesa continua a revisão do salário em alta, no sentido de compensar o extremo, comparativamente a Battaglia, Bas Dost ou Bruno Fernandes. Outra forte possibilidade é a extensão do atual vínculo do camisola 9 por mais uma época. Acuña, de 26 anos, está ligado ao Sporting até 2021 e poderá renovar até 2022. As conversas vão continuar mas a expectativa é de que possa haver fumo ‘verde’ em breve.

Ponta de lança é a prioridade. José Peseiro vai receber nomes fortes para acrescentar a um plantel que, diz o treinador, tem qualidade mas - reforçou - procura ainda aumentar o seu rendimento. A prioridade? Um ponta de lança. Segundo avança o jornal O Jogo, a SAD presidida, agora por Frederico Varandas, irá atacar o mercado em buscar de um jogador que possa discutir o lugar com o holandês, Bas Dost.

No total a SAD acredita em assegurar dois a três reforços de peso em janeiro, escreve o diário.

Justiça investiga saco azul do Braga. O Ministério Público abriu um inquérito-crime para investigar a suposta existência de um “saco azul” na SAD do Sporting de Braga, denunciada num documento em que são indicados cerca de 2,5 milhões de euros em transações sem fatura ou com faturas falsas. Fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou ao JN a instauração de um processo no Departamento de Investigação e Ação Penal de Braga, estando o caso sob investigação.

De acordo com informações recolhidas pelo JN, no documento constam 19 itens, com seis rubricas: faturas (13) de “serviços nunca prestados” (falsas); movimentos de transferência de jogadores (comissões); pagamento para compensar silêncio do guarda-redes Cássio; Oxemenine; serviços pagos a um “bruxo”; “falsificação de documentos para eleições”; e viagens e outras formas de compensação de pessoas externas ao clube (“políticos e outros”).

Contactada pelo JN, a SAD do Braga garante tratar-se de “factos falsos” e conta ter sido alvo de uma tentativa de chantagem por parte do seu ex-diretor-geral, João Gomes.

Segundo a SAD, este ex-homem de confiança do presidente do Braga, António Salvador, propôs sair do clube mediante o pagamento de “250 mil euros”, a cedência de um “Mercedes” e a hipótese de receber subsídio de desemprego, sob pena de ser feita denúncia de múltiplas faturas falsas de mais de dois milhões de euros, para desviar dinheiro do Braga.

Salvador recusou e instaurou um processo disciplinar que terminou com despedimento por justa causa de João Gomes, com fundamento nesta alegada chantagem ao presidente. Também terá pedido à Nos, em nome da SAD, para mudar a titularidade do seu número de telemóvel e terá ordenado aos serviços financeiros para adiar o desconto no seu salário referente ao preço do “Mercedes” que lhe fora atribuído pela SAD.

Negando a autoria do documento e a suposta chantagem, o ex-diretor-geral impugnou o seu despedimento, num processo que começa a ser julgado no dia 1, no Tribunal do Trabalho de Matosinhos. Diz que Salvador quis ver-se livre do diretor-geral, por ser uma das poucas vozes discordantes de “certas condutas”.

Uma das situações mais estranhas no documento (também junto pelo Braga ao processo laboral) contém um item de serviços pagos a “Bruxo” – 200 mil euros. Alegadamente, a SAD recorreria a um casal de bruxos para acompanhar a equipa. As faturas seriam emitidas como serviço de “massagens” em nome de uma empresa do casal.

Entre as várias situações, as faturas pagas pela SAD envolvem, ainda, dois jantares da campanha eleitoral de António Salvador, num hotel, e uma estadia de um moçambicano, filho de um sócio de Salvador em Moçambique.