Chaves avisou o Sporting de aliciamento a um jogador. Leões desmentiram. Jogador deixou o Chaves poucos dias depois; Benfica oferece Samaris ou Lisandro por alvo de mercado; Roma quer 'pérola' do FC Porto

A Roma tem Brahimi debaixo de olho e, na capital italiana, há a ideia de que 25 milhões de euros podem ser suficientes para levar o argelino da Invicta. De acordo com o jornal ‘Gazzetta dello Sport’, o extremo agrada aos responsáveis romanos, que verão na atual situação contratual do portista uma oportunidade.

Tanto quanto se sabe, tal não passa, pelo menos para já, de uma intenção.
Porém, notícias com origem em Itália referem que a Roma está prestes a perder alguns dos seus mais importantes ativos que atuam precisamente na mesma zona do terreno que o argelino. Perotti e El Shaarawy podem deixar a Cidade Eterna neste defeso, o que não só abriria lugares no plantel como faria entrar algumas dezenas de milhões de euros nos cofres romanos.

No final daquela que foi porventura a temporada de maior regularidade exibicional que já realizou no FC Porto, Brahimi é por estes dias um dos ativos mais valorizados do plantel, mas o facto do seu contrato terminar em junho de 2019 não confere grande margem de manobra à administração azul e branca.

O Benfica não quer deixar escapar o defesa-esquerdo Aarón Martín, atleta vinculado ao Espanhol, e, nesse sentido, as águias põem na mesa negocial sete milhões de euros, quantia à qual adicionaram, como moeda de troca, um atleta. Nesse sentido, entre os nomes que os encarnados apresentaram para viabilizar um negócio estão, escreve O Jogo, o central Lisandro e o médio Samaris. Ambos os jogadores estão avaliados pela SAD encarnada em cerca de dez milhões de euros, o que potenciaria a oferta do Benfica por Aarón Martín para valores próximos dos anseios dos catalães: cerca de 15 a 17 milhões de euros.

Assédio a jogador flaviense. O Chaves e o Sporting cruzaram-se por duas vezes em janeiro do ano passado. Em partidas consecutivas, nos dias 14 e 17, os transmontanos empataram com os leões para o campeonato (2-2) e venceram (1-0) no âmbito dos quartos-de-final da Taça de Portugal. Foi nas semanas anteriores que Leandro Freire, central brasileiro dos flavienses, foi alvo de uma abordagem da parte do intermediário Paulo Silva no sentido de aceitar ser corrompido em benefício do Sporting, a troco de 25 mil euros, isto segundo as mensagens que recolhidas pelas autoridades e nas quais os prevaricadores dizem que "Freire desbroncou-se todo".

O que não correu de acordo com o que o suposto emissário tinha perspetivado foi o facto de Leandro Freire ter decidido relatar o caso, de imediato, ao que apurou o Record, aos responsáveis do Chaves. Na primeira conversa em que explicou tudo o que se tinha passado, Freire esteve reunido com o patriarca do clã que gere o clube, Francisco Carvalho, com o técnico, Ricardo Soares, e com o diretor de comunicação, Sérgio Mota. O jogador foi tranquilizado, aconselhado a concentrar-se somente em dar o melhor em campo, mas o entendimento foi de que seria benéfico o próprio Freire relatar o caso em pleno balneário, partilhando a situação com os companheiros e reforçando assim a união que era necessária para os encontros que se avizinhavam.

O Chaves, pela sua parte, entrou em contacto oficial com o Sporting e deu conta do assédio que tinha sido movido a Freire com intentos contrários à verdade desportiva. A resposta que chegou de Alvalade foi de desconhecimento e de completa negação de qualquer envolvimento em tentativas de corromper adversários.

O momento difícil que Leandro Freire atravessou foi capitalizado pelo técnico Ricardo Soares no sentido de blindar o balneário. Mais do que isso, a sensação de que o Sporting tinha faltado ao respeito ao Chaves, achando que podia levar um elemento do plantel a aceitar corromper-se, foi um trunfo dirigido ao plano psicológico dos jogadores no sentido de os espicaçar. O facto é que, em dois confrontos, o Chaves não só não perdeu como deixou os leões fora da Taça de Portugal, pelo que a estratégia de Ricardo Soares resultou em pleno.

Poucos dias depois de ter atuado a tempo inteiro nos duelos contra o Sporting, Leandro Freire, agora com 28 anos, foi transferido para o Shimizu S-Pulse, do Japão, a troco de 500 mil euros. Na hora da despedida, e em mensagem que agora se entende melhor perante tudo o que se tinha passado internamente, desabafou sobre o ambiente que tinha em Chaves. "É um grupo fantástico, nunca tive nenhum tão bom na minha carreira", sublinhou, ele que também alinhou em V. Guimarães e Nacional.