Sócrates e Lello viabilizaram ao Benfica centro de estágio 'ilegal'; "Foram muito bons este 15 dias em que BdC e Marta Soares estiveram em silêncio"; "O futebol não é o que sonhava" - Bruno Fernandes; Real prepara renovação de Ronaldo

De Espanha, já sopram ventos sobre a renovação de Ronaldo e o jornal espanhóis  avançam com algumas das verbas envolvidas.

Adianta o jornal AS que José Ángel Sánchez, diretor geral do futebol merengue, já comunicou ao craque que o clube está muito satisfeito com o seu rendimento e pretende aumentar-lhe a sua folha salarial.

A referida fonte adianta que o craque terá ficado satisfeito com o que ouviu e que a renovação de contrato pode ficar fechada antes do Mundial.

Ora, isto significaria que Cristiano Ronaldo passaria a ganhar 30 milhões de euros por temporada, mais dois milhões por objetivos. Em termos de duração manter-se-ia a mesm. Ou seja, Até 2021.

Em entrevista ao DN, Daniel Sampaio comentou o momento do Sporting e defende a continuidade de Bruno de Carvalho até ao final do mandato. O antigo vice-presidente a Assembleia geral dos leões considera que o silêncio que se seguiu depois das tensões entre o líder dos leões e Jaime Marta Soares foi a melhor das soluções.

"A seguir houve um silêncio. Que foi bom, foi de ouro. Foram muito bons este 15 dias em que Bruno de Carvalho e Marta Soares estiveram em silêncio."

Sampaio considera que o post de BDC a seguir à partida com o Atlético de Madrid "não foi correto", mas que "teve resultado" uma vez que "a equipa nunca mais perdeu".

"Não foi feito da melhor forma, não foi correto, mas teve um resultado porque a equipa nunca mais perdeu. Aquele 'post' devia ter-se evitado, devia ter havido uma conversa com os jogadores, mas o resultado não foi mau".

O antigo dirigente leonino defende a continuidade de Bruno de Carvalho até "até ao final do mandado" e considera que o abandono das redes sociais por parte do presidente do Sporting foi a melhor das decisões.

"Espero que não haja mais página de Facebook, que os jogadores comuniquem diretamente com o presidente e vice-versa", disse.

O centro de estágio do Benfica, inaugurado em setembro de 2006, esteve ‘parcialmente ilegal’ durante nove anos pelo facto de não ter existido alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) ou de o Benfica não ter apresentado um Plano de Pormenor (PP). Isto porque parte dos 14 hectares da construção pertenciam à Reserva Ecológica Nacional.

A 6 de novembro de 2001, um despacho conjunto, assinado pelos ministros do Ambiente e do Desporto, José Sócrates e José Lello, respetivamente, viabilizou a construção do Caixa Futebol Campus, mas a verdade é que, sem um novo PDM ou um PP, a obra tornou-se ‘clandestina’ entre 2006, ano da inauguração, e 2015, quando foi alterado o PDM.

Segundo os emails tornados públicos , a situação foi comunicada a Domingos Soares de Oliveira no dia 24 de maio de 2011 por Pedro George, arquiteto responsável pelo primeiro projeto do campus encarnado, no qual referiu que a Câmara do Seixal "meteu os pés pelas mãos" e usou o termo "obra clandestina".

Ao jornal Record, George explicou tratar-se de uma "expressão jocosa" para destacar que o Futebol Campus estava desvalorizado por causa da situação em que se encontrava. Face à inexistência de PDM e PP, a obra foi "momentaneamente" clandestina. E só arrancou graças ao despacho dos ministros, declarando interesse público do projeto.

Esta situação foi abordada pela primeira vez no dia 20 de abril de 2000 por Ricardo Ribeiro, que desempenhava funções como vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal do Seixal. À Rádio Renascença, Ricardo Ribeiro chegou mesmo a admitir chumbar o projeto. "Não se podem tomar atitudes que passam pela violação do PDM." Contactado ontem pelo nosso jornal, o então vereador socialista remeteu a sua posição para as declarações proferidas na altura e para o que ficou redigido em ata, sublinhando não ter em mãos os detalhes do processo.

Certo é que, desde a inauguração, em 2006, o Caixa Futebol Campus funcionou em plena legalidade apenas durante três anos. Recentemente, Luís Filipe Vieira anunciou que está prestes a chegar a acordo com a autarquia do Seixal para a expansão do centro de estágio para os terrenos circundantes. Em marcha está já a construção do colégio do clube e ainda de um novo polo hoteleiro.

Bruno Fernandes, médio do Sporting, considera que no já teve "mais alegrias que dificuldades", mas, ainda assim, revela sentir-se desiludido com muita coisa, apesar de estar a cumprir um "sonho". "Isto não é o que sonhava. Não basta correr atrás de uma bola, termos um pouco de qualidade e o foco que é preciso e chegamos lá. Rola muita coisa por trás e muitas vezes os jogadores são prejudicados por pessoas, sociedades e empresários que estragam o futebol", afirmou o jogador, na apresentação do livro "A finta de uma vida", de Diogo Barbosa de Melo, na FNAC do Centro Comercial Vasco da Gama.

O médio leonino, que compareceu no evento juntamente com Podence, reconheceu ter sido importante sair de Portugal para Itália, onde afirma ter crescido como "pessoa, jogador, irmão e filho", e hoje diz que, como pai, o mais importante é deixar os filhos seguirem os próprios sonhos. "Ultimamente quem tem estragado o mundo do futebol têm sido os mais velhos, que não indicam o caminho certo aos filhos. Neste momento, para certos pais o caminho certo é que o fiho tem de ser jogador. O filho tem é de ser empurrado a seguir os seus sonhos, isso é que é importante e isso é que é ser um verdadeiro pai. Os meus pais perceberam isso, deixaram-me sempre a possibilidade de jogar futebol e ser feliz. Sacrificaram-se muito e é por isso que hoje estou aqui", aconselhou ainda o internacional português.