MP pode investigar conteúdo de novos emails do Benfica; Plantel do Sporting ignorou BdC; Bryan Ruiz vai deixar o Sporting; Defesa admite saída do FC Porto. “Se sair do clube, que seja como campeão”

A cumprir o quinto e último ano de contrato com o FC Porto, Diego Reyes está mais próximo da saída do clube do que da continuidade. O central ainda não renovou com os dragões, não o deverá fazer até 30 de junho – altura em que pode assinar livremente por outra equipa–e, em entrevista à“Marca” e à“Claro Sports ”, até falou em jeito de despedida dos portistas. “Se sair do clube, a melhor forma de o fazer seria sendo campeão. Encantar-me-ia ser campeão com este clube”, admitiu o internacional mexicano, enquanto passeava pelas ruas da Invicta, antes de apontar o salão de festas dos adeptos na cidade.
“As pessoas festejam na Avenida dos Aliados. Se me imagino a festejar ali? Sim, espero que sim. Oxalá possamos fazer bem as coisas e conseguir esse título”, desejou.

Ainda que ao longo do período de ligação ao FC Porto também tenha passado por San Sebastián (Real Sociedad) e Barcelona (Espanhol), Diego Reyes admite que há algo que tem sido complicado de engolir. “Estou contente aqui [FC Porto]. Mas tenho uma espinha encravada na garganta há alguns anos, por ainda não ter conseguido vencer um título nesta instituição, à qual estou muito agradecido, por me ter dado a oportunidade de estar na Europa”, revelou, não escondendo que a campanha atual – os azuis e brancos são líderes a quatro jornadas do fim da prova – abre-lhe boas perspetivas de, finalmente, saborear a vitória. “Este ano, estamos no bom caminho para conseguir coisas importantes. Por isso, estou muito contente e feliz”, referiu.

Bryan Ruiz vai deixar o Sporting no final da época. O costa-riquenho acaba contrato em junho e, segundo o jornal Record apurou, não há interesse da SAD em prolongar a ligação, nem esse será o cenário preferido do próprio nesta fase da carreira.

A caminho dos 33 anos, que completará em agosto, o médio foi reintegrado a meio da temporada e está a atravessar um excelente momento. O facto, porém, não altera os planos da estrutura de futebol, que terá uma palavra importante a dizer sobre o assunto, a despeito de ser um jogador que merece a total confiança de Jorge Jesus.

O Ministério Público pode abrir inquérito para apurar se existe crime de tráfico de influência, depois da divulgação de novos emails do Benfica. Esta é a opinião de fonte judicial contactada pelo jornal Record.

Novos emails tornados públicos pelo blogue ‘Mercado Público Polvo’ indicam que o Benfica alegadamente assumiu como desafio o "reforço do controlo/influência nas diferentes áreas do poder da indústria" e definiu que pretendia "aumentar a influência/controlo sobre o poder", nomeadamente "Federação e respetivos conselhos de arbitragem", "poder político", "meios de comunicação/media" e "judicial".

Para a nossa fonte, o facto de os encarnados referirem que queriam "aumentar a influência" pressupõe que "a influência já existia". E explica que, tratando-se de crime público, o Ministério Público pode abrir inquérito, sem que haja queixa.

Desta vez, foi divulgado o correio eletrónico do CEO Domingos Soares de Oliveira, entre 2009 e 2012. Nas trocas de mensagens consta um ‘powerpoint’ apresentado na oitava reunião de quadros, em junho de 2012. Trata-se de um encontro que junta elementos de várias áreas do Benfica.

Nessa mensagem são apontadas metas desportivas e financeiras, nomeadamente a vitória em três campeonatos, a presença numa final europeia e a conquista de 50 títulos nas modalidades. Fazer 100 milhões de euros em receitas sem vendas de jogadores é outro objetivo.

Os encarnados não se ficaram por ali. São definidos "desafios" na vertente externa. Em 2012, ano marcado pelas eleições que Vieira ganhou a Rui Rangel, os encarnados, de acordo com o documento revelado, pretendiam aumentar a "influência/controlo" sobre o poder. Essa ideia ficou ainda clara no que era denominado ‘casa estratégica’, onde se aborda o "poder Benfica": "Reforçar a capacidade de influência nos círculos críticos da sociedade portuguesa", lê-se.

O Record procurou uma reação a estas novas informações tornadas públicas através do blogue ‘Mercado de Benfica Polvo’, mas fonte oficial do clube da Luz recusou-se a comentar aquilo que considerou ser "correspondência privada roubada, deturpada e falseada". Foi esta a justificação dada por um elemento ligado à estrutura benfiquista, embora seja expectável que os encarnados possam responder com mais queixas-crime, depois de nova vaga de emails tornados públicos, estes da caixa de correio de Soares de Oliveira.

Os jogadores do Sporting ignoraram Bruno de Carvalho durante o jogo com o FC Porto, apesar de o presidente ter ficado no banco de suplentes. Esta é a análise que o jornal CM faz depois de 'acompanhar' o líder leonino por 120 minutos.

Nem o triunfo e a passagem à final da Taça de Portugal, que o Sporting disputa com o Desportivo das Aves no próximo dia 20 de maio, atenuaram o ambiente tenso. Bruno de Carvalho ainda tentou interagir com vários jogadores, cumprimentou alguns deles e trocou algumas palavras de circunstância. Mas sempre por iniciativa própria. Os atletas reagiram sem entusiasmo.

As feridas criadas no plantel com as críticas públicas, nas quais chamou "crianças mimadas" aos jogadores após o desaire com o Atl. Madrid, na 1ª mão dos ‘quartos’ da Liga Europa (2-0), estão longe de estar saradas. Os jogadores continuam magoados. Bruno de Carvalho sentiu isso mesmo. Quando ficou sozinho no banco. Só André Geraldes e o médico Frederico Varandas estiveram perto dele.

Nos festejos, Bruno ficou isolado. "Quem não está com os jogadores na derrota, não pode estar com eles na vitória", disse ao CM fonte próxima do plantel.

Mais tolerantes foram os adeptos, que desta vez não assobiaram, apuparam ou mostraram lenços brancos. Limitaram-se a apoiar os jogadores e a celebrar uma das grandes vitórias obtidas pelos leões nos últimos tempos em Alvalade.

Segundo o CM apurou, Bruno de Carvalho e Jorge Jesus não falaram antes, durante e no final do jogo. Nos festejos do golo de Coates, o presidente saltou do banco, agarrou o braço ao treinador e proferiu algumas palavras, mas não houve diálogo.

Bruno de Carvalho não participou na volta olímpica com o plantel e ainda antes de o treinador Jorge Jesus chegar à sala de imprensa para a análise do jogo, já o presidente chegava a casa.

Bruno de Carvalho recolheu a casa logo após o jogo com o FC Porto, na passada quarta-feira, acompanhado pelas filhas, algumas amigas destas, pelo pai, pelo motorista e pelo segurança.

Apesar da notícia do CM, os adeptos leoninos partilharam uma imagem onde se vê um abraço entre Bruno de Carvalho e Fábio Coentrão no final do encontro.