03 outubro 2017

Do Leitão à Bairrada para a sandocha de Coirato

O Porto conseguiu fechar um ciclo de jogos de elevado grau de exigência com resultados extremamente positivos. Já ganhámos em Braga e em Vila do Conde. Jogámos e bem em Alvalade (já lá iremos). E pelo meio tivemos o nosso único resultado negativo para a Champions mas que logo corrigimos de forma clara e categórica ao vencer por 3-0 no Mónaco.
Já aqui disse antes que a Champions este ano não é muito importante para mim. Mas ver o meu clube a jogar como jogou e a bater como bateu o campeão de França só me pode (a mim e a todos os Portistas) deixar muitíssimo orgulhoso. Sérgio Conceição mostrou que não é só raça e também é tática! Corrigiu o que mal havia estado frente ao Besiktas e que aqui comentei e preencheu magistralmente o meio campo, rebuscando um Sérgio Oliveira em grande forma e que veio provar que o nosso plantel pode ser curto, mas é de elevadíssima qualidade, está unido e muito motivado.

2. A mesma tática foi usada em Alvalade e outra vez com bons resultados. Não ganhámos e no Porto não há vitórias morais, mas o empate, em vista das circunstancias, é um resultado positivo. Neste jogo o Porto realizou uma belíssima primeira parte. Dispôs ao longo da partida de 4 ou 5 oportunidades claras para marcar, algumas só evitadas por um grande Rui Patrício. O Sporting apenas dispôs de uma e resultante dum erro infantil de Alex Telles num lançamento lateral. A haver um vencedor seria por certo o Porto (que também ganhou nas bancadas já que pelo apoio parecia estar a jogar em casa), mas o empate acaba por se aceitar, até porque o Sporting cresceu bastante na segunda parte e equilibrou o meio campo. De resto assistimos a um grande jogo de futebol, fortíssimo do ponto de vista tático (dois excelentes treinadores) e muito intenso. Sem um único caso a assinalar (William poderia ter visto o segundo amarelo, mas também já estávamos no minuto 90). Grande jogo entre aquelas que são neste momento, de longe, as duas melhores equipas Portuguesas. Aliás bastaria para isso ver logo de seguida o jogo entre o terceiro e o quarto classificados. Comparar as duas partidas é assim como comparar o que é comer um belo Leitão à Bairrada dos melhores e comer uma sandocha de coirato!

3. Outro aspeto que não gostaria de deixar de destacar foi o clima em que decorreu o clássico. Clima de aproximação entre as direções. Zero problemas entre as claques (legalizadas diga-se). Grande respeito entre os jogadores e para com o árbitro. Afinal é possível em Portugal competir ao mais alto nível num clima limpo e pacifico. Ficamos agora todos à espera duma segunda carta aberta por parte do Presidente da Federação de Futebol a indicar este como o exemplo a seguir. Se o que queremos é a paz no futebol, então devem os seus dirigentes relevar os exemplos positivos que se dão nos nossos estádios.

4. A nossa seleção principal de futebol terá nas próximas duas partidas a qualificação direta para o mundial nas suas mãos. Estou convicto que venceremos as duas partidas e que estaremos presentes no Rússia 2018. Os valores de que é composta esta geração de jogadores, muito bem orientados pelo nosso treinador, merecem isso. Nós Portugueses merecemos isso. Venham de lá esses 6 pontos!

2 comentários:

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