FC Porto prejudicado em 16 pontos desde janeiro (3 esta época. Em 9 jogos tem razão de queixa em...6). 8 penaltis que ficaram por marcar, 5 deles com influência direta no resultado

Em vésperas de um clássico que poderá ser importante para as contas finais do campeonato, frente ao Benfica, o FC Porto voltou a insurgir-se contra uma arbitragem. Desta vez a visada pelas críticas foi a que João Pinheiro protagonizou no sábado, no Bonfim, onde o árbitro da AF Braga avaliou mal um lance em que Otávio foi derrubado por Vasco Fernandes no interior da área do Vitória de Setúbal. A conclusão foi do trio de ex-juízes que compõem o Tribunal do jornal O Jogo, que são unânimes ao considerar que desde janeiro deste ano ficou por assinalar um total de oito penáltis a favor dos dragões, cinco dos quais com influência direta no resultado final.
Mas não se ficam por aqui. Jorge Coroado, José Leirós e Fortunato Azevedo (substituiu Pedro Henriques) acreditam ainda que os azuis e brancos terão sido prejudicados em três jogadas interrompidas por fora de jogo e duas em que esta irregularidade passou em claro, resultando em golo dos adversários.

Ainda que o FC Porto se tenha queixado de vários lances desde o início de 2015/16, esta conclusão resulta apenas dos lances que recolheram unanimidade pelo painel de especialistas do jornal. Os portistas também tiveram algumas decisões favoráveis, mas o volume é bem inferior e reportam-se unicamente a dois jogos da época anterior: Nacional (fora) e Moreirense (casa). Desses resultaram “apenas” o benefício direto em quatro pontos, enquanto o prejuízo já vai em 16 pontos, três dos quais relativos a esta temporada (dois com o V. Setúbal e um com o Sporting).

Com nove jornadas realizadas no campeonato, o Tribunal do diário O Jogo viu motivos para o FC Porto se queixar em seis. Nem todas acabaram com deslizes da equipa de Nuno Espírito Santo, mas obrigaram a um esforço suplementar. Logo na segunda jornada, com o Estoril, um penálti cometido sobre Varela poderia ter permitido aos azuis e brancos chegarem à vantagem logo ao quinto minuto, mas a decisão de Luís Ferreira (nada marcou) arrastou o 0-0 até à última dezena de minutos. Com o Boavista, na sexta ronda, foi a validação de um golo a Henrique (estava em fora de jogo) a levar André Silva e companhia a trabalhos forçados. Pior, do ponto de vista dos dragões, foi, no entanto, a deslocação a Alvalade, onde uma posição irregular assinalada ao jovem avançado português lhe anulou uma ocasião soberana para fazer o 2-2 no frente a frente com Rui Patrício. Todos os outros lances não tiveram qualquer peso na contabilidade – penálti com Arouca e Nacional –, mas contribuíram para a contestação.