Luciano Gonçalves presidente da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol) confirmou, à RR, que João Pinheiro "tem sido importunado durante todo o fim-de-semana, através das redes sociais e do telemóvel".
O líder da APAF classifica as ameaças como "preocupantes", justificando que "no futebol as pessoas deixam-se levar pela paixão e não pela razão". Os árbitros estão preparados para estas situações, mas é sempre incómodo para os árbitros e para as suas famílias. Todo o fanatismo é preocupante", acrescenta.
Em causa o jogo entre o Vitória de Setúbal e o FC Porto, em que o juiz da AF Braga foi muito criticado pelos dragões, por não ter assinalado uma grande penalidade sobre Otávio. O árbitro acabou por mostrar amarelo ao jogador brasileiro, por simulação, mas através das imagens foi possível verificar que houve toque do defesa do Vitória no jogador do FC Porto.
Os azuis e brancos reagiram no boletim "Dragões Diário", referindo-se a João Pinheiro como um "internacional proveta" e recordando que "em Alvalade, jogo também arbitrado por um desses - segundo o douto Conselho de Arbitragem - árbitros promissores, o FC Porto voltou a ser claramente prejudicado.
A possibilidade Fábio Veríssimo no clássico. Nessa mesma mensagem no "Dragões Diário", o FC Porto remate com um "agora só falta mesmo pôr o Fábio Veríssimo no clássico [com o Benfica]". Luciano Gonçalves reage a esse comentário, sublinhando que "não condicionará a decisão do Conselho de Arbitragem".
"O Fábio Veríssimo estará disponível para o clássico se o Conselho de Arbitragem assim o entender. As pessoas do Conselho de Arbitragem saberão qual o melhor momento para lançar o Fábio Veríssimo num dérbi ou num clássico. Estou certo que irá ter um jogo desses esta época. Se não for nomeado para este é porque o Conselho de Arbitragem entendeu que não é a altura", considerou, exlcuindo a hipótese da decisão ser condicionada pelo Porto.
Por fim, o presidente da APAF lamenta que se façam "análises de como estaria a classificação se não fossem os erros", lembrando que "há muitos erros técnico-tácticos de jogadores, treinadores e más opções de contratações". Luciano Gonçalves defende que "o caminho é arranjar soluções para que os erros não aconteçam".
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