06 junho 2016

Jogou 64' no Benfica, foi campeão, saiu e...sonha com o regresso à sua "casa"

O dia 30 de outubro de 2015, no Estádio Municipal de Aveiro, deixará para sempre uma história invulgar e que a muitos surpreendeu, na altura. Rui Vitória, com Nélson Semedo lesionado e preferindo ter André Almeida no banco, lançou no onze inicial do Benfica um desconhecido para a maior parte dos adeptos, Clésio Baúque. O extremo da equipa B, que raramente entrava nas contas de Hélder Cristóvão, jogou ao lado de Luisão, Jardel, Sílvio e Júlio César, contra todas as expectativas e como... defesa-direito. Tal como entrou a todo o gás na partida com o Tondela, também depressa saiu, tanto de campo – lesionado aos 64’, traído por dores nos gémeos – como do Benfica, vendido em janeiro ao Panetolikos, da Grécia.
O tempo em que vestiu a camisola encarnada, no entanto, bastou-lhe para merecer o título de campeão nacional, que muito orgulha o jovem. Clésio ainda recorda aquele momento de orgulho em Aveiro, assim como os festejos encarnados, que seguiu à distância na Grécia. “Ser campeão pelo Benfica foi um sonho realizado. Vi o último jogo do Benfica [contra o Nacional] pela televisão, sempre aos saltos, acompanhado por alguns colegas do Panetolikos. Se um dia posso voltar ao clube? No futebol nada é impossível e, se Deus quiser, irei regressar ao Benfica, onde fui sempre tratado como filho da casa. Farei tudo para isso acontecer e retribuir o que fizeram por mim”, assegura o ala moçambicano em declarações ao jornal O Jogo. A ida para a liga grega, sem ter voltado a ser chamado à equipa principal encarnada, é encarada por Clésio como algo “normal” e sem mágoas até porque, diz, “um jogador tem de estar preparado para todos os desafios”. “Não fiquei triste por ter saído, pois sei que isso também faz parte da nossa vida profissional”, acrescenta Clésio que, no Panetolikos, só alinhou em sete partidas. “Os primeiros meses foram de adaptação e próxima época é para rebentar”, promete.
Na liga grega como na seleção de Moçambique (soma 17 jogos e esteve no triunfo por 3-2 no Ruanda, sábado, no apuramento para a CAN), Clésio continua disponível para jogar a extremo ou a defesa, onde já está “confortável”, embora admita que “ao princípio não foi fácil”. O sucesso do colega Nélson Semedo, que passou por idêntico processo e chegou à seleção A portuguesa, serviu, aliás, de exemplo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Regras dos comentários

O Fora-de-Jogo mantém um sistema de comentários para estimular a troca de ideias e informações entre seus leitores, além de aprofundar debates sobre assuntos abordados nos artigos.

Este espaço respeita as opiniões dos leitores, independentemente das suas ideias ou divergência das mesmas, no entanto não pode tolerar constantes insultos e ameaças.

Assim o FDJ não aceita (ou apagará) comentários que:

- Contenham cunho racistas, discriminatórios ou ofensivos de qualquer natureza contra pessoas;
- Configurem qualquer outro tipo de crime de acordo com a legislação do país;
- Contenham insultos, agressões, ofensas;
- Contenham links externos;
- Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;

Não cumpridas essas regras, o FDJ reserva-se o direito de excluir o comentário sem aviso prévio.

Avisos:

- Respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados.
- Os comentários são de exclusiva responsabilidade civil e penal de seus autores e/ou “reprodutores”, participantes que reproduzam a matéria de terceiros.
- Ao postarem suas mensagens, os comentadores autorizam o FDJ a reproduzi-los no blog;

Não fique Fora-de-jogo nas suas palavras...