Presidente da Federação polaca defende o árbitro e aponta a Jonas: "Se ele marcasse o Benfica não perdia". Declarações de Flávio Paixão terão direito a multa ou suspensão

Zbigniew Boniek, antiga glória polaca que atualmente ocupa o cargo de presidente da Federação de futebol daquele país, saiu em defesa do árbitro do jogo de Munique, o compatriota Szimon Marciniak. Em causa está o lance polémico na área do Bayern, ao minuto 29, no qual Lahm travou um cruzamento de Gaitán com o braço esquerdo. A equipa da Luz ficou a reclamar grande penalidade, mas Boniek, em declarações ao jornal Record, prefere desvalorizar esse momento e defende que as águias só não saíram do jogo na Alemanha com outro resultado por culpa própria.

"Estamos todos malucos? Todos podem errar, isso é algo que faz parte do jogo. O árbitro considerou que a mão do Lahm foi totalmente involuntária. Marciniak é um dos melhores da Europa e a sua atuação foi excelente. Se Jonas tivesse marcado, o Benfica não teria perdido o jogo. Os erros do árbitro também fazem parte do jogo e ele não cometeu nenhum erro", começa por sublinhar o antigo avançado, que até se assume como fã do clube da Luz: "Assisti ao jogo entre o Bayern Munique e o Benfica e devo dizer que sou adepto do Benfica há muitos anos, desde a equipa de Coluna, Torres, Eusébio e tantos outros... Eu estava a torcer pelo Benfica e agora desejo boa sorte para o jogo da segunda mão. Fiquei triste com a derrota, mas esse é apenas um pequeno problema."

Boniek aproveita para comentar as polémicas frases de Flávio Paixão, jogador que atua nos polacos do Lechia Gdansk. O avançado atacou o árbitro Marciniak nas redes sociais, acusando-o de "ter nojo dos portugueses", declarações que foram ontem enviadas para a Comissão de Disciplina da Federação polaca. Embora prefira não se alongar muito no assunto, o ex-jogador da Juventus e da Roma considera tratar-se de "um problema sério". "Vão ser analisadas, vamos ver se disse estas coisas. Se realmente o disse, arrisca uma multa ou uma suspensão. Mas isso é um problema da Comissão de Disciplina, não é meu", considera.