05 junho 2015

Membro do Conselho Leonino desconfia de apostas de...Bruno de Carvalho

Rui Barreiro, membro da Comissão Permanente do Conselho Leonino, diz não entender como é possível o Sporting ter atingido em dois anos uma estabilidade financeira que torne possível a contratação de Jorge Jesus, como frisado pelo presidente Bruno de Carvalho.
"Não consigo entender. Podíamos ter sido campeões este ano se tivéssemos investido, mas em nome da contenção não o fizemos e os sportinguistas perceberam que tínhamos de lidar com o que tínhamos. Temos alguns jogadores da formação como o Cédric que ainda não renovou, e outros a quem eventualmente não demos aquilo que podiam merecer. Dois anos não chegam para atingir a sustentabilidade financeira e espero que estes dois anos não sejam deitados a perder. É uma aposta muito arriscada", relatou ao jornal Record.
Além disso, o antigo secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural lembrou a instabilidade no comando técnico leonino: "O Sporting vai na terceira época com três treinadores diferentes. Por razões que não se conseguiram saber, Leonardo Jardim esteve apenas uma época. Agora, Marco silva também não durou mais do que um ano. Jorge Jesus é um grande treinador e sportinguista. O futuro o dirá, mas foi uma decisão muito arriscada de gestão e vai obrigar o presidente a ter muita sorte ou muito azar. Se não for campeão está a comprometer-se totalmente… Oxalá que o Sporting seja campeão, mas mesmo que seja, isso não apaga a forma inaceitável de proceder com Marco Silva".
O facto de o Sporting alegar justa causa para o despedimento de Marco Silva é algo que não convence Rui Barreiro, que diz mesmo que "dificilmente se percebe a saída" do técnico.
"Não me parece que [o comunicado de hoje] justifique de todo este comportamento. Independentemente da má relação que pudesse existir entre Bruno de Carvalho e Marco Silva, não consigo perceber que numa estrutura profissional isso possa afetar as relações profissionais entre treinador e presidente. O Marco Silva fez um excelente trabalho e podia dar alguma estabilidade ao Sporting com o contrato de quatro anos. É extramente censurável alegar justa causa, quando ainda por cima alguns dos factos já ocorreram há bastante tempo, e estando agora na sequência da conquista da Taça de Portugal", considerou Barreiro.
"Foi uma maneira extremamente incorreta e um ato de gestão altamente questionável. A forma como se tratou de um treinador que tinha mais três anos de contrato é uma vergonha", concluiu.

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