23 maio 2015

Queixa na FIFA contra Slimani


O antigo empresário de Islam Slimani interpôs uma queixa na FIFA contra o ponta-de-lança do Sporting, por alegada quebra do contrato de representação, avança o Record. 
Super Slim deu recentemente por terminada a colaboração de três anos com Yousfi Choukri e passou a ser representado pela empresa dos irmãos Pastorello, a mesma de Nani.
Embora obrigado a cumprir o “dever de confidencialidade” decorrente da antiga relação profissional, Choukri garante que “há elementos contratuais que não foram respeitados.” “Estou determinado em fazer com que isso aconteça. Com o apoio do meu advogado, especializado em direito do desporto, iniciámos um procedimento junto da FIFA”, informou o agente, numa declaração ao Record.
Choukri admite que tomou conhecimento do fim da parceria com Slimani “através da imprensa” e recorda o papel decisivo que teve na recente valorização salarial do jogador, revelando que na última janela de mercado fez chegar a Alvalade uma oferta considerada aliciante. “Neste inverno, consegui-lhe uma proposta fechada do Lokomotiv Moscovo para um contrato de 4 anos, extremamente interessante. O clube russo ofereceu 8 milhões de euros ao Sporting. Mais uma recusa”, refere Choukri, deixando Slimani “livre com a sua consciência.” “A minha está em paz”, conclui.

Eis a declaração de Yousfi Choukri:

“Como é público, já não trabalho com Islam Slimani. Tomei conhecimento do fim da nossa colaboração através da imprensa. É um jogador que representei durante mais de três anos, desde que ele jogava no CR Belouizdad e quando ainda não tinha sequer chegado à seleção argelina. Na Europa, era um completo desconhecido, enquanto que agora é avaliado em vários milhões de euros no mercado de transferencias. O mérito é das exibições dele mas também da qualidade do meu trabalho. Para lá do aspeto puramente profissional, foi igualmente uma relação pessoal na qual investi a fundo para que fosse bem sucedida. Faço portanto um balanço muito positivo da minha atuação, principalmente nos momentos complicados, como em dezembro de 2013, então devido à sua falta de tempo de jogo na perspetiva do Mundial. Dei a cara junto do Sporting ao apresentar propostas de empréstimo com opção de compra, da parte do West Ham, Almeria e de um grande clube belga. Esta pressão permitiu ao Islam jogar e estar pronto para o Campeonato do Mundo, onde fez coisas muito boas com a Argélia. Evidentemente, estas prestações atraíram convites. Mas as expectativas ‘desajustadas’ do Sporting inviabilizaram a sua saída. O Trabzonspor esteve muito ativo a tentar contratá-lo. Em Inglaterra, o West Ham e o Hull City manifestaram claramente as suas intenções, assim como o Hannover, da Bundesliga. Por motivos financeiros e desportivos (o facto de ir jogar a Liga dos Campeões), o Sporting preferiu mantê-lo no plantel. Às custas de um braço-de-ferro, difícil de viver por todas as partes envolvidas, obtive-lhe uma revalorização salarial. Neste inverno, consegui-lhe uma proposta fechada do Lokomotiv Moscovo para um contrato de 4 anos, extremamente interessante. O clube russo ofereceu 8 milhões de euros ao Sporting. Mais uma recusa. Eis, de maneira muito sintética, um resumo da nossa colaboração. Islam Slimani é livre de trabalhar com quem ele quer, e isto faz parte não apenas do mundo do futebol como, de forma mais abrangente, das escolhas de vida de todos e de cada um. Respeito-o. Deixo-o entregue à sua consciência. A minha está em paz. A terminar, e embora obrigado por um dever de confidencialidade, informo que há elementos contratuais que não foram respeitados. Estou determinado em fazer com que isso aconteça. Com o apoio do meu advogado, especializado em direito do desporto, iniciámos um procedimento junto da FIFA. Yousfi Choukri”

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