27 março 2015

Pinto da Costa arrasa Fernando Gomes

Pinto da Costa não tem dúvidas de que o futebol português “regrediu muito”. O presidente portista encontra uma explicação geral. 
“Sou do tempo em que as pessoas iam para as associações defender e melhorar o futebol e não faziam desses lugares trampolins para promoções pessoais”, explicou numa longa entrevista à revista “Dragões”. E depois fez um ataque mais específico a Fernando Gomes. “O futebol português vive num paradoxo: temos uma federação onde tudo é pago principescamente e, ao mesmo tempo, os clubes estão quase todos em pré-falência”, começou por criticar, até chegar aos últimos anos da Liga. “Os clubes não recebem nada da Liga e dá-se o facto absurdo (que felizmente foi suspenso imediatamente por unanimidade) de a Liga, que tem um défice de milhões, ter de entregar à federação 50% de qualquer inscrição de jogadores”, acusou.
“O dr. Fernando Gomes conseguiu excluir da administração e direção da Liga os clubes. A seguir, veio o dr. Mário Figueiredo e deu no que deu. A Liga está com um défice de seis milhões de euros e continuava a mandar as receitas para a Federação. Isto é um absurdo”, reforçou. Tudo por causa dos tais “projeto spes-soais”, continuou a dizer. “Quando saiu do FC Porto, Fernando Gomes disse-me que ia descansar seis meses. Três meses depois era candidato à Liga e quando alterou os estatutos concorreu à Federação. Agora, está a pensar na UEFA”, remata. O presidente da FPF foi entretanto, esta semana, eleito para a Comissão Executiva.
O processo de apoio à candidatura de Luís Figo à FIFA também não agrada. “O presidente da Liga é vice da Federação e não teve conhecimento. Os clubes também não foram consultados. Não são eles os donos do futebol? É uma pessoa que resolve sozinha que vai apresentar um candidato contra o Blatter?”, questiona. “Blatter foi convidado para a gala dos 100 anos da FPF, falou três minutos, e três dias depois, só com o conhecimento de Fernando Gomes e Platini, o Luís Figo aparece como candidato”, reforça.
Em jeito de conclusão, e depois de várias críticas, sugere-lhe que saia: “Que vá para a UEFA e deixe a FPF a quem tenha paixão pelo futebol.” A área de Gomes é, para Pinto da Costa, aquela de que foi praticante. “Se fosse presidente da Federação de Basquetebol, depois do que nos aconteceu no último Mundial, não atiraria as culpas para os médicos porque, de basquetebol, não tenho dúvidas que ele percebe”, concluiu.

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