30 janeiro 2014

Lucho sabe que os adeptos o compreendem e gostava de voltar como treinador

Um par de horas para pensar conduziram a uma decisão de que não tem a certeza ter sido a mais correta. O Al Rayyan oferece-lhe o que o FC Porto nunca poderia acompanhar e como o carteiro dificilmente toca duas vezes à mesma porta, El Comandante reuniu os seus, decidiu partir e só teve tempo para se despedir de Paulo Fonseca e Antero Henrique. Numa entrevista ao jornal O Jogo, Lucho explicou como tudo se processou e abre o novelo de emoções em que a sua cabeça se transformou.
"Foi tudo muito rápido, porque surgiu esta possibilidade e encerrava o prazo para que pudesse ser inscrito na Liga dos Campeões asiática. Para isso tinha de fazer exames médicos na federação. Ia ter jogo pelo FC Porto [com o Marítimo], mas tivemos de resolver tudo em poucas horas. Não era fácil nem para eles nem para mim. Foi difícil tomar uma decisão, pois é uma mudança muito grande e tínhamos tão pouco tempo para decidir. Pensei, falei com a família e decidimos que vir era o melhor neste momento. Talvez mais tarde não tivesse propostas como estas", disse Lucho ao jornal O Jogo antes de falar sobre a possibilidade que teve de renovar com os dragões.
"Isso era o que estava pensado e podia acontecer... Havia a intenção de ambas as partes. Queria esperar até junho para ver como me sentia fisicamente e se estava com capacidade para jogar ao ritmo do campeonato português e da Champions. A ideia era renovar, mas quando surgiu esta proposta que não estava nos planos nem esperava por mim, decidi que era o melhor"."Em Portugal muita gente não entende que se privilegie o aspecto financeiro e questiona-se o futebolista por isso. Mas neste caso, os diretores deixaram-me vir porque sabem que sempre dei tudo ao FC Porto, dei sempre o melhor de mim e a minha prioridade foi sempre defender o clube, inclusivamente quando preferi voltar e recusei propostas melhores de Itália ou de Inglaterra. Nessa altura não me importou a parte financeira. O que quis foi jogar num clube em que tinha sido feliz. Agora tomei esta decisão e as pessoas do FC Porto aceitaram", acrescentou o El Comandante antes de falar sobre como os adeptos viram a sua transferência.
"Sei que o adepto que pense bem compreende a minha decisão, por mais que ela doa. A mim também dói, porque tive de decidir muito rapidamente. Não tive tempo nem para me despedir dos meus companheiros ou das pessoas do clube. Falou-se à noite e no dia seguinte de manhã já me estava a despedir do treinador e do diretor-geral [Antero Henrique]. Pensei que voltaria em dois ou três dias para completar as despedidas, mas assinei e tive de jogar logo no dia depois".
Lucho não tem dúvidas que gostaria de regressar mais tarde ao FC Porto: como dirigente ou treinador?
"Gostaria de ser treinador e vejo-me com capacidade para o ser. Sei que não é uma profissão fácil, mas pode ser que volte como treinador, porque gostava de continuar ligado ao FC Porto, seja de que maneira for. É um clube que me deu tudo e a cidade tratou-me muito bem. A minha mulher é portuguesa e isso também influencia muito. Se as pessoas do FC Porto estiverem dispostas, obviamente que gostaria muito de continuar ligado ao clube no futuro", concluiu.

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