Jorge Jesus «deve estar surpreendido» com o auto dos incidentes no final do V. Guimarães-Benfica, segundo o advogado do técnico. Luís Miguel Henrique, garante que essa não foi a informação transmitida ao técnico quando foi notificado.
«O cidadão Jorge Jesus, constituído arguido, perguntou do que estaria a ser acusado, e disseram expressa e inequivocamente que não existia agressão», adiantou o advogado, na TVI24.
«Ele disse-me que tinha perguntado aos dois agentes se estava acusado de agressão, e que eles responderam que não. E perguntou se era tentativa de agressão, e eles também disseram que não», acrescentou.
Luís Miguel Henrique diz, por isso, que «houve algumas alterações», embora não considere que são «legítimas». «Se foi agressão a polícia tinha de o deter imediatamente, mas há um conjunto de fatores que levaram a autoridade a atuar de forma diferente. Mas essa permissividade, que é correta, tem de ser dada ao Jorge, aos adeptos e a outras pessoas presentes», defendeu.
«A defesa não pretende branquear a situação. Ninguém vai preso por causa disto, de certeza», explicou Luís Miguel Henrique.
Luís Miguel Henrique reconhece que Jesus «não deu um bom exemplo», mas garante que o técnico, que descreveu como um «self-made man», vai saber tirar ilações do caso. «Ele tem o sucesso que tem por querer aprender todos os dias», concluiu.
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