Os dragões não esqueceram de maneira nenhuma os festejos do internacional português, Danny, ao marcar um dos golos com que o Zenit derrotou o FC Porto na Rússia. Na crónica do encontro de hoje os dragões "atacam" Danny...
SORTE DE CÃO
A Champions terminou, mas a aventura europeia prossegue. No apuramento de méritos e responsabilidades, sobressai a figura de Malafeev, o guarda-redes russo que manteve o Zenit miraculosamente na prova, reconduzindo o FC Porto para a Liga Europa, numa noite em que um simples golo daria ao campeão português ainda mais do que o apuramento. Daria o primeiro lugar do grupo.
Os cinco minutos iniciais, de um equilíbrio aparente apenas sustentado por um ensaio de pressão russa, não forneceram muito mais do que uma mera ilusão que o Zenit não podia cumprir. Com os Dragões a definirem o ritmo e o curso do jogo, a estratégia de Spalletti depressa ficou confinada a um básico plano de contra-ataque incapaz de produzir um remate à baliza em todo o encontro. Nem um para amostra.
O jogo, que assumiria progressivamente uma configuração aproximada ao género “sentido único”, pausado apenas pelo coro de assobios gerado a cada vez que a equipa russa preferia os pés de Danny para arriscar a transição, definia-se num único extremo do relvado, onde o guarda-redes Malafeev coleccionava intervenções decisivas; a mais destacada de todas, logo ao sexto minuto, num frente-a-frente com Djalma, isolado por um passe perfeito de João Moutinho.
A ameaça de golo, formulada com insistência, voltou a ganhar forma em três tentativas de Hulk e outra de James, sem que nenhuma delas produzisse o efeito desejado. Todas esbarraram ou acabaram nas luvas de Malafeev, o único capaz de resistir à avalanche portista, que já então justificava o balançar das redes. Nessa altura, já o afortunado imitador de cães se transformara, por livre e espontânea vontade (ou, quem sabe, por instinto), num mero defesa, que recuperava representações caninas na forma frequente com que cheirava a bola e corria atrás dos calcanhares do adversário.
Além de Kléber, a vincar a propensão atacante dos Dragões, a segunda parte trouxe mais do mesmo, acrescida de uma versão “massacre”, que encostava os russos às cordas e anunciava o KO, repetidamente adiado pelo intérprete do costume, que levantava incessantemente o Zenit do tapete nos instantes mais inesperados. Com as mãos, com os pés, tombado até para o lado errado, Malafeev segurou a equipa russa, como que presa por arames, e qualificou-a, pela primeira vez, para os oitavos-de-final da Champions.
À exibição portista ficou a faltar apenas o golo, que, mais do que a qualificação, lhe dava o primeiro lugar do Grupo G, na conjugação de um resultado que falhou por pouco com a derrota do APOEL frente ao Shakhtar. A sorte, ou a falta dela, reencaminhou o campeão português para a UEFA Europa League, competição que venceu há pouco mais de meio ano. Pode não ter sido por acaso…
É uma crónica feita por um energúmeno qualquer. O Danny é uma boa pessoa e nunca foi um jogador conflituoso. Foi sempre um homem íntegro e posso dizer que tenho conhecimento de causa. O festejo dele na Rússia foi para os filhos que receberam um novo cachorro de estimação e que logo no primeiro dia teve o azar de urinar na cama dos filhos. E por isso, Danny brincou com a situação. Praticamente nenhum órgão de Comunicação Social quis veicular essa versão que ele concedeu aos jornalistas russos. Estavam mais interessados em provar que ele fez aquilo por maldade e mesmo passando mais de 1 mês, um jornal do Norte mostrava ainda hoje em primeira capa o festejo de Danny, atirando mais achas para a fogueira e criando assim um ambiente ainda mais hostil ao jogador do Zenit que iria actuar à noite numa partida decisiva. Tendo em conta esta crónica que visa atingir, sem qualquer respeito e fundamento, esse excelente profissional de futebol, e as crónicas/capas tendenciosas de alguns jornais, fico pensar que ambas não são de todo inocentes e podem estar conectadas entre si...
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