14 setembro 2010

Sporting teme ser "cordeiro oferecido em sacrifício"

O presidente da Assembleia Geral da SAD do Sporting, Rogério Alves, mostrou-se hoje preocupado com a possibilidade do clube ser prejudicado, pela tomada de posição do Benfica, no “derby” lisboeta, da quinta jornada da Liga portuguesa de futebol.
Na sequência de uma polémica arbitragem no encontro com o Vitória de Guimarães, os órgãos sociais do Benfica pediram aos adeptos para não assistirem aos jogos fora, ameaçaram não participar na Taça da Liga, exigiram explicações ao presidente da Comissão de Arbitragem da Liga e consideraram o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, “persona non grata”.
“O que me preocupa nesta tomada de posição é a circunstância de ela ocorrer nas vésperas de um Benfica-Sporting e de o Benfica ter acumulado toneladas de capital de queixa e, aparentemente, estarem criadas condições para que o Sporting seja o cordeiro oferecido em sacrifício para a reposição da moralidade perdida”, afirmou Rogério Alves.
Para Rogério Alves, “o Sporting, que é campeão nacional absoluto de prejuízos infligidos pelas arbitragens e que, quando se queixa, é logo acusado de ser o calimero, não pode ser o bode expiatório das razões de queixa que o Benfica possa ter”.
“É preciso que o Benfica-Sporting não se transforme no dia do resgate, do acerto de contas, nem num qualquer outro dia que não seja o de um jogo limpo, justo, claro e que ganhe o que merecer ganhar e o que marcar mais golos”, afirmou.
O dirigente “leonino” lembrou ainda que “o Sporting tem de salvaguardar a sua posição, sabendo que, face ao início de campeonato do Benfica, o jogo com o Sporting, domingo, e com Braga, duas semanas depois, são de capital importância”.
“O Sporting não quer ser bode expiatório, não quer ser cordeiro oferecido em sacrifício e quer que seja salvaguardada a rigorosa verdade desportiva, pela qual tem lutado como ninguém”, alertou.
De acordo com Rogério Alves, “o ambiente que as declarações do Benfica criaram pode tornar-se extremamente prejudicial para a serenidade e a tranquilidade do Benfica-Sporting”.
“Ao Sporting resta-lhe acreditar que as pessoas não são impressionáveis, que as pessoas não se amedrontam, perante o ambiente que foi criado. Ninguém se pode amedrontar perante o ambiente. O Sporting tem de exigir que todas as turbulências exteriores não afectem o jogo em si mesmo. Já que tanta gente clama pela verdade desportiva, então que o Benfica-Sporting seja uma homenagem à verdade desportiva e não uma exibição pública de sacrifício para resgate de desgosto pretéritos”, concluiu.
O Benfica, 13.º classificado, com três pontos, e o Sporting, quinto, com sete, defrontam-se domingo, às 20:15, em encontro da quinta jornada da Liga portuguesa de futebol.

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