Num comunicado tornado público esta segunda-feira, o Benfica decidiu pedir aos seus adeptos que se abstenham de apoiar a equipa nos jogos fora de casa, para além de ter exigido explicações a Vítor Pereira e ter declarado Laurentino Dias “persona non grata”.
Estas decisões saíram do plenário dos órgãos sociais do Benfica realizado esta segunda-feira, em que foi analisado o actual momento do clube e, mais precisamente, a arbitragem de Olegário Benquerença, no último encontro dos “encarnados” em Guimarães, da passada sexta-feira.
Como resultado, o clube da Luz decidiu pedir aos adeptos que não acompanhem a equipa nos jogos fora de casa: “Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa”, pode ler-se no comunicado.
Reafirmando a “total confiança” do clube nos jogadores e equipa técnica, os órgãos sociais do Benfica decidiram também pedir a Luís Filipe Vieira a “suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos” e também “uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais”.
“O futebol não é viável sem verdade e sem acções. O senhor Vítor Pereira deve pronunciar-se sobre o que se passou, sobre o que pensa fazer para o futuro e sobre o entendimento que tem – na forma e no tempo – sobre a homenagem promovida no dia 5 de Setembro, pela Associação de Futebol do Porto, ao senhor Olegário Benquerença”, lê-se ainda no comunicado.
O comunicado do plenário dos órgãos sociais do Benfica deliberou ainda declarar o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, “persona non grata” “pelo trabalho que prestou ao futebol português”. “Abandonou a anterior direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo ‘Apito Dourado’. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho”, acrescenta o texto divulgado esta segunda-feira.
O plenário dos órgãos sociais do Benfica pediu ainda à direcção que equacione a participação na presente edição da Taça da Liga “em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem” e que solicite ao ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto.
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