05 fevereiro 2022

O domínio avassalador do FC Porto na Europa: Controlo, remates e pontos; "O que faz o Luisão para além de ganhar dinheiro? E Rui Pedro Braz?"

O Benfica enfrenta um período complicado na vida enquanto instituição, sobretudo com mudanças ao nível da sua organização, com evidentes críticas que saem para a estrutura por causa dos resultados desportivos. Rui Costa, presidente encarnado, já prometeu mudanças e exigiu que "ninguém se esconda" perante o momento que é delicado.
A realidade encarnada preocupa os benfiquistas e há entre antigos colaboradores quem questione as tarefas que duas figuras ligadas à estrutura executam junto do plantel principal de futebol. Rui Pedro Braz chegou nesta temporada ao Benfica e assumiu funções de diretor-geral, enquanto que Luisão, antigo capitão de equipa, passou já com Jorge Jesus, desde a última época, a acompanhar o plantel diariamente.Jorge Castelo, antigo adjunto das águias e professor do curso de treinadores, entende ser chegado o momento de a cúpula diretiva encarnada olhar para a dita estrutura e perceber o que fazem Rui Pedro Braz e Luisão no sentido de potenciar algo de positivo para o grupo de trabalho ao nível da liderança.
Muito crítico em relação ao processo de recrutamento da SAD benfiquista, Jorge Castelo sublinhou ser necessário compreender as funções e tarefas que quer Luisão quer Rui Pedro Braz têm.
"Há o polícia bom e o polícia mau? Isso não acontece nem no FC Porto nem no Manchester United", exemplificou Jorge Castelo, desafiando o Benfica a fazer um processo de recrutamento baseado em "altíssima capacidade técnica e de formação".
Por conseguinte, o professor e especialista em métodos de treino e organização interroga-se sobre o que fazem Luisão e Rui Pedro Braz no banco junto do plantel.
"Sabem quem é o diretor técnico de performance? É o Luisão. Sabem quais são os instrumentos que ele tem para melhorar a performance dos jogadores? O que é que ele faz? Que experiência tem? Que formação tem?", questiona Jorge Castelo, insistindo na mesma ideia que lhe caus interrogações.
"Diretor técnico de performance? Desculpem. Se fosse no FC Porto ou no Sporting eu dizia a mesma coisa", esclareceu Jorge Castelo, em declarações no canal A Bola TV, questionando também as tarefas de Rui Pedro Braz.
"O que faz o diretor-geral no banco? Dá instruções aos jogadores? Qual é a experiência que ele tem? Que formação tem?", questionou, voltando a apontar o foco a Luisão.
"O que é que este homem faz para além de ganhar dinheiro? Nunca sai. Vê treinadores partirem e virem e fica lá. Nunca perde salário sejam quais forem os resultados", concluiu Jorge Castelo.

O domínio avassalador do FC Porto na Europa: Controlo, remates e pontos. O FC Porto lidera a I Liga com seis pontos de vantagem em relação ao segundo classificado, o Sporting, mas está também no topo de dominadores de vários indicadores estatísticos, nomeadamente ao ter a melhor média de pontos entre todas as equipas do futebol europeu.
Os dados do Observatório de Futebol (CIES) evidenciam um domínio dos dragões no que diz respeito aos remates (dos que mais tentam a sua sorte e dos que menos permitem as tentativas dos adversários), aos passes (dos que revelam ter maior precisão e dos que menos circulação concedem no último terço), à posse de bola e até mesmo aos pontos conquistados no campeonato nacional.
E, se é verdade que, em alguns destes índices estatísticos, o FC Porto integra as 10 ou 15 melhores equipas da Europa, há outros em que os azuis e brancos ora lideram em absoluto, ora partilham um lugar no topo dos topos.
Em termos de pontos conquistados, o FC Porto supera qualquer uma das equipas das designadas 'Big-Five' e apresenta uma média de 2,8 pontos (fruto de 18 vitórias e dois empates). Trata-se da melhor média de pontos por jogo na Europa, mas não de uma liderança isolada, uma vez que também o FK Partizan apresenta os mesmos valores no campeonato sérvio.
No campo da posse de bola, o emblema da cidade Invicta figura no top-10 de equipas cujo índice é o mais alto, contando com uma média de 63,5% no sétimo lugar, superando inclusive equipas como Barcelona e PSG, mas ficando atrás de formações como Manchester City e Ajax.
Relativamente aos passes, verifica-se o domínio portista na criação e precisão de passes (87,2% à entrada para o top-20 europeu), mas trata-se de algo que se intensifica ainda mais na forma como a equipa de Sérgio Conceição concede pouca circulação de bola no último terço do terreno.
Aliás, neste último indicador, o FC Porto é mesmo a equipa europeia que menos passes concede junto à sua grande área, com uma média de 75,8, enquanto os rivais lisboetas até figuram no top-15, mas bem longe dos números dos dragões (93,6 para o Sporting e 93,8 para o Benfica).
Já nos remates, repete-se a mesma história. Os azuis e brancos são dos que mais rematam e dos que menos concedem remates. No primeiro aspeto, o FC Porto repete o sétimo lugar da posse de bola, com uma média de 7,5 tentativas por jogo, atrás do líder Bayern Munique com 9,2. Já na segunda componente, a formação de Sérgio Conceição aparece no 16.º posto, com 2,6 remates concedidos por jogo, já atrás do Sporting, em 12.º, com 2,5.
É certo que o FC Porto não conseguiu a tão desejada passagem aos 'oitavos' da Liga dos Campeões, mas os números mostram que tem apresentado um futebol de intenso domínio em diversos parâmetros.

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