A dupla que está na mira do Sporting; Em busca dos milhões, Benfica antecipa o encaixe da venda de Rúben Dias e deverá perder 5% do valor; " Se eu não trouxer o David Luiz para o Benfica, e souber que o David quer vir, largo essa profissão"; “Comparar Diego Costa ao Cavani é uma heresia”

A SAD encarnada garantiu já também a totalidade do encaixe com a venda de Rúben Dias, transferido para o Man. City no último verão, a troco de 68 milhões de euros, mais 3,6 por objetivos. Ao que o jornal Record apurou, os responsáveis benfiquistas conseguiram chegar a acordo com o colosso inglês para, através de uma entidade financeira, antecipar já o recebimento deste ‘bolo’, que os citizens acordaram pagar em várias tranches.

Tal como já havia feito relativamente às vendas de RDT para o Espanyol – 20 milhões de euros (tanto quanto o Benfica acertara na compra ao Real Madrid), mais dois por objetivos, tendo as águias reservado ainda 20 por cento de uma mais-valia em futura venda – e Raúl Jiménez para o Wolverhampton (38 M€), o emblema da Luz consegue através desta solução financeira garantir liquidez imediata, ao invés de ir aguardando pelo cumprimento do plano de pagamentos por parte do clube da Premier League. Esta operação tem naturalmente uma taxa de juro associada, pelo que na prática os encarnados têm sempre de deduzir esse montante – andará na casa dos 5 por cento – ao montante total. Tecnicamente, a SAD não considera esta ação como uma antecipação de receita, mas sim de recebimento. Confrontado com a notícia do jornal relativamente a RDT e Jiménez no final do último mês de fevereiro, Vieira explicou isso mesmo. “Quando vendemos um jogador, por exemplo em dezembro, já está contabilizado. Se eu quiser transformar aquilo em dinheiro, transformo. Mas isso não é antecipar receitas. É uma questão de tesouraria. Não tenho antecipação de receitas sem ser a situação do estádio”, sublinhou o presidente, em entrevista à BTV. Ao todo, com estas operações, os encarnados garantem já um total de 126 milhões de euros.

"Se eu não trouxer o David Luiz para o Benfica, e souber que o David quer vir, largo essa profissão". David Luiz nunca escondeu o carinho especial que tem pelo Benfica. Em declarações ao 'Pilhado', um canal do YouTube, o defesa-central do Arsenal, equipa que esta temporada eliminou as águias da Liga Europa, falou sobre o seu passado em Portugal, deixou em aberto o seu futuro e recordou ainda alguns conselhos dados a Júlio César antes do guardião assinar pelos encarnados em 2014.
"Eu sou corinthiano, sempre fui corinthiano. Mas não pretendo voltar agora para o Brasil, mas não sei, ninguém sabe o futuro", começou por dizer o defesa brasileiro, sendo prontamente interrompido por Thiago Asmar, antigo jornalista da 'Globo' e dono do canal: "Mas tu amas o Benfica, certo?, atirou. "É. Se eu voltasse para o Brasil, gostaria de jogar pelo Corinthians, mas não pretendo voltar para o Brasil agora. O Benfica foi o meu primeiro clube na Europa, foi o meu primeiro tudo. Onde eu cresci, onde eu aprendi. Devo muito ao Benfica", disse David Luiz.
Quem também estava presente nesta conversa era Júlio César. O ex-internacional pelo Brasil e antigo guarda-redes do Benfica é atualmente empresário de jogadores e revelou a sua 'missão' na mais recente profissão.
"Se eu não conseguir fechar o negócio do David Luiz para o Benfica estou morto. Se eu não trouxer o David Luiz para o Benfica, e souber que o David quer vir, largo essa profissão. Chega", assumiu.
Depois de sair do Inter, Júlio César passou por uma má fase. As passagens por Queens Park Rangers e Toronto FC fizeram o guardião brasileiro duvidar quanto à continuidade da carreira, algo que foi relembrado por David Luiz. O defesa recordou os conselhos que deu ao antigo colega de seleção antes de ele assinar pelo Benfica.
"Eu falei para ele, ele não acreditava em mim. Ele pensava: 'Ah, vou parar de jogar...' e ainda jogou mais três anos. Agora não quer sair de Lisboa. Sai de Lisboa agora", convida David Luiz, ao que Júlio César respondeu: "Estás é maluco. Adoro [estar] aqui", terminou.

Samuel e Beto no radar do Sporting. Os leões sinalizaram dois jogadores a Sul tendo em vista o reforço do próximo plantel: com a continuidade da aposta no mercado interno, escreve O Jogo, nas últimas semanas os leões pediram ao Portimonense informações sobre o guarda-redes Samuel Portugal, de 27 anos, assim como pelo avançado Beto, de 23.
Não sendo linear que a administração liderada por Frederico Varandas vá, de facto, avançar por estes nomes, que fazem parte de uma lista de vários futebolistas identificados pela estrutura do futebol, certo é que a SAD quis saber quanto é que o emblema algarvio estava a pedir por dois atletas cujas posições serão apostas no defeso, tal como o nosso jornal já dera conta.

Começando pela frente, Beto, um dos destaques da formação de Paulo Sérgio, com seis golos em 21 jogos oficiais em 2020/21, está no radar do departamento do scouting dos leões desde os tempos em que representava o Olímpico do Montijo (2018/19). Formado no União de Tires, com passagens por Oeiras e Benfica, o futebolista destaca-se nos relatórios dos observadores pela estampa física no alto dos seus 1,94 metros, mas também pela forma como ataca, por exemplo, a profundidade, sendo um jogador, consideram os scouting, com potencial elevado na procura de soluções ofensivas. Contratualmente, está ligado ao Portimonense até 2023 – a sociedade detém 85% do passe, estando os restantes 15% com a sua representação – e protegido por uma cláusula de 40 milhões de euros (M€). São mais 10 M€ em relação à que blinda Samuel Portugal, este com vínculo por mais quatro anos (termina em 2025). O brasileiro, que está em Portugal – e em Portimão – desde 2018, destaca-se pela qualidade entre postes, mas também fora deles, neste caso pela capacidade de jogar com os dois pés, característica que Rúben Amorim, técnico dos verdes e brancos, aprecia. O mais forte é o esquerdo, mas joga, sem problemas, com o destro. Recorde-se, também, que o Sporting deverá precisar de um guarda-redes, dada a intenção de negociar Luís Maximiano na próxima janela.
Apesar de ambos os jogadores terem cláusulas altas, o Portimonense sabe que dificilmente os conseguirá negociar por esses valores, não obstante de manter a intenção de realizar bons negócios, curto ou a longo prazo. O interesse crescente, nomeadamente em Beto, tem vindo a definir a estratégia dos algarvios no próximo mercado, no qual querem sentar-se para negociar, confiantes de que terão garantido a permanência no principal escalão.
O Sporting também tem sido claro quanto às suas intenções: enquanto estiver envolvido na luta pelo título de campeão nacional, que automaticamente dará a entrada direta na Liga dos Campeões e, nesse caso, outra capacidade de investimento, só vai avançar para negócios mais perto da janela, o que não quer dizer que não possa já fazer o trabalho de casa para, depois, ser mais célere na execução de uma nova etapa do seu projeto.
Em Portimão tem uma sociedade com quem já negociou no último defeso, neste caso para realizar um negócio a médio prazo, que vai acabar na compra de 50% dos direitos sobre uma futura venda de Bruno Tabata, que no início da temporada estava na casa dos 5%.
Com ou sem Samuel e Beto, a verdade é que o Sporting vai manter a aposta no mercado nacional, onde para esta época resgatou, por exemplo, o seu melhor marcador, Pedro Gonçalves (é o artilheiro da Liga NOS, com 15 golos em 22 jogos), ou o homem das assistências, Nuno Santos, ex-Rio Ave, que já fez oito passes para golo, apontando mais sete na época.
Reconhecido periodicamente, nos relatórios e contas da SAD, o impacto económico e financeiro da pandemia causada pela covid19, sem fontes de receita através da bilhética e com quebras também substanciais em merchandising, veio influenciar a forma como os clubes olham para o mercado de jogadores, apostando, sempre que possível, na prata da casa, tentando-a complementar com produtos de rápida adaptação, por conhecimento ao futebol nacional. O Sporting, por exemplo, e para além de Pote e Nuno Santos, também agarrou Bruno Tabata, Paulinho ou Matheus Reis, dando igual primazia aos regressados João Palhinha, que terminou o empréstimo ao Braga, e de João Mário, que voltou a casa emprestado pelo Inter de Milão. Para a temporada que aí vem, a estratégia não será muito diferente, ainda que possa haver maior capacidade para garantir os grandes destaques a nível interno.

“Comparar Diego Costa ao Cavani é uma heresia”. O alegado interesse de Benfica em Diego Costa, avançado pelo jornal espanhol Mundo Deportivo e já desmentido oficialmente pelo emblema da águia, que garantiu não haver “quaisquer negociações”, tem alimentado as conversas dos adeptos durante a pausa do campeonato, motivada pelos compromissos das seleções.
Os rumores e comentários que se foram gerando sobre a hipótese de Diego Costa rumar à Luz têm feito recordar a ‘novela’ sobre Cavani, que marcou o último defeso. Esta associação surpreendeu Octávio Machado, que considerou “uma heresia” comparar o espanhol com o uruguaio.
“Comparar Diego Costa ao Cavani é uma heresia. É uma heresia. Se alguém é tremendo é o Cavani, não é o Diego Costa”, afirmou o antigo treinador de Sporting e FC Porto, entre outros clubes.
Octávio garantiu não acreditar “que o Benfica esteja interessado em Diego Costa”, tendo considerado mais provável “que o Diego Costa tenha sido oferecido ao Benfica”, fazendo assim surgir um caso que tem concentrado atenções nos últimos dias. “Tem-se dito que o Jorge Jesus indicou o Diego Costa quando ainda estava no Flamengo. Isso nunca aconteceu”, garantiu ainda.
Para o ex-jogador, o avançado espanhol não tem o perfil de goleador que o Benfica precisa, o que só o faz acreditar “ainda mais” que esse alegado interesse das águias – já desmentido oficialmente, recorde-se – não passe de um rumor criado por alguém ligado a Diego Costa.
“Se é mau? Um ponta de lança que marca seis golos em quatro anos numa equipa como o Atlético de Madrid... O Benfica está habituado a duplas que marcam 50, 60 golos por ano. Ainda por cima associado a problemas disciplinares. Se vier, estará [quando chegar] há um ano sem jogar”, reforçou, num comentário para a CMTV.
Se Cavani seria um reforço de peso para o Benfica, já Diego Costa teria dificuldades para se impor num clube que tem registado “um histórico de pontas de lança que não têm correspondido”, como “[Nicolás] Castillo e [Facundo] Ferreyra”.
“A maior parte deles não têm correspondido, têm tido épocas pouco consentâneas com a qualidade que lhes reconhecemos”, insistiu Octávio Machado, juntando ainda os casos dos médios Gedson e Florentino:

“É todo um quadro que me faz não acreditar que se venha a confirmar esta contratação do Diego Costa”.
Já opinião diferente teve, no mesmo programa, Diamantino Miranda, antigo médio do Benfica. “Não ponho em causa o valor do jogador. Diego Costa, em boas condições, é sempre um jogador interessantíssimo para o Benfica e para o campeonato português”, defendeu.
O avançado espanhol, nascido no Brasil, tem 32 anos. Com essa idade, “estar parado algum tempo causa alguma mossa”, mas Diego Costa ainda está “na sua plenitude”. “Se houvesse interesse real e o Benfica por acaso chegasse a acordo, não me parece que isso fosse impeditivo que o jogador começasse a treinar com o plantel daqui a dois ou três meses”, considerou o antigo internacional português.
Sobre os números avançados por Octávio (“seis golos em quatro anos”), Diamantino lembrou o exemplo de um avançado que passou pelo Sporting: “Um jogador desta qualidade e com as caraterísticas de Diego Costa fazia em Portugal muito mais golos do que em Espanha. O Bas Dost marcou dez golos na Alemanha, chegou a Portugal e começou a marcar aos 30”, concluiu.